segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

"NAZARE TEDESCO: o nome da maldade!!"

A CAMPEÃ
Você votou e escolheu Nazaré Tedesco, lindamente interpretada por Renata Sorrah, como a maior vilã de todos os tempos. Não é para menos a ex-prostituta queria mudar de vida, e decidiu sequestrar um bebê para enganar seu "cliente" José Carlos (Tarcísio Filho/Tarcísio Meira). A vítima foi Maria do Carmo (Carolina Dieckman/ Suzana Vieira), nordestina recém chegada ao Rio de Janeiro.

Veja aqui seu desespero : http://www.blogger.com/www.youtube.com/watch?v=RxFpCThKKL0&feature=related

vinte anos depois, as coisas começam a se complicar para Nazaré, principalmente quando joga José Carlos da escada de sua casa

Veja aqui a cena: www.youtube.com/watch?v=lD4M5VldS6M&feature=related

com isso, ganha o ódio mortal da filha de seu ex-marido, Cláudia (Leandra Leal) , que se convence de que a raposa não é tão santa assim e vive em uma eterna queda de braço com a vilã, sempre tendo Isabel (Carolina Dieckman), a sequestrada tentando apaziguar as emoções

Veja uma amostra das brigas: www.youtube.com/watch?v=qDQ6pNjjzaM&feature=related

Mas Nazaré tem outra ameaça, a "amiga" Djenane (elisângela conhece o seu passado e pode botar tudo a perder.

Veja Djenane estorquindo a vilã: http://www.youtube.com/watch?v=Y8BfF6BUglw&feature=related

Ambiciosa e acuada por Djenane, Nazaré volta a se prostituir e mostra que nasceu para a coisa: http://www.youtube.com/watch?v=XnNhEZUa4FM&feature=related

Além de descobrir que Maria do Carmo ainda está procurando pela filha, crendo de que a nordestina não a reconheceria, resolveu tentar tirar algum proveito de seu dinheiro mas teve o castigo que há anos merecia: http://www.youtube.com/watch?v=uvCkkDtQGDU&feature=related

cansada das chatagens de Djenane, ela resolve se vingar: www.youtube.com/watch?v=RwRx_SfaKcg&feature=related

uma das cenas mais emocionantes da novela, foi quando Isabel descobre que foi sequestrada: http://www.youtube.com/watch?v=IbObcY6g2Uo&feature=related

A megera chegou a querer o dinheiro do namorado da filha, edgar (dan Stulbarch) :http://www.youtube.com/watch?v=N7KIsZdsPcY&feature=related

Presa, Nazaré acaba encontrando sua rival na cadeia. Na história, Maria do Carmo era presa
por uma armação da megera: www.youtube.com/watch?v=ZhUyVMr5snA&feature=related

A revelação do segredo nos minimos detalhes pela boca da megera foi um grande feito: gopher://w/ww.youtube.com/watch?v=3ZDQ8tkkNmI&feature=related

Mas como vilão que vilão não vive no final, após uma louca perseguição, Nazaré se matou após sequestrar a filha de Isabel em uma cena alucinante:http://www.youtube.com/watch?v=4ZW-Qs8Eo18

Senhora do Destino foi um marco na teledramaturgia brasileira, e no fim da novela percebemos que quem dava título à trama era a vilã e não a mocinha!!



Agradeço a todos que votaram na enquente, segue abaixo o resultado final:

NAZARÉ TEDESCO 37,5%
BIA FALCÃO 25%
LAURA PRUDENTE DA COSTA 18.75%
RAQUEL 12,5%
ODETE ROITHMAN 6,25%

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"A MAIOR VILÃ"

VOTAÇÃO PRORROGADA!!
Devido estarmos na semana de provas da faculdade, o prazo para a votação da maior vilã de todos os tempos foi prorrogado até o dia 30/11 se você ainda não votou, aproveite para fazê-lo o quanto antes!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

TV Manchete : Falência

O público via o sucesso das novelas, mas uma trama cheia de reviravoltas se arrastou durante anos em seus bastidores. Após dois anos de trnasmissões, em 1985, ocorreu a primeira crise, mesmo com o sucesso de "Dona Beija", os funcionários entraram em greve, pelo não pagamento de salário.Em 1990, nem os 40 pontos de audiência de "Pantanal" foram suficientes para impedir que o Banco do Brasil embargasse os bens do canal 9 para garantir o pagamento da divída de US$ 60 milhões. A crise da emissora tornou-se pública em julho de 1993, quando uma nova greve fez a Manchete ficar algumas horas fora do ar. A volta da transmissão do carnaval carioca, ameniza um pouco, mas a situação se agrava ano após ano. O Banco do Brasil embarga novamente os bens da TV Manchete e as emissoras que desapareceram ou passaram a pertencer ao SBT, Bandeirantes, Record e CNT fragilizaram ainda mais as estruturas, mas não impediu a emissora de construir cidades cenográficas e a produtora Bloch Imagem e Som, retomando assim a produção de novelas, sob a supervisão do recém contratado diretor Walter Avancini, mas a primeira trama dirigida por ele, "Mandacaru", não teve audiência.
Aos trancos e barrancos a Manchete continuava suas transmissões e os programas "Márcia Peltier Pesquisa" e "Raul Gil" faturavam, mas vendo a situação piorar dia após dia, os apresentadores Márcia Peltier e Raul Gil deixaram a emissora. As novelas sempre foram uma luz no fim do túnel e o desespero fez a emissora do grupo Bloch apostar todas as suas fichas na novela "Brida, baseada no romance homônimo do escritor Paulo Coelho. A trama teve início em agosto de 1998 e fracassou, mal avaliada pela crítica e os dois pontos de audiência fizeram o diretor Walter Avancini a cogitar cenas de sexo grupal para nudar esses números, mas não teve jeito, sem dinheiro em caixa para pagar os funcionários, a novela teve que ser encolhida. A iniciante Carolina Kasting,a protagonista, Rubens de Falco, Leonardo Vieira e os demais atores e técnicos se recusaram a antecipar o final da novela, a saída foi narrar o último capítulo, que foi ao ar no dia 23 de outubro. A programação ficou seriamente prejudicada e nem a reprise de "Pantanal", uma semana após o final de "Brida", reverteu situação.
Os rumores de venda, que existiram desde a inauguração da TV Manchete, ficaram mais fortes em janeiro de 1999, quando ela foi arrendada pela Igreja Renascer, comprou todos seus horários e a gerenciava, além de controlar as rádios Manchete am e fm desde 1998. Esse acordo chegou ao fim em maio de 1998 pelo não pagamento da Renascer. Almícare Dallevo Júnior, dono da produtora Tele TV, demonstrou interesse em comprar a falida TV Manchete. A compra, sem licitação foi aprovada, e Dallevo assumiu as dpividas com o governo e deu estabilidade de 90 dias aos 1.600 funcionários, mas depois "devolveu" 1.300 trabalhadores. Na ocasião da venda, a Manchete foi dividida em duas partes: a primeira ficou com a TV Ômega (razão social da Tele TV), e a outra parte com a Hesed Participações que assumiu as dívidas com bancos e fornecedores e o patrimônio.
A "TV do Ano 2000", ironicamente não chegou ao século 21 e seu fim em muito lembra o drama vivido pela TV Tupi, que em seus últimos dias não pagava seus funcionários e uma novela ficou pela metade. Foram três motivos da falência:
Primeiro: Má gestão;
Segundo: Falta de conhecimento para gerenciar uma televisão;
Terceiro: Utilização de capital proveniente de empréstimos.
O advogado José Dias, que prestou serviços a TV Excelsior concorda. Segundo ele a escolha de Pedro Jack Kapeller, o Jacquito, sobrinho de Adolpho Bloch que nada entende de televisão para gerenciar a Manchete, foi uma decisão desastrosa.
As três emissoras que figuram a história da televisão brasileira possuem traços semelhante: muito entusiasmo, inovações e administrações desastrosas que as levaram ao caos, é como colocar um quitandeiro para administrar um hospital, as chances de dar errado são enormes

