sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Telejornal






A iniciativa de filmar notas de tipo informativo surgiu através do cinema, assim nasceu o primeiro filme produzido, que foi a saída dos operários de uma fábrica, mostrando-se assim o cinema como um meio de mostrar capacidades informativas. Com a chegada da televisão e o final da Segunda Guerra Mundial, os noticiários de cinema foram perdendo a sua relevância. A televisão prometia imediatismo em vários sentidos: a notícia em um momento mais próximo e a localização em casa.
A necessidade de inovar trouxe o jornalismo de televisão com o formato do rádio. As primeiras notícias eram lidas diante da câmera, mas logo se notou que seria importante ter um apresentador, que daria mais credibilidade aos noticiários através de sua aparência, de sua entonação e de sua expressão facial. Algum tempo depois, surgiram as imagens e um mais tarde surgiria o som, com a utilização de uma câmera-gravadora. E assim, nasceu o video-teipe e a transmissão de imagens via satélite, o que acelerou o ritmo das transmissões.
Quando a TV TUPI entrou no ar, foi considerada uma verdadeira escola. No dia 19 de setembro de 1950, entrou no ar o primeiro telejornal na TV Tupi “Imagens do dia”, apresentado pelo radialista Ribeiro Filho, com texto e matéria de Rui Rezende. Ficou no ar aproximadamente um ano, e tinha um formato mais simples possível, o locutor Rui Resende tinha ele mesmo a tarefa de produzir e redigir as notícias. Havia Algumas notas que utilizavam imagens feitas em filme preto e branco e sem som.
Mas o primeiro telejornal a fazer sucesso e ter um grande reconhecimento, foi “O Repórter Esso” que ficou no ar durante 18 anos.E um dos seus programas mais inesquecíveis aconteceu por acaso. Quando o líder cubano Fidel Castro veio ao Brasil, o repórter Carlos Spera, conseguiu uma entrevista coletiva as pressas. Nesta época alguns apresentadores se destacaram no rádio como Kalil Filho e Gontijo Teodoro.
Mas com as novas tecnologias e inovações vindo dos Estados Unidos, fez com que o jornalista Armando Nogueira, criá-se o Jornal Nacional que foi ao ar em primeiro de setembro de 1969.
O jornal nacional se tornou uma referencia e virou líder em audiência e em inovações, foi o primeiro telejornal a transmitir em rede ao vivo e a cores para todo Brasil. Foi pioneira nas transmissões de noticias internacionais via satélite em tempo real.
E Foi todo padronizado de acordo com os telejornais americanos que já faziam muito sucesso pelo mundo, e hoje é considerado um telejornal de grande credibilidade .
O telejornalismo no Brasil passou por fases difícil, pois ele foi criado em uma época da censura uma época marcada por polemicas, repressão política e s demandas do mercado cultural influenciaram bastante aos telejornais. Hoje, os canais de televisão podem apresentar telejornais como parte da programação normal transmitida diariamente em horários fixos, e isso faz seu telespectador ficar ainda mais por dentro de todas as informações do mundo.
















http://br.youtube.com/watch?v=83QHRUv1bLs Jornal nacional Até os dias de hoje






Como ex estudante de Jornalismo, não poderia deixar de comentar sobre a transmissão do primeiro Telejornal no Brasil e suas evoluções tecnológicas(Satélite). Mesmo não sendo a única fonte de informação, o público em massa fez o telejornal tomar de conta do seu cotidiano informativo.














Postado por Priscila Girami




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um pouco de humor na tv brasileira





Teatro de revista é o espetáculo brasileiro de humor mais tradicional, ele vem de longe desde a época de saltimbancos que eles viajavam pela europa e portanto suas matrizes são bastante diversificadas, o teatro de revista brasileiro,é feito de números musicais e esquetes cômicos, como no caso do musical americano as musicas eram compostas especialmente pelos nossos compositores brasileiros e com elas tornaram –se standards.
A combinação de esquetes e números musicais começou a ser usada, em nosso rádio pelo publicitário Adhemar Case, que foi o primeiro brasileiro a comprar horários e fazer o programa de variedades pioneiro da rádio brasileira.
Na época do teatro de revista , ele tinha prioridade, primeiro as músicas eram cantadas pelos cômicos ai sim posteriormente eram interpretadas pelos cantores.













