sexta-feira, 22 de agosto de 2008

DERCY GONÇALVES "PORRA"

Dolores Gonçalves Costa, (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1907Rio de Janeiro, 19 de julho de 2008) foi uma atriz brasileira, oriunda do teatro de revista, notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960.
Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom
humor e emprego constante de palavras de baixo calão, foi uma das maiores expoentes do teatro
de improviso no Brasil.
Oriunda de família pobre, nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro, filha de um alfaiate e de uma lavadeira. Sua mãe, chamada Margarida, abandonou o lar ao descobrir a infidelidade do marido.
Aos dezessete anos, fugiu de casa e se juntou a uma companhia de teatro. Em 1934, teve um relacionamento com o exportador de café mineiro Ademar Martins, do qual nasceu sua única filha, Dercimar.
Especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 1930 e 1940, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943.
Na década de 1960 iniciou sua carreira solo. Suas apresentações, em diversos teatros brasileiros, conquisatvam um público cheio de moralismos. Nesses espetáculos, gradativamente introduziu um monólogo, no qual relatava fatos autobiográficos. Paralelamente a estas apresentações, atuou em diversos filmes do gênero chanchada e comédias nacionais.
Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da
TV Excelsior em 1963, onde também conheceu o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Depois passou para a TV Rio e já na
TV Globo, convenceu Boni a trabalhar na emissora, junto de Walter Clark.
No final dos anos 1980, quando a censura permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Sílvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.
Sua carreira foi pautada no individualismo, tendo sofrido, já idosa, um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso — o que a fez retomar a carreira, já octogenária. Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro.
Em 1991, foi enredo ("Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo") do desfile da Unidos do Viradouro, na primeira apresentação da escola no Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, Dercy causou polêmica ao desfilar, no último carro, com os seios à mostra.













Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmara de vereadores desta capital.
> CEM ANOS:
No dia 23 de junho de 2007, Dercy Gonçalves completou cem anos com uma festa na praça General Brás, no centro do município de Santa Maria Madalena (sua cidade natal) na região serrana do Rio de Janeiro. Na festa, Dercy comeu bolo, levantou as pernas fazendo graça para os fotógrafos, falou palavrão e saudou o povo, que parou para acompanhar a comemoração. Embora oficialmente tenha completado cem anos, Dercy afirma que seu pai a registrou com dois anos de atraso, logo teria completado 102 anos de idade.

> A MORTE:


Morreu com 101 anos,às 16h45, no dia 19 dejulho de 2008, no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela foi internada na madrugada do sábado dia 19 de julho. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma pneumonia comunitária grave, que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória. O estado do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias em memória à atriz. Foi enterrada com o caixão de pé ao som de uma bateria de escola de samba

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Fontes:

Um comentário:

Radio e tv unisa disse...

Adorei a história da Dercy, sou fã dela, parabéns!!