Fontes:www.manchete.net; www.telehistoria.com.br



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

TV Manchete Popularizar foi Preciso

A TVanchete tinha as classes A e B como alvo, tanto que ela foi inspirada na BBC de Londres e a bancada do Jornal da Manchete lembrava muito a recém inaugurada rede de notícias americana CNN. Durante o ano de estréia, a emissora honrou tal propósito com o programa Bar Academia, apresentado peloa tor Walmor Chagas e dirigido por Maurício Shermman. A atração tinha como objetivo valorizar a MPB teve como ponto alto o encontro entre Tom Jobim e Chico Buarque.Mas essa intelectualidade fez a audiência cair e começaram então os investimentos em dramaturgia. No ano de 1984, a série "A Marquesa de Santos", protagonizada por Maitê Proença, alcançou 7 pontos, levando a emissora ao 3º lugar, mas a 1º novela, "Antônio Maria", lançada um ano depois, produzida em conjunto com a TV Portuguesa, não fez sucesso.Mesmo com essa popularização, a Manchete ainda tentou levar cultura, através do programa "Um Toque de Arte", comandado pelo pianista Artur Moreira Lima e pelo saxofonista Paulo Moura, foi transmitido em 1985. A intenção de valorizar a cultura brasileira até que era boa, mas uma empresa tem que lucrar e para isso nada melhor que uma novela protagonizada por uma bela atriz em cenas de nudez. Foi com maitê Proença cavalgando nua em "Dona Beija"- o primeiro sucesso de dramaturgia, 15 pontos de audiência.
Mas quem diria, a "TV de Primeira Classe", dirigida ao público A e B, recorrendo esse tipo de recurso para faturar...É as coisas mudam."Dona Beija" foi apenas o o início dessa transição do intelectual para o popular. Em 1990, "Pantanal", uma revolução na linguagem da teledramaturgia nacional, por explorar cenas externas, fenômeno de audiência (40 pontos), tirou o sono da toda poderosa Globo, por mostrar a então estreante Cristiana Oliveira tomando banho de rio pelada, coisa que a personagem Guta (Adele Adami), também fazia, isso sem contar os casais que mantiam relações sexuais ao ar livre. Mais tarde, precisamente em 1996, a emissora exibiu "Xica da Silva", estrelada pela iniciante Taís Araújo no papel título, também fez cenas de nudez, polêmica pelo fato da atriz ter 17 anos na época.
Para que acha estranho e se pergunta porque uma emissora que tinha o propósito de ser uma opção diferenciada, levar qualidade ao espectador acabou recorrendo tanto a cenas de nudez, basta se colocar no lugar de quem trabalha em uma emissora nova sem muita audiência/dinheiro para logo entender o motivo disso acontecer. Não existe filosofia em televisão, o que existe sim é índice de audiência, e quando ele cai, popularizar é preciso.

Fontes:www.manchete.net; www.telehistoria.com.br e wickepedia.org



segunda-feira, 10 de novembro de 2008

QUAL DELAS É A MAIS MALVADA?

Elas são mestres na arte das maldades. Sábias quando o assunto é matar, corromper, persuadir e enganar. São muitas as grandes vilãs da telenovela brasileira, sendo impossível retratá-las em aqui em poucas palavras. Por esse motivo, organizei uma votação entre os dias 06 e 09 de novembro com os alunos do segundo semestre de Rádio e TV, da Universidade de Santo Amaro “UNISA” e conhecidos para fazer uma pré - seleção para que possamos escolher a mais malvada vilã das telenovelas, foram quinze as finalistas. Ao contrário do que se podia prever, une as megeras do passado e da atualidade. Vote na sua vilã predileta quantas vezes quiser, a vencedora ganhará um especial neste blog, com direito a trajetória de maldade e vídeos inesquecíveis. O resultado sai no dia 30/11. Participe!

SÓ NO SAPATINHO, OH OH



SANDRINHA
Adriana Esteves


Junte em uma vilã, uma dose de meiguice juvenil, de cabelos encaracolados (à moda da apresentadora mirim Maysa) e roupas minúsculas de colegial. Na boca, sempre um chiclete, mascado com certa ansiedade, como quem a todo o momento, precisa liberar as energias. Finalize com uma forte dose de sensualidade, um ar de menina má, que ajeita a calcinha para propositalmente provocar os homens. Voìla meus senhores, esta é Sandrinha, a bela garçonete da praça de alimentação do “Tropical Tower Shopping”. Esperta e ambiciosa, a jovem sempre quis uma vida de luxo e status, bem longe do ferro velho de seu avô (Juca de Oliveira). Aproveitadora e deliciosamente má, Sandrinha usa de seu encanto para fazer com que os homens hajam de acordo com o seu bel prazer. Jamanta (Cacá Carvalho) que o diga, apesar de viver repetindo: “Jamanta vai matar Sandrinha”, sempre está ao seu lado para o que der e vier. A personalidade de Sandra Silva, vulgo Sandrinha, pode ser explicada pela traumática perda da mãe, que fora assassinada quando a jovem ainda era uma criança, pelo seu pai, o pedreiro Clementino (Tony Ramos), que justificou ter matado a mulher por tê-la flagrado nos braços de um companheiro de trabalho. Sandrinha nutre um ódio mortal por ele e se envolve com o filho de seu maior inimigo, o jovem advogado Alexandre Toledo (Marcos Palmeira), para provocá-lo e se dar bem na vida. Mas nem sempre ela se deu bem, conforme podemos ver no vídeo abaixo:


http://www.youtube.com/watch?v=3DhLJudvoYU Não sei dizer se Sandrinha foi amada ou odiada pelo público, o que sei é que ela terminou Torre de Babel, como a maior vilã da trama, pois foi ela a responsável pela explosão do shopping que mudou o rumo da trama.



Novela de SÍLVIO DE ABREU Ano de exibição: 1998 No elenco: Tarcísio Meira, Glória Meneses, Christiane Torloni, Marcelo Antony, Edson Celulari, Claudia Raia, Maitê Proença entre outros.




A GÊMEA DO MAL

RAQUEL
Glória Pires


Em “Mulheres de Areia” as gêmeas Ruth e Raquel disputavam o amor de Marcos (Guilherme Fontes). Inicialmente é Ruth quem conhece Marcos e desperta seu interesse, mas ao ver que o rapaz é bonito e principalmente rico, Raquel decide toma-lo da irmã. A megera seduz o rapaz e em uma trama de intrigas separado os dois e se casando com ele, contra a vontade de seu pai, Virgilio (Raul Cortez). Após o casamento ela mostra a sua verdadeira face, ambiciosa e má. Mas Raquel é dada como morta em um acidente e Ruth assume seu lugar. Eis que em uma bela tarde...http://www.youtube.com/watch?v=uVGFfZJk5S0

... Raquel ressurge na vida de todos, como se renascesse das cinzas e continua com suas intrigas e maldades. Os momentos mais marcantes das maldades de Raquel se dava quando ela provocava o autista Da Lua (Marcos Frota). Inconseqüente, Raquel humilhava e menosprezava o rapaz, que era apaixonado por sua irmã.



Novela de IVANI RIBEIRO Direção de WOLF MAYA. Ano de exibição 1993. No elenco Raul Cortez, Laura Cardoso, Suzana Vieira, Viviane Pasmanter, Humberto Martins, Ricardo Blat entre outros.




QUEM MATOU A VILÃ?

ODETE ROITMAN
Beatriz Segall


Em 1988, o Brasil parou para perguntar: Quem matou Odete Roitman? Não porque ela fosse um doce de pessoa, muito pelo contrário, ela era a tradução da maldade em pessoa. Talvez fosse mais fácil saber que a teria matado se ela fosse do bem, mas como todo mundo que é do mal, Odete era odiada por muitos, e muita gente se interessaria em vê-la morta. A questão é que a vilã era do tipo desagradável de socialite que vive falando mal de todo mundo, que mentia, subornava e humilhava, abaixo um vídeo mostrando o que era um evento social ao lado de Odete Roitman
http://www.youtube.com/watch?v=RxQtWwM1KyMNovela de Gilberto Braga Direção Ano de exibição 1988. No elenco: Regina Duarte, Antonio Fagundes, Renata Sorrah, Glória Pires, Cássio Gabus Mendes entre outros




AS DUAS CARAS DA MALDADE

NICE
Suzana Vieira

Uma jovem é escolhida para cuidar de um bebê recém nascido na mansão da tradicional família Medeiros, em São Paulo. Mas a beleza de um dos jovens rapazes da família chama a atenção de Nice, trata-se de Rodrigo (José Wilker), o mais velho e responsável. A babá passa a fazer de tudo para conquistar o chefe, mas ele é noivo de Paula (Vera Gimenez) que vai se casar com Rodrigo, mas tem um caso com eu irmão, Ricardo (Luiz Gustavo). Nice descobre essa paixão e passa a chantagea-los, além de cometer as mais absurdas maldades para conquistar seu amor. Nice enfim, consegue conquistar Rodrigo e casa-se com ele, seu final seria feliz se não fosse punida pelo destino, a vilã morre no parto. http://br.youtube.com/watch?v=Sa2UtwAIxBo

Novela de Cassiano Gabus Mendes. Ano de exibição1976. No elenco José Lewgoy, Renée de Vielmond, Vanda Lacerda entre outros.