O humor chegou a TV em programas como “Vai na valsa,Aí vem dona Isaura,Rancho alegre com Mazzaropi (Jeca tatu), depois vieram Pagano Sobrinho e o inesquecível ,Balança mais não cai.


http://www.youtube.com/watch?v=pcg-z_OyUlU



E foi em um desses quadros humorísticos que surgiram grandes comediantes como , Chico Anysio, Lauro Borges, Antônio Carlos...e também vários autores entre eles o próprio Chico Anysio e Max Nunes, o ilustre criador de Balança mais não cai, um programa inteiramente brasileiro com os bordões (frases que marcam o artista)adotados pelo povo, um programa que não tem paralelo em televisão nenhuma do mundo.





http://www.youtube.com/watch?v=KqocamTPemg





O programa que sofisticou o humor brasileiro foi “Chico Anysio show” que a princípio era para ser exibido somente no Rio de Janeiro,, mas que mais tarde acabou sendo passado no Brasil todo, a sofisticação da imagem era uma novidade, Chico podia fazer vários personagens graças a montagem que apenas estava começando na televisão, Carlos Manga trouxe para a TV a qualidade que já imprimia nas chanchadas da Atlântida.
Com o passar do tempo o humor foi se modificando, mas se mantém no ar com suas características essenciais, nada do que veio depois era muito diferente do que foi plantado no início , Satiricom, Viva o gordo....
Todos os programas de humor hoje mantém os bordões tradicionais, parece que Max Nunes está em todo lugar.


Aqui estão alguns bordões para reelembrarmos um pouco:


Eu só abro a boca quando eu tenho celteza! (Ofélia)-Primo, você me provoca frouxos de riso...ahahah-É que você é "froxo" mesmo...(Primo Rico & Primo Pobre)É mentira Terta??? (Pantaleão)
Beijo muitoooooooooo(Claudia Rodrigues)onde foi que eu errei?!(Jorge Dória)
Vem ca te conheço???(Maria clara Gueiros)
E o salario oh!(chico anisio)OOOOOOOOO
crides fala pra Mãe!!(Ronald Golias)
BEIJINHO BEIJINHO E PAU PAU - Claúdia Gimenez (Dona Cacilda da escolinha do Professor Raimundo)



fonte:Ocirco eletrônico Fazendo Tv no Brasil

Seriados de Daniel Filho

A maioria dos personagens marcantes dos seriados é adaptado da literatura, um seriado deve ter um cenário fixo, com pelo menos 40% da história passada ali e também com personagens fixos para que o público possa se familiarizar e identifica-los assim como nas novelas, e esses padrões esteve sempre presente nos seriados que Daniel Filho produziu desde o final da década de 1970 .
Os seriados policiais parecem eternos, pois são recheados de intrigas, mistérios, além de ter um romance de leitura fácil, um exemplo de seriados policiais foi A Justiceira e Plantão de polícia.


Ciranda cirandinha foi o primeiro seriado que Daniel fez na

Tv Globo, a partir de uma frase de John Lennon que naquele momento era um senso de oportunidade para o momento. A frase era: “o sonho acabou” e Daniel acrescentou com “mas papai tinha razão”.