A VILÃ-PROTAGONISTA





NAZARÉ TEDESCO
Renata Sorrah


No passado a ex-prostituta Nazaré queria deixar o bordel onde vivia para construir uma família, mas como era estéril não conseguia dar o golpe da barriga em ninguém. Até que um dia conheceu José Carlos (Tarcísio Filho), e decidiu fazer de tudo para ficar ao seu lado. Nazaré se vestiu de enfermeira e tentou roubar um bebê em uma maternidade, mas fracassou. Às ruas não estavam seguras, devido ao fato de estar em plena ditadura militar, foi então que encontrou uma nordestina, recém chegada de sua terra natal, com os cinco filhos. Maria do Carmo (Carolina Dieckmann / Susana Vieira) deu abrigo à megera e carregava em seus braços a recém nascida Lindaura. Vendo que a sorte estava ao seu favor, roubou a menina e enganou José Carlos, o fazendo acreditar que o filho era dele. Nazaré criou Lindaura como Isabel (Carolina Dieckmann), enquanto Maria do Carmo vive uma eterna busca à sua filha. Mas quis o destino que elas se aproximassem, e Nazaré fez de tudo para impedir esse reencontro. Mesmo conhecendo a história de Maria do Carmo, Isabel não se convence, até descobrir detalhes do passado de sua “mãe”. veja aqui o acerto de contas de Nazaré e Isabel :
http://w/ww.youtube.com/watch?v=3ZDQ8tkkNmI&feature=related



Novela de AGUINALDO SILVA. Ano de exibição 2004. No elenco Eduardo Moscóvis, José Mayer, José Wilker, Marília Gabriela, Letícia Spiller, Marcelo Antony entre outros.







OXENTE MY GOD!



MARIA ALTIVA PEDREIRA DE MENDONÇA E ALBUQUERQUE
Eva Wilma



Na fictícia cidade de Greenvile, no interior do nordeste, aonde o povo vive como se estivesse em uma pequena cidade de Londres, o sotaque carregado da região se funde com expressões em inglês. E nessa cidade vive Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque. Casada com um dos homens mais poderosos da região, Pedro Afonso (Cláudio Marzo), a megera fazia um inferno da vida da sobrinha, Helena (Adriana) e ao lado das beatas da cidade pregava a defesa da moral e dos bons costumes e atacavam, literalmente, todos que se desvirtuassem dessa ordem. A maior inimiga de Altiva era a dona do bordel da cidade, Zenilda (Renata Sorrah) e que em outros tempos, tivera um caso com seu marido. Por suas maldades, acabou sendo expulsa de casa pelo marido:http://br.youtube.com/watch?v=pfP5D1BUSwc


Altiva morreu queimada na mansão de sua família após todas as suas maldades, e no meio da fumaça uma imagem se desenhou e às gargalhadas repetiu gritou a frase “I will be back”, traduzindo “Eu vou voltar”.


Novela de AGUINALDO SILVA. Ano de exibição 1997. No elenco José Mayer, Carlos Alberto Riccelli, Isabel Fillardis, Selton Mello, Neuza Borges entre outros.





LOURA E MÁ


LEONA
Carolina Dieckmann


Quando “Cobras e lagartos” estreou em 2006, uma figura platinada chamou a atenção de todos os telespectadores. Era Leona, a loura belzebu que fingia ser amiga de Bel (Mariana Ximenes), mas tinha um ardente caso a amor com o seu noivo Estevam (Henri Castelli). Os dois juntos tramavam um golpe milionário já que Bel era neta de Omar Pasquim (Francisco Cuoco), com sua morte, ela seria herdeira de tudo e uma vez casada com Estevam, ela teria com ele todo o dinheiro. Mas Bel acaba se apaixonando pelo moto boy Duda (Daniel Oliveira), e para tira-lo do caminho, Leona teve que tentar seduzi-lo, mas acabou se apaixonando, e a loira passou a ter um outro motivo para separa-los: o seu amor pelo rapaz.
http://br.youtube.com/watch?v=RCKPyhi3nr4&feature=related


Novela de JOÃO EMANUEL CARNEIRO Ano de exibição 2006. No elenco Marília Pêra, Lázaro Ramos, Taís Araújo, Totia Meireles entre outros


A PRÓPRIA VIDA PELO ÓDIO



LAURINHA FIGUEIROA
Glória Meneses


A história da telenovela brasileira não estaria completa sem uma vilã da atriz que ficou conhecida uma das maiores mocinhas de todos os tempos. Foi então que em1990 Glória Meneses deu vida á uma das maiores vilãs da história: Laurinha Figueiroa. A socialite era tida como símbolo de status e glamour e sempre foi apaixonada pelo enteado, Edu (Tony Ramos), que nunca retribui ao seu amor. Principalmente depois que ele se apaixona por Maria do Carmo (Regina Duarte), uma emergente que enriqueceu com seu ferro velho. As maldades de Laurinha foram tímidas durante toda a novela, mas a virada da vilã foi na reta final da novela quando após arrancar o brinco da inimiga, se jogou da cobertura de um prédio onde as duas estavam para incriminar a rival:
http://www.youtube.com/watch?v=6VeajYb_YrI


Novela de SILVIO DE ABREU Ano de exibição1990. No elenco Daniel Filho, Aracy Balabanian, Claudia Raia, Antônio Fagundes, Alexandre Frota entre outros.




CACHORRA!!


LAURA PRUDENTE DA COSTA
Claudia Abreu


Como se fosse um anjo, Laura entrou na vida da famosa produtora artística, Maria Clara Diniz (Malu Mader) para assessorá-la. Com um jeitinho tímido e inocente, ela conseguiu conquistar sua confiança e, em pouco tempo, se tornou seu braço direito em sua produtora. O que Maria Clara não sabia era que Laura não era nada daquilo que aparentava e que a vilã tinha planos de tirar tudo o que era seu. Com a ajuda do michê, Marcos (Márcio Garcia). A cachorra, como era chamada por ele, seduziu e enganou o editor da revista de celebridades, Renato Mendes (Fábio Assunção), para prejudicar ainda mais a rival. Laura conquistou seu feito, tirou a sua produtora, ficou com sua casa, e com todo o seu patrimônio, e até matou o empresário Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana), logo quando descobre que ele é o pai de Maria Clara. Tanto ódio foi para vingar sua mãe, que anos atrás havia sido humilhada pela produtora. Ao som de “Simpathy for the Devil” Laura entrou para a história como uma das vilãs


Novela de Gilberto Braga . Ano de exibição 2003. No elenco Isabela Garcia, Marcos Palmeira, Deborah Secco, Marcelo Faria entre outros.





APAIXONADA E SEM LIMITES


LAURA TRAJANO
Viviane Pasmanter

Jovem, divertida e extremamente apaixonada, assim foi Laura. Vinda de uma família de classe média alta, Laura sempre foi apaixonado pelo amigo de infância, Marcelo (Fábio Assunção), com que chegou até a manter um relacionamento. Por ele, Laura sempre teve uma relação apaixonada e de posse. Marcelo sempre encarou com tranqüilidade as loucuras da amiga, até se apaixonar de verdade por Eduarda (Gabriela Duarte), despertando a ira da vilã. As maldades de Laura se traduziam em incomodar Eduarda com todo tipo de situação constrangedora, como dar em cima do rapaz na sua frente, mostrar o quanto era divertida e querida pelos seus amigos e até pelos irmãos do moço, Milena (Carolina Ferraz) e Léo (Murilo Benício). O fato é que as provocações de Laura se tornavam deliciosas, pois Eduarda não tinha sua popularidade, talvez por isso suas vitórias fossem tão aplaudidas. Mas Eduarda não se deixava abater, atingia a rival a altura, certa vez chegou a jogá-la na piscina, enquanto Laura estava em uma cadeira de rodas logo depois que a megera sofreu um acidente de automóvel, ao lado de Marcelo.
http://br.youtube.com/watch?v=ShUaF_io0t4


Sem dúvida, o trunfo mais marcante de Laura foi quando se aproveitando de uma recaída do casal, passou uma noite com o seu grande amor e engravidou dele. Eduarda ficou arrasada, por que tinha acabado de dar à luz a Marcelinho e perdido o útero por uma complicação no parto. A dor da mocinha foi ainda maior quando se descobriu que Laura daria luz a gêmeos os, e que ela nunca mais seria mãe. A megera, sem se compadecer pelo sofrimento da outra, ligava para a casa de Eduarda e quando ela atendia colocava uma caixinha de música para tocar. O fim de Laura foi triste, no penúltimo capítulo o helicóptero onde estava caiu no mar, seu corpo simplesmente desapareceu. Uma das últimas cenas da novela foi a de Eduarda atendendo ao telefone, do outro lado da linha, a mesma música da caixinha de Laura. Ficou a dúvida no ar: teria ela realmente morrido?
Por Amor – Novela de MANOEL CARLOS Ano de exibição: 1997. No elenco Regina Duarte, Antônio Fagundes, Suzana Vieira, Cássia Kiss, Paulo José entre os outros.


A DISSIMULADA


FLORA
Patrícia Pillar


Roupas simples, um rosto sofrido, um nome e um ar angelical. Foi assim que Flora conquistou o público nos capítulos iniciais de A Favorita logo após sair da cadeia, onde cumpriu pena por ter sido condenada pela morte de Marcelo Fontini, o pai de sua filha e marido de sua melhor amiga, Donatela (Cláudia Raia). Flora sai da cadeia disposta a provar a sua inocência e conquistar o amor da filha Lara (Mariana Ximenes) e conta com uma importante aliada, Irene (Glória Meneses) mão da vítima. Mas para isso, ela teve que driblar as armações da rival, Donatela, que fez de tudo para que Flora ficasse longe de sua família. Mas no decorrer da trama a história foi revelando outros aspectos de Flora e Donatela, mostrando quem era a verdadeira vilã depois de uma grande virada:


http://br.youtube.com/watch?v=1KPyiwmB3jU
A novela continua no ar e Flora está no auge de suas maldades. Até agora matou mais dois: Salvatore (Walmor Chagas) e Maíra (Juliana Paes), fez a inimiga ser incriminada por, pelo menos, uma das mortes e que na cadeia sofresse o pão que o diabo amassou, além de dar em cima do genro Halley (Cauã Reymond), tramou o próprio seqüestro e demonstrar nojo pela filha, tudo fingindo ser uma boa moça. Só resta saber qual é o real motivo de tanto ódio e sede de vingança. Resta-nos aguardar as suas próximas maldades.

Novela de JOÃO EMANUEL CARNEIRO Ano de exibição 2008. elenco Tarcísio Meira, Murilo Benício, José Mayer, Giulia Gam, Milton Gonçalves, Déborah Secco entre outros.



COMPANHEIRA MAIS QUE LEAL


ADMA GUERRERO
Cássia Kiss

O grande vilão de Porto dos Milagres, Felix Guerrero (Antônio Fagundes) precisou de um empurrãozinho para conquistar a cidade homônima. E esta ajuda veio de sua esposa Adma. Quando bateram na porta do irmão gêmeo de Félix, Bartolomeu Guerrero, por estarem fugindo da polícia espanhola. O casal já tinha um plano arquitetado para tomar tudo que era do homem mais rico de Porto dos Milagres. O primeiro passo foi matá-lo e como a prostituta Arlete (Letícia Sabatella) bateu a porta da mansão que seu filho era dele, os dois ordenaram que seu capanga Eriberto (José de Abreu )fosse matá-la e jogar o filho recém-nascido no mar . Vinte anos depois, Félix é prefeito da cidade e junto de Adma é a figura mais importante da cidade. O que eles nem imaginam é que a criança que foi jogada no mar foi salva por Yemanjá e é o líder dos pescadores do local. Trata-se de Guma (Marcos Palmeira), que bate de frente com o prefeito em seus mandos e desmandos. Quando descobre quem é o rapaz, e que ele pode roubar toda a fortuna herdada do cunhado, Adma entra cena, eliminando todos aqueles que ameaçam o segredo do amado com um poderoso veneno guardado em um compartimento dentro de seu anel, agindo sempre sob as “vistas grossas” do marido e com a ajuda de Edilberto que demonstra a sua paixão por ela.


http://br.youtube.com/watch?v=GLsGjXKRqjI
No fim da novela, Adma pagou muito caro por suas maldades. Desmascarada em praça pública e abandonada por Félix que fingiu não saber dos crimes da esposa, ela foi apedrejada em praça pública e dentro de sua casa acabou morrendo pelo próprio veneno. Ao tentar matar Eriberto, que insistia em possuí-la, acabou sendo enganada por ele, que trocou o copo com veneno com o dela. Adma morreu nos braços do homem que a amou de verdade, mas que sempre foi rejeitado.

Novela de AGUINALDO SILVA. Ano de exibição 2001. No elenco Zezé Mota, Arlete Salles, Camila Pitanga, Flávia Alessandra, Nathália Thimberg entre outros.


AMOR DESESPERADO


ÂNGELA VIDAL
Cláudia Raia

Uma executiva com um cargo importante na maior construtora do país, sucesso na vida profissional, mas um fracasso na vida pessoal. Ângela Vidal é o retrato de pessoas que alcançam o sucesso profissional, mas fracassam quando o assunto é conquistar quem se ama. Apaixonada pelo melhor amigo, Henrique Toledo (Edson Celulari) desde à época da faculdade, sempre foi vista por ele como amiga. A paixão doentia de Ângela atravessou a trama de Torre de Babel e foi se transformando em loucura pouco a pouco. Por amor à Henrique, ela mata sua mulher, Vilma (Isadora Ribeiro) e faz com que o maior inimigo do pai de Henrique, César (Tarcísio Meira), o ex presidiário Clementino (Tony Ramos), se torne um dos acionista de sua construtora, além de mentir, enganar, corromper... O que Ângela não contava é que com a morte da esposa, Henrique, que nunca a viu como mulher, se envolve com a ex-namorada de seu falecido irmão, Celeste (Letícia Sabatella) e ela faz de tudo para impedir esta paixão. Um momento marcante da trama foi a prisão de Ângela, desesperada pelas conseqüências de seus atos ela começa a gritar. A trama que sempre acabava com canções da trilha da novela, desta vez se encerrou com os gritos de Ângela. O fim de Ângela foi triste, desiludida por nunca poder viver ao lado de seu amor ela se joga da sacada do shopping da família do amado, encerrando a sua dor.
http://www.youtube.com/watch?v=IVr796VQzEo

Novela de SÍLVIO DE ABREU Ano de exibição: 1998. No elenco: Silvia Pfeifer, Glória Meneses, Christiane Torloni, Marcelo Antony, Cleyde Yáconis, Claudia Raia, Maitê Proença entre outros.




RENASCIDA DAS CINZAS


BIA FALCÃO
Fernanda Montenegro

Elegante, inteligente, sofisticada e má, assim foi Bia Falcão. Uma das vilãs mais marcantes da atualidade que deixou um rastro de sofrimento e de mistério em “Belíssima”. A começar por toda pressão psicológica feita em sua neta, Julia (Glória Pires). A megera sempre a acusou de não ter a mesma competência que sua mãe à frente da grife de lingerie que dava nome à novela. Além de insinuar que a neta foi responsável pela morte dos próprios pais. As maldades de Bia atingiam também seu neto, Pedro (Henri Castelli), que vivia na Grécia com a esposa Vitória (Cláudia Abreu) e a filha Sabina, por não suportar as tramas da avó por aqui. Mas Pedro morre e Vitória se vê obrigada a voltar para o Brasil e aqui enfrenta um calvário na mão da bruxa que deseja tirar a guarda de Sabina. Bia deixou a novela por um tempo, seu carro rolou uma ribanceira e explodiu. Tudo isso presenciado por Júlia. Foi dada como morta, mas meses depois, em uma viagem ao Rio de Janeiro, ela vê a avó em um estacionamento de um shopping e pede a exumação do corpo. Constatado que ela não morreu, começou uma incessante busca por Bia. Quando o assunto ganha as páginas dos jornais, ela reaparece na mansão de sua família, como se tivesse voltado de longas férias e informava desconhecer os rumores sobre sua morte. De volta, Bia começou a infernizar novamente a vida de todos, e a manter uma secreta ligação com (Marcelo Antony)o ex-marido de Julia. No último capitulo, Bia conseguiu fugir e foi para Paris com Mateus (Cauã Reymond), neto de sua maior inimiga, Katina (Irene Ravache). Assista a revelaçãop do segredo de Bia:

http://br.youtube.com/watch?v=ejpXntqBjlQ&feature=related

Novela de SILVIO DE ABREU Ano de exibição 2006. No elenco Lima Duarte, Tony Ramos, Cláudia Raia, Reynaldo Gianechinni, Vera Holtz, Pedro Paulo Rangel entre outros.