Ciranda foi um seriado que atingiu diretamente o público jovem, e com isso fazia com que seus pais entendessem um pouco mais sobre seus filhos já que o assunto da droga estava presente, mas muito subliminarmente, pois naquela época era proibido tal assunto.Domingos de Oliveira teve uma ótima idéia de colocar todos os personagens morando no mesmo apartamento já que isso acontecia muito na metade dos anos 70, eram 4 personagens fixos amigos, dois homens ,Fábio Júnior e Jorge Fernando e duas mulheres, Denise Bandeira e Lucélia Santos.O seriado teve oito ou nove episódios , e era mensal, ainda estavam aprendendo a fazer, portanto era muito difícil elaborar os scripts que era feito por três ou quatro pessoas , esses seriados eram muito caros e deram certo na época em que a Globo tinha aquela hegemonia total, custavam muito caros , já que precisava de uma equipe toda dedicada somente para aquilo.
Daniel começou a tomar gosto por seriado, mas queria fazer uma coisa brasileira e não espelhado nos seriados norte americanos, foi assim que nasceram “Carga Pesada e Malu Mulher” .




Carga Pesada foi inovador pois naquela época a paisagem brasileira não estavam na moda e muito menos as músicas caipiras não tinham a projeção que tem hoje, assim como o cenário de “Plantão de polícia” eram os apartamentos dos personagens de Hugo Carvana e Denise Bandeira, curiosamente o cenário de Carga Pesada era a boléia do caminhão, feita dentro do estúdio, já que uma grande parte os personagens teria que passar lá, pois já era o cenário fixo deles, já em Malu mulher, eram gravados um episódio em dois dias , pois 70% dele se passava dentro do apartamento de Malú, com os personagens fixos.
Em 1980, Daniel produziu Armação ilimitada que era um seriado bastante humorado,depois fez Confissões de adolescentes,










que faziam um paralelo com ,situações que os personagens estavam vivendo, mas que as vezes eram pessoas que não tinham nada a ver com aquelas situações.
A vida como ela é de Nelson Rodrigues, a nossa maior dificuldade era contar bem a história em sete ou oito minutos, já que Nélson Rodrigues é um monstro sagrado, mas Euclydes Marinho acertou na “mosca”.








A Justiceira foi um seriado oportuno, nada mais além do que uma imitação dos americanos, mas Daniel queria ver se sabiam fazer um bom policial, já que tinham que seguir as riscas todo um Storyboard, profissionais estrangeiros, como dublê, efeitos especiais... enfim parecidas com os policiais que as pessoas são acostumadas a ver na T.V, foi um papel carbono bem divertido!
Logo após Daniel produziu “Mulher”, onde os temas variavam desde psicológicos e ginecológicos, até situações que envolviam brutalidade com a mulher. Uma das histórias passava-se fora da clínica, cenário fixo do seriado.A história era oportuna , como todas as histórias com mulheres são na televisão, pois elas são o maiôs público, seu medo era que os homens rejeitassem o seriado, com ódio de estarem sendo responsabilizados por muitas coisas que eram tradicionalmente culpa da mulher, como frigidez.
Mas Daniel usou outros personagens como um enfermeiro negro e as enfermeiras, que foi inspirado por um filme de Harrison Ford que ele assistiu, com isso o seriado agradou o lado masculino também, e acabou – se transformando em uma verdadeira “aula de medicina”, onde muitos telespectadores passaram a freqüentar com mais regularidade os médicos, devido a influência do seriado, mulheres que tinham vergonha de ir ao ginecologista , já ia deixando isso no passado.





http://www.youtube.com/watch?v=FkZQoKioFM4





Cininha de Paula que também era médica, começou a dirigir as cenas dentro do campo cirúrgico, Daniel dirigiu no máximo umas duas vezes ainda depois ela ficou fixa.Daniel queria a luz e a atmosfera do filme Tucker de Coppola, , mas o assunto era sério para a iluminação que ele desejava então foi totalmente ao inverso do seu pensamento, mas nem por isso o desagradou, a iluminação do seriado tinha uma difusão que tornavam as coisas agradáveis de se ver .
Daniel encerra com a frase “Uma coisa é você passar entretenimento, informações importantes, identificar o povo com o que está se fazendo;outra é jogar o povo para baixo, deprimi- lo, fazer o espectador sair, desligar a TV e não dormir direito”.