A QUE VENCE NO FINAL

CRISTINA
Flávia Alessandra

Em 2005 o horário das seis foi tomado pelo tema sobrenatural da reencarnação. O milionário Rafael (Eduardo Moscóvis), ficava sozinho e depressivo com a morte da esposa. Cristina, era prima e confidente da falecida e como sempre nutriu uma paixão secreta pelo marido da amiga, tirou proveito para se aproximar do partido. Mas Rafael permaneceu, por anos, mergulhado em uma imensa tristeza pela perda, e nunca cedeu aos encantos da vilã. Quase vinte anos depois, Cristina, sempre incentivada pela mãe Bárbara (Ana Lúcia Torre), começa finalmente a despertar a afeição de Rafael, é quando surge Serena (Priscilla Fantin), uma jovem que foi criada por índios e que desperta uma estranha sensação no viúvo. No decorre da trama descobre-se que Serena é a reencarnação da falecida, e que Cristina havia tramado a sua “primeira morte”. Serena passa a viver uma ardente paixão ao lado de Rafael e luta para convencer a todos de sua verdadeira identidade e punir a responsável pela sua morte. Sofisticada e ambiciosa, Cristina não dá o braço a torcer e faz de tudo para que Serena continue sendo vista como uma impostora. Para isso, ela mente, engana, forja e até se envolve com o motorista para que ele faça tudo por ela. De certa forma, a megera saiu vitoriosa da história, pois no último capítulo...
http://br.youtube.com/watch?v=hytYK9YS3HA
conseguiu matar Serena e Rafael. Como o amor sempre vence, Rafael e Serena reencarnam e se reencontram em outra vida.

Novela de WALCYR CARRASCO Ano de exibição 2005. No elenco Elisabeth Savalla, Drica Moraes, Malvino Salvador, Rodrigo Phavanello, Eric Marmo entre outros.

Fontes:

Memérias da Telenovela Brasileira - Ismael Fernandes

http://www.globo.com/

http://www.minhanovela.com.br/

www.observatório/imprensa.com.br

fotos:

Divulgação

vídeos:

http://www.youtube.com/






























sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Tv Manchete : O Início

Adolpho Bloch, um ucraniano que fugiu junto com a família, devido a persiguição contra os judeus, chegou ao Brasil em dezembro de 1922. No Rio de Janeiro, abriu uma pequena gráfica, com os lucros, aperfeiçoou e expandiu o negócio, tanto que o maior parque gráfico da América Latina pertenceu ao grupo Bloch.O sucesso empresarial veio com a revista Manchete, lançada em 23/04/1952, o nome era derivado da francesa Paris Match. O empresário, porém alimentava outro sonho, uma rede de televisão, que foi realizado em 1980, após ser um dos vemcedores da concorrência aberta pelo presidente João Figueiredo, após o fim da TV Tupi (o outro escolhido foi Sílvio Santos). A vitória ocorreu porque a revista Manchete apoiava o governo.
Bloch queria que a sua rede fosse algo marcante, e para isso,investiu US$ 50 milhões em equipamentos, filmes e artistas. O lançamento se deu em 05/06/1983,e já na estréia a tecnologia deu o tom da "TV do Ano 2000" ,um dos slogans da emissora.A vinheta de abertura, a mais mais moderna até então foi criada pela "Manchete Computers Grafics" e a equipe ainda várias vinhetas a partir da música "Video Game", do grupo Roupa Nova. O primeiro programa "Mundo Mágico" tirou o sono, leia-se audiência do "Fantástico", para fechar a estréia com chave de ouro, foi exibido o filme "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", de Steven Spielberg. A nova rede já começou suas transmissões fazendo o que ninguém fez, ameaçando a poderosa Rede Globo, e isso foi só primeiro dia... Mas a Manchete ainda tem muita história para ser contada...

Fontes: www.manchete.net; www.telehistoria.com.br; wickipedia.org e "É Pagar Pra Ver- A Tv Por Assinatura em Foco", Luiz Guilherme Duarte, Summus Editora

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Telejornal






A iniciativa de filmar notas de tipo informativo surgiu através do cinema, assim nasceu o primeiro filme produzido, que foi a saída dos operários de uma fábrica, mostrando-se assim o cinema como um meio de mostrar capacidades informativas. Com a chegada da televisão e o final da Segunda Guerra Mundial, os noticiários de cinema foram perdendo a sua relevância. A televisão prometia imediatismo em vários sentidos: a notícia em um momento mais próximo e a localização em casa.
A necessidade de inovar trouxe o jornalismo de televisão com o formato do rádio. As primeiras notícias eram lidas diante da câmera, mas logo se notou que seria importante ter um apresentador, que daria mais credibilidade aos noticiários através de sua aparência, de sua entonação e de sua expressão facial. Algum tempo depois, surgiram as imagens e um mais tarde surgiria o som, com a utilização de uma câmera-gravadora. E assim, nasceu o video-teipe e a transmissão de imagens via satélite, o que acelerou o ritmo das transmissões.
Quando a TV TUPI entrou no ar, foi considerada uma verdadeira escola. No dia 19 de setembro de 1950, entrou no ar o primeiro telejornal na TV Tupi “Imagens do dia”, apresentado pelo radialista Ribeiro Filho, com texto e matéria de Rui Rezende. Ficou no ar aproximadamente um ano, e tinha um formato mais simples possível, o locutor Rui Resende tinha ele mesmo a tarefa de produzir e redigir as notícias. Havia Algumas notas que utilizavam imagens feitas em filme preto e branco e sem som.
Mas o primeiro telejornal a fazer sucesso e ter um grande reconhecimento, foi “O Repórter Esso” que ficou no ar durante 18 anos.E um dos seus programas mais inesquecíveis aconteceu por acaso. Quando o líder cubano Fidel Castro veio ao Brasil, o repórter Carlos Spera, conseguiu uma entrevista coletiva as pressas. Nesta época alguns apresentadores se destacaram no rádio como Kalil Filho e Gontijo Teodoro.
Mas com as novas tecnologias e inovações vindo dos Estados Unidos, fez com que o jornalista Armando Nogueira, criá-se o Jornal Nacional que foi ao ar em primeiro de setembro de 1969.
O jornal nacional se tornou uma referencia e virou líder em audiência e em inovações, foi o primeiro telejornal a transmitir em rede ao vivo e a cores para todo Brasil. Foi pioneira nas transmissões de noticias internacionais via satélite em tempo real.
E Foi todo padronizado de acordo com os telejornais americanos que já faziam muito sucesso pelo mundo, e hoje é considerado um telejornal de grande credibilidade .
O telejornalismo no Brasil passou por fases difícil, pois ele foi criado em uma época da censura uma época marcada por polemicas, repressão política e s demandas do mercado cultural influenciaram bastante aos telejornais. Hoje, os canais de televisão podem apresentar telejornais como parte da programação normal transmitida diariamente em horários fixos, e isso faz seu telespectador ficar ainda mais por dentro de todas as informações do mundo.
















http://br.youtube.com/watch?v=83QHRUv1bLs Jornal nacional Até os dias de hoje






Como ex estudante de Jornalismo, não poderia deixar de comentar sobre a transmissão do primeiro Telejornal no Brasil e suas evoluções tecnológicas(Satélite). Mesmo não sendo a única fonte de informação, o público em massa fez o telejornal tomar de conta do seu cotidiano informativo.














Postado por Priscila Girami




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um pouco de humor na tv brasileira





Teatro de revista é o espetáculo brasileiro de humor mais tradicional, ele vem de longe desde a época de saltimbancos que eles viajavam pela europa e portanto suas matrizes são bastante diversificadas, o teatro de revista brasileiro,é feito de números musicais e esquetes cômicos, como no caso do musical americano as musicas eram compostas especialmente pelos nossos compositores brasileiros e com elas tornaram –se standards.
A combinação de esquetes e números musicais começou a ser usada, em nosso rádio pelo publicitário Adhemar Case, que foi o primeiro brasileiro a comprar horários e fazer o programa de variedades pioneiro da rádio brasileira.
Na época do teatro de revista , ele tinha prioridade, primeiro as músicas eram cantadas pelos cômicos ai sim posteriormente eram interpretadas pelos cantores.













O humor chegou a TV em programas como “Vai na valsa,Aí vem dona Isaura,Rancho alegre com Mazzaropi (Jeca tatu), depois vieram Pagano Sobrinho e o inesquecível ,Balança mais não cai.


http://www.youtube.com/watch?v=pcg-z_OyUlU



E foi em um desses quadros humorísticos que surgiram grandes comediantes como , Chico Anysio, Lauro Borges, Antônio Carlos...e também vários autores entre eles o próprio Chico Anysio e Max Nunes, o ilustre criador de Balança mais não cai, um programa inteiramente brasileiro com os bordões (frases que marcam o artista)adotados pelo povo, um programa que não tem paralelo em televisão nenhuma do mundo.





http://www.youtube.com/watch?v=KqocamTPemg





O programa que sofisticou o humor brasileiro foi “Chico Anysio show” que a princípio era para ser exibido somente no Rio de Janeiro,, mas que mais tarde acabou sendo passado no Brasil todo, a sofisticação da imagem era uma novidade, Chico podia fazer vários personagens graças a montagem que apenas estava começando na televisão, Carlos Manga trouxe para a TV a qualidade que já imprimia nas chanchadas da Atlântida.
Com o passar do tempo o humor foi se modificando, mas se mantém no ar com suas características essenciais, nada do que veio depois era muito diferente do que foi plantado no início , Satiricom, Viva o gordo....
Todos os programas de humor hoje mantém os bordões tradicionais, parece que Max Nunes está em todo lugar.


Aqui estão alguns bordões para reelembrarmos um pouco:


Eu só abro a boca quando eu tenho celteza! (Ofélia)-Primo, você me provoca frouxos de riso...ahahah-É que você é "froxo" mesmo...(Primo Rico & Primo Pobre)É mentira Terta??? (Pantaleão)
Beijo muitoooooooooo(Claudia Rodrigues)onde foi que eu errei?!(Jorge Dória)
Vem ca te conheço???(Maria clara Gueiros)
E o salario oh!(chico anisio)OOOOOOOOO
crides fala pra Mãe!!(Ronald Golias)
BEIJINHO BEIJINHO E PAU PAU - Claúdia Gimenez (Dona Cacilda da escolinha do Professor Raimundo)



fonte:Ocirco eletrônico Fazendo Tv no Brasil

Seriados de Daniel Filho

A maioria dos personagens marcantes dos seriados é adaptado da literatura, um seriado deve ter um cenário fixo, com pelo menos 40% da história passada ali e também com personagens fixos para que o público possa se familiarizar e identifica-los assim como nas novelas, e esses padrões esteve sempre presente nos seriados que Daniel Filho produziu desde o final da década de 1970 .
Os seriados policiais parecem eternos, pois são recheados de intrigas, mistérios, além de ter um romance de leitura fácil, um exemplo de seriados policiais foi A Justiceira e Plantão de polícia.


Ciranda cirandinha foi o primeiro seriado que Daniel fez na

Tv Globo, a partir de uma frase de John Lennon que naquele momento era um senso de oportunidade para o momento. A frase era: “o sonho acabou” e Daniel acrescentou com “mas papai tinha razão”.





Ciranda foi um seriado que atingiu diretamente o público jovem, e com isso fazia com que seus pais entendessem um pouco mais sobre seus filhos já que o assunto da droga estava presente, mas muito subliminarmente, pois naquela época era proibido tal assunto.Domingos de Oliveira teve uma ótima idéia de colocar todos os personagens morando no mesmo apartamento já que isso acontecia muito na metade dos anos 70, eram 4 personagens fixos amigos, dois homens ,Fábio Júnior e Jorge Fernando e duas mulheres, Denise Bandeira e Lucélia Santos.O seriado teve oito ou nove episódios , e era mensal, ainda estavam aprendendo a fazer, portanto era muito difícil elaborar os scripts que era feito por três ou quatro pessoas , esses seriados eram muito caros e deram certo na época em que a Globo tinha aquela hegemonia total, custavam muito caros , já que precisava de uma equipe toda dedicada somente para aquilo.
Daniel começou a tomar gosto por seriado, mas queria fazer uma coisa brasileira e não espelhado nos seriados norte americanos, foi assim que nasceram “Carga Pesada e Malu Mulher” .




Carga Pesada foi inovador pois naquela época a paisagem brasileira não estavam na moda e muito menos as músicas caipiras não tinham a projeção que tem hoje, assim como o cenário de “Plantão de polícia” eram os apartamentos dos personagens de Hugo Carvana e Denise Bandeira, curiosamente o cenário de Carga Pesada era a boléia do caminhão, feita dentro do estúdio, já que uma grande parte os personagens teria que passar lá, pois já era o cenário fixo deles, já em Malu mulher, eram gravados um episódio em dois dias , pois 70% dele se passava dentro do apartamento de Malú, com os personagens fixos.
Em 1980, Daniel produziu Armação ilimitada que era um seriado bastante humorado,depois fez Confissões de adolescentes,










que faziam um paralelo com ,situações que os personagens estavam vivendo, mas que as vezes eram pessoas que não tinham nada a ver com aquelas situações.
A vida como ela é de Nelson Rodrigues, a nossa maior dificuldade era contar bem a história em sete ou oito minutos, já que Nélson Rodrigues é um monstro sagrado, mas Euclydes Marinho acertou na “mosca”.








A Justiceira foi um seriado oportuno, nada mais além do que uma imitação dos americanos, mas Daniel queria ver se sabiam fazer um bom policial, já que tinham que seguir as riscas todo um Storyboard, profissionais estrangeiros, como dublê, efeitos especiais... enfim parecidas com os policiais que as pessoas são acostumadas a ver na T.V, foi um papel carbono bem divertido!
Logo após Daniel produziu “Mulher”, onde os temas variavam desde psicológicos e ginecológicos, até situações que envolviam brutalidade com a mulher. Uma das histórias passava-se fora da clínica, cenário fixo do seriado.A história era oportuna , como todas as histórias com mulheres são na televisão, pois elas são o maiôs público, seu medo era que os homens rejeitassem o seriado, com ódio de estarem sendo responsabilizados por muitas coisas que eram tradicionalmente culpa da mulher, como frigidez.
Mas Daniel usou outros personagens como um enfermeiro negro e as enfermeiras, que foi inspirado por um filme de Harrison Ford que ele assistiu, com isso o seriado agradou o lado masculino também, e acabou – se transformando em uma verdadeira “aula de medicina”, onde muitos telespectadores passaram a freqüentar com mais regularidade os médicos, devido a influência do seriado, mulheres que tinham vergonha de ir ao ginecologista , já ia deixando isso no passado.





http://www.youtube.com/watch?v=FkZQoKioFM4





Cininha de Paula que também era médica, começou a dirigir as cenas dentro do campo cirúrgico, Daniel dirigiu no máximo umas duas vezes ainda depois ela ficou fixa.Daniel queria a luz e a atmosfera do filme Tucker de Coppola, , mas o assunto era sério para a iluminação que ele desejava então foi totalmente ao inverso do seu pensamento, mas nem por isso o desagradou, a iluminação do seriado tinha uma difusão que tornavam as coisas agradáveis de se ver .
Daniel encerra com a frase “Uma coisa é você passar entretenimento, informações importantes, identificar o povo com o que está se fazendo;outra é jogar o povo para baixo, deprimi- lo, fazer o espectador sair, desligar a TV e não dormir direito”.







Fonte:O circo eletrônico- fazendo TV no Brasil

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

" A TELENOVELA SAINDO DO ARMÁRIO "

A história da telenovela brasileira é constituída por personagens que retratam o publico espectador com o máximo de fidelidade. Por mais que todas elas terminem com o velho clichê de “felizes para sempre”, é indispensável para o sucesso de uma telenovela, que ela seja composta por personagens que mostrem a realidade deste público, ou a realidade desejada por este público. Porém, este processo enfrenta certa dificuldade quando o assunto é retratar a homossexualidade brasileira.
Ao longo dos anos, várias foram as tentativas de mostrar na telinha a realidade do gay brasileiro, como veremos cronologicamente a seguir. E esta história, é marcada por personagens inesquecíveis por si só, ou pela polêmica que causaram. O fato é que todos tiveram a sua devida importância, pelo fato de fazerem com que o telespectador refletisse sobre a diversidade sexual, pois apesar de vivermos no país que organiza a maior Parada Gay do mundo, que levou este ano 3 milhões de pessoas à Avenida Paulista, a causa gay ainda é marginalizada pela maioria da população.
O personagem considerado como o primeiro assumidamente gay da telenovela brasileira, foi Conrad Mahler, interpretado pelo ator Ziembinski, em 1974 na novela O REBU. Na trama, que tinha um clima parecido com o seriado americano 24 Horas por se passar em um só dia, Conrad fazia parte de um triangulo amoroso formado pelo garotão de praia, Cauê, interpretado por Buza Ferraz e sua namorada, interpretada por Bete Mendes. Mas o primeiro registro real de uma personagem gay na telenovela brasileira ocorreu dois anos antes. Em 1972, o mesmo Ziembinski (foto), interpretava na novela O MACHÃO, a travesti Stanislava, que durante suas viagens alucinógenas causadas por drogas, sonhava com seu príncipe encantado, um trapezista de circo. Devido ao fato do personagem ser completamente estereotipado e associar homossexualidade e drogas, não é tido como divisor de águas na história da telenovela brasileira, o que aconteceu dois anos depois com O rebu.
Com o avanço da qualidade e da profissionalização cada vez mais acentuada da telenovela, muitos foram os autores que desejavam quebrar a barreira do estereotipo e mostrar o gay como ele é, ou seja, uma pessoa normal. O principal deles é Gilberto Braga, o autor é homossexual assumido, mas defende a privacidade de sua vida particular e evita comentar sobre ela. A primeira abordagem sobre o tema em uma novela de sua autoria, foi em DANCIN’ DAYS, em 1978, onde o ator Renato Pedrosa interpretava o impagável Everaldo, mordomo da vilã Yolanda Pratini (foto), personagem de Joana Fomm. Três anos depois, em sua novela seguinte, BRILHANTE, Gilberto emocionou o país com a cena em que Inácio Newnam, interpretado por Dennis Carvalho, se assumia gay para a mãe, personagem de Fernanda Montenegro, isso em pleno governo militar em 1981. O autor teve que camuflar o relacionamento de Inácio com o namorado, que só conseguiu “sair do armário” no penúltimo capítulo da novela, quando foi viver feliz ao lado do companheiro em Paris. Outra autora que tentou dar uma ar de dignidade aos personagens gays, foi Ivani Ribeiro. No mesmo ano de Brilhante, Ivani escrevia na TV Bandeirantes OS ADOLESCENTES, (foto) onde o personagem do ator Flávio Guarnieri demonstrava tendências homossexuais. A direção da emissora achou o tema da novela muito forte e pediu à autora que transformasse o personagem em um esquizofrênico. Após o pedido, Ivani se afastou da novela e coube a outro autor a tarefa de mudar o personagem.
Com o fim da ditadura militar na segunda metade dos anos oitenta, houve uma flexibilização da temática gay em novela, pelo menos não havia mais, a maçante presença da censura nessas obras culturais. Foi então que em 1985, a Rede Globo lançou no horário das sete, a novela que serviu despretensiosamente de termômetro para medir a reação do público a personagens “diferentes”. UM SONHO A MAIS, de Lauro César Muniz, tinha como protagonista Volpone, interpretado por Ney Latorraca, um mestre dos disfarces que quando aparecia como a transformista Anabela Volpone (foto) e se unia as companheiras Florisbela Volpone e Olga del Volgo, interpretadas por Marco Nanini e Patrício Bisso, proporcionava cenas hilárias que marcaram a história da telenovela. Mas apesar disso, por pressão da parte moralista dos telespectadores, Lauro foi obrigado a cortá-las da novela. A obra serviu de inspiração à participação de Nanini e Latorraca na peça “O mistério de Irma Vap”, um ano depois, e foi um grande sucesso que ficou anos em cartaz no teatro, e a pouco tempo ganhou versão no cinema. A resposta da Globo sobre a repercussão da novela de Lauro foi rápida. A emissora viu que explorar a comicidade gay daria resultados, e se o problema era mostrar homens vestidos de mulher em pleno horário das sete, mostraria homens vestidos de homem, mas com aquela afetação engraçada da turma de Volpone. A substituta de Um sonho a mais, trazia dois estilistas rivais afetados e hilários, eram Jacques Leclair e Valentino, (foto) interpretados por Reginaldo Faria e Luiz Gustavo na novela TI TI TI, de Cassiano Gabus Mendes. Foi um sucesso, mas consolidou o rótulo aceitável pelo público a respeito dos personagens homossexuais. A partir dali, gay em novela, ou era cômico ou polemico. Em 1986, Lauro César Muniz voltou ao tema, agora no horário das oito. Na novela RODA FOGO, o ator Cécil Thirée viveu um dos papéis mais brilhantes de sua carreira. Tratava-se do vilão Mário Liberato (foto), homossexual assumido e estereotipado que flertava com o mordomo, Jacinto, vivido por Cláudio Curi.
Em 1988, Gilberto Braga voltou a discutir a homossexualidade agora livre da intervenção da ditadura. Em VALE TUDO, apresentou com muita dignidade as lésbicas Cecília e Lais, vividas por Lala Deheinzelin e Cristina Prochaska (foto), que mantinham uma relação estável e andavam pela rua de mãos dadas. Na trama Cecília morria em um acidente e Lais teve que lutar na justiça para ter seus direitos de companheira reconhecidos. Essa conquista é batalhada até hoje, vinte anos depois, por gays e lésbicas da vida real. No final da trama, Lais conquistava seu propósito, além de encontrar um novo amor, Marília, interpretada aqui por Bia Seidl.
Durante anos, os personagens gays foram apresentados dentro do núcleo cômico das novelas, como engraçados e estereotipados. O tema só voltou a ser abordado com seriedade em 1995, pelas mãos de Silvio de Abreu na novela A PRÓXIMA VÍTIMA. Na história, o casal de jovens gays, Sandrinho e Jefferson (foto), que descobriam o amor e se envolviam com certo romantismo, conquistou o país. No último capítulo houve até uma espécie de casamento gay, sem beijo, mas com sua importância representativa. Foi uma página importante na desmistificação do gay cômico da novela. A sucessora de A próxima vítima, EXPLODE CORAÇÃO, teve a oportunidade nas mãos de apresentar, no horário das oito a vida de um travesti com a mesma dignidade, mas o personagem Sarita Vitti (foto), caiu na idéia do que era politicamente correto para o momento, e passou despercebido, sem amplitude, como mais um personagem cômico. O ator Floriano Peixoto, que interpretava Sarita, chegou a dar declarações dizendo que seu personagem não era gay, mas apenas um cara que se dizia mulher, lúdico e diferente.
Sem dúvida a abordagem mais importante da homossexualidade na telenovela brasileira foi em 1998, não pela sua apresentação, mas por sua repercussão. Em 1998, Silvio de Abreu (foto) mostrou ao Brasil o casal de lésbicas bem sucedidas Rafaela Katz e Leila Moreno, personagens de Christiane Torloni e Sílvia Pfeifer. A novela era TORRE DE BABEL que devido aos baixos índices de audiência atribuídos principalmente ao casal, sofreu uma reformulação geral no capítulo 47, com a explosão do shopping “Tropical Tower”. A explosão já estava prevista, mas o rumo dos personagens seria diferente. No que diz respeito ao casal de lésbicas, na sinopse original só Rafaela morreria e Leila tentaria reconstruir a sua vida ao lado de Marta, personagem de Glória Meneses, que vivia em crise no seu casamento. A direção da novela chegou a pensar em transformar Leila em heterossexual, mas segundo eles isso seria de extremo mau gosto sendo que Silvia conduzia o personagem com maestria. A solução para que a atriz não ficasse fora da novela foi criar uma irmã gêmea para Leila, Leda que surgia do nada para reivindicar a herança da irmã. Torre de babel tinha tudo para dar certo, mesmo com seus temas polêmicos. Mas infelizmente, ficou marcada como uma vitória do preconceito sobre uma tentativa válida de se retratar a vida como ela realmente é.
Mesmo após a polêmica de Torre de Babel, SUAVE VENENO, apresentou também, personagens homossexuais. Bem diferente do que Silvio de Abreu pretendia com a sua novela, Aguinaldo Silva, autor da novela explorou os personagens Uálber e Edilberto, Diogo Vilela e Luis Carlos Tourinho(foto), até a sua última veia cômica. Na trama, Uálber era um paranormal que vivia as turras com a sua complicada família e ocultava de todos a sua vida pessoal, inclusive a sua notável homossexualidade. A trama de Aguinaldo também não ia bem das pernas e quando a direção da Rede Globo pediu à ele uma reviravolta na trama, curiosamente os dois personagens gays foram poupados porque, em pesquisa, foram apontados como líderes de popularidade da novela. No último capítulo Uálber ganhou até um namorado, sem beijos, nem romantismo, apenas com insinuações.
Em AS FILHAS DA MÃE, 2001, Silvio de Abreu voltou a incomodar os telespectadores mais conservadores. O ministério público chegou, através do promotor Siro Darlan, conhecido por vetar crianças no mesmo ano em Laços de Família, a tentar vetar na trama a apresentação da transexual Ramona, interpretada por Cláudia Raia. Na trama, os filhos de Lulu de Luxemburgo, vivida por Fernanda Montenegro brigavam pela sua parte do resort “Jardim do Éden”. Ramón, que tinha sumido no mundo, reaparece como mulher após uma cirurgia de mudança de sexo. Apesar dos problemas de audiência da novela, Ramona conquistou o público, tanto que os picos da novela se davam justamente quando ela lutava para que seu grande amor, Leonardo, vivido por Alexandre Borges, aceitasse sua transexualidade e a assumisse publicamente.
Após anos vivendo à sombra das tramas principais das novelas, os personagens homossexuais começaram a ter seu espaço reservado, principalmente no horário das oito. Em MULHERES APAIXONADAS, 2002, a amizade das jovens Clara e Rafaela, personagens de Aline Morais e Paula Picarelli, dividiram até boa parte da trama as opiniões da audiência. Muitos acreditavam que só havia amizade entre as duas, mais ao longo da história foi se desenhando uma relação que em determinado momento se caracterizou como um relacionamento marcado por Manoel Carlos com muito carinho. Criou-se uma expectativa sobre o beijo gay entre as duas, não só por uma questão política e democrática, mas por se tratarem de duas belas mulheres. No último capítulo, o beijo entre as duas decepcionou a muitos. Traduziu-se em um beijo no queixo enquanto interpretavam a cena final de Romeu e Julieta. (foto)
Enquanto Clara e Rafaela insinuavam uma relação no horário das oito da Rede Globo, as sete um casal de senhores simpáticos agradavam o público com seu jeito de ser. Em DESEJOS DE MULHER, Ariel e Tadeu, vividos por José Wilker e Otávio Muller, não tiveram nenhuma rejeição do público, muito pelo contrário, eram muito queridos pelos telespectadores. Mesmo assim, Euclydes Marinho, autor da novela recebeu uma ordem direta da diretoria da emissora para “amenizar” a exploração do casal. Sem nenhum motivo aparente, Ariel e Tadeu (foto), deixaram de ser casados, de uma hora para outra passaram a ser dois amigos gays, cômicos diga-se se passagem, morando sobre o mesmo teto, sem vínculos e nem alianças. O ator José Wilker em entrevista à Folha de São Paulo chegou a dar a seguinte declaração: ‘‘Estou evitando assistir à novela, pois sei que muitas das cenas foram mutiladas. Não posso impedir que os autores mudem o texto, mas como ator, posso manter a composição inicial que fiz para o personagem que é um gay sem estereótipo. Quanto ao argumento de que no horário das sete tem muito adolescente e isso pode influenciar na formação da personalidade deles, provo o contrário através das minhas filhas, de 22 e 17 anos. Elas encararam esse personagem com mais naturalidade até do que eu.’’. O final dos personagens Ariel e Tadeu foi filmado me plena Parada do Orgulho Gay de 2002, e Wilker e Muller foram ovacionados pelo público de um milhão de pessoas
A partir de 2003, toda novela das oito da Rede Globo, passou a ter o seu personagem homossexual. A emissora percebeu que só explorar seu filão cômico não bastava para retratar uma “minoria”que contava com uma força cada vez mais ascendente na população. Percebeu-se que as pessoas já estavam mudando seus conceitos sobre os homossexuais, prova disso é o numero, cada vez mais ascendente da Parada Gay de São Paulo e a repercussão cada vez mais positiva nas telenovelas de personagens “diferentes”. Em SENHORA DO DESTINO, 2003, o casal de lésbicas Eleonora e Jennifer, vividas por Mylla Christie e Bárbara Borges, discutiam sua homossexualidade e a possibilidade de adotarem uma criança. Em 2005, Glória Perez voltou a explorar o tema gay em AMÉRICA, após a desastrosa aparição de Sarita Vitti, apresentou para o Brasil o jovem Junior, personagem de Bruno Gagliasso que escondia da mãe, a fazendeira casca dura Dona Neuta, interpretada por Eliane Giardini, que desejava ser estilista, enquanto ela sonhava que ele assumisse seu lugar na fazenda. No decorrer da trama, Junior vivia em conflito com a sua condição chegando até a namorar meninas, mas quando conhece o peão Zeca, personagem de Erom Cordeiro,(foto) se apaixona perdidamente e se surpreende quando percebe que é correspondido. No final da novela, Glória escreveu, o diretor Jayme Monjardim gravou e Bruno e Erom interpretaram o que seria o primeiro beijo gay da telenovela brasileira, porém lamentavelmente a cena foi cortada pela emissora. Em 2006, foi a vez de Gilberto Braga voltar a falar sobre o assunto, mas de uma maneira mais tímida. PARAÍSO TROPICAL trazia um casal gay comum, Rodrigo e Tiago, vividos por Carlos Casagrande e Sérgio Abreu, tinham uma relação estável, mas entravam em crise quando Tiago começava a se sentir inferior profissionalmente ao marido, enquanto Rodrigo era secretário particular do empresário Antenor Cavalcanti, personagem de Tony Ramos, Tiago era apenas um recepcionista de um de seus hotéis. Desta vez, Gilberto não polemizou, apenas mostrou um casal como outro qualquer.
Em 2007, a Rede Record cogitou a possibilidade de se antecipar a Globo e mostrar primeiro o beijo gay em telenovela. Na novela CAMINHOS DO CORAÇÃO, Cláudio Heinrich vive Daniel, um gay reprimido que tenta não pensar em sua condição e permanecer preso dentro de seu armário. Após alguns meses de apresentação, a emissora paulistana voltou atrás na decisão e deixou claro que não haveria beijo gay na novela, pois tem a intenção de reprisá-la no horário da tarde futuramente.
Já a Globo, se apóia na esperança de um beijo gay para garantir a audiência de suas novelas e protagonizou um dos momentos mais lamentáveis da sua história ao divulgar o beijo gay entre os personagens Bernardinho e Carlão (foto) da novela DUAS CARAS. O beijo não aconteceu e ao contrário de América, não chegou sequer a ser gravado, mas a sua expectativa garantiu pico de audiência no último capítulo da novela, onde mais uma vez houve casamento, sem beijo. Atualmente a Globo volta a atacar com o velho clichê gay cômico em A FAVORITA, onde Orlandinho (foto), vivido por Iran Malfitano vive uma paixão platônica por Halley, personagem de Cauã Reymond, que por sua vez, se aproveita da fragilidade de Orlandinho para bancar o bacana com o seu dinheiro. Mas também cogita-se a possibilidade da dona de casa submissa, Catarina, personagem de Lília Cabral viver um romance com a chef de cozinha Stela, vivida por Paula Burlamaqui.
Possivelmente não será com A Favorita, que a Globo irá apresentar o primeiro beijo gay. É necessário refletir que, a abordagem sobre o homossexual na telenovela, vai muito além deste beijo, ele pode acontecer hoje a noite às nove da noite, mas não será isso que irá mudar alguma coisa, pois o beijo é beijo, seja entre homem, entre mulher, ou entre homem e mulher. É notável que a telenovela é o espelho do que é aceitável pela população, pois através dela o público escolhe o que vai querer ver.
O beijo gay é apenas um passo, pois há muito que se mostrar sobre o gay. O gay de novela hoje, não tem amigos, não tem vida social, dificilmente apresenta uma perspectiva de vida. É claro que os gays são engraçados, mas não é justo pintá-los como palhaços do circo eletrônico. O que a telenovela precisa retratar é a dificuldade que é para o gay se assumir assim, não para os outros, mas para si mesmo. Retratar os preconceitos que se sofre desde cedo, nas escolas, na rua, nas piadinhas infames. Mostrar sim o quanto são engraçados, mas também o quanto são talentosos, e o quanto admiram o belo a arte. Enfatizar o apoio que é dado por suas famílias, ou a falta dele. Enfim, há um longo caminho para que o homossexual seja retratado com dignidade na televisão brasileira, que vai muito além de um simples beijo.

fonte:

http://banco.agenciaoglobo.com.br/Imagens
http://www.teledramaturgia.com.br/
http://mixbrasil.uol.com.br/
www2.correioweb.com.br/
www.observatorio/daimprensa.com.br

Errata:

A novela "Um sonho a mais" inspirou a participação dos atores Marco Nanini e Ney Latorraca na versão nacional da peça "O mistério de Irma Vap" e não inspirou a peça, propriamente dita, como se deu a entender anteriormente. A peça já teve outras versões no mundo antes de estrear pela primeira vez no Brasil em 1986.