Fonte:O circo eletrônico- fazendo TV no Brasil

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

" A TELENOVELA SAINDO DO ARMÁRIO "

A história da telenovela brasileira é constituída por personagens que retratam o publico espectador com o máximo de fidelidade. Por mais que todas elas terminem com o velho clichê de “felizes para sempre”, é indispensável para o sucesso de uma telenovela, que ela seja composta por personagens que mostrem a realidade deste público, ou a realidade desejada por este público. Porém, este processo enfrenta certa dificuldade quando o assunto é retratar a homossexualidade brasileira.
Ao longo dos anos, várias foram as tentativas de mostrar na telinha a realidade do gay brasileiro, como veremos cronologicamente a seguir. E esta história, é marcada por personagens inesquecíveis por si só, ou pela polêmica que causaram. O fato é que todos tiveram a sua devida importância, pelo fato de fazerem com que o telespectador refletisse sobre a diversidade sexual, pois apesar de vivermos no país que organiza a maior Parada Gay do mundo, que levou este ano 3 milhões de pessoas à Avenida Paulista, a causa gay ainda é marginalizada pela maioria da população.
O personagem considerado como o primeiro assumidamente gay da telenovela brasileira, foi Conrad Mahler, interpretado pelo ator Ziembinski, em 1974 na novela O REBU. Na trama, que tinha um clima parecido com o seriado americano 24 Horas por se passar em um só dia, Conrad fazia parte de um triangulo amoroso formado pelo garotão de praia, Cauê, interpretado por Buza Ferraz e sua namorada, interpretada por Bete Mendes. Mas o primeiro registro real de uma personagem gay na telenovela brasileira ocorreu dois anos antes. Em 1972, o mesmo Ziembinski (foto), interpretava na novela O MACHÃO, a travesti Stanislava, que durante suas viagens alucinógenas causadas por drogas, sonhava com seu príncipe encantado, um trapezista de circo. Devido ao fato do personagem ser completamente estereotipado e associar homossexualidade e drogas, não é tido como divisor de águas na história da telenovela brasileira, o que aconteceu dois anos depois com O rebu.
Com o avanço da qualidade e da profissionalização cada vez mais acentuada da telenovela, muitos foram os autores que desejavam quebrar a barreira do estereotipo e mostrar o gay como ele é, ou seja, uma pessoa normal. O principal deles é Gilberto Braga, o autor é homossexual assumido, mas defende a privacidade de sua vida particular e evita comentar sobre ela. A primeira abordagem sobre o tema em uma novela de sua autoria, foi em DANCIN’ DAYS, em 1978, onde o ator Renato Pedrosa interpretava o impagável Everaldo, mordomo da vilã Yolanda Pratini (foto), personagem de Joana Fomm. Três anos depois, em sua novela seguinte, BRILHANTE, Gilberto emocionou o país com a cena em que Inácio Newnam, interpretado por Dennis Carvalho, se assumia gay para a mãe, personagem de Fernanda Montenegro, isso em pleno governo militar em 1981. O autor teve que camuflar o relacionamento de Inácio com o namorado, que só conseguiu “sair do armário” no penúltimo capítulo da novela, quando foi viver feliz ao lado do companheiro em Paris. Outra autora que tentou dar uma ar de dignidade aos personagens gays, foi Ivani Ribeiro. No mesmo ano de Brilhante, Ivani escrevia na TV Bandeirantes OS ADOLESCENTES, (foto) onde o personagem do ator Flávio Guarnieri demonstrava tendências homossexuais. A direção da emissora achou o tema da novela muito forte e pediu à autora que transformasse o personagem em um esquizofrênico. Após o pedido, Ivani se afastou da novela e coube a outro autor a tarefa de mudar o personagem.
Com o fim da ditadura militar na segunda metade dos anos oitenta, houve uma flexibilização da temática gay em novela, pelo menos não havia mais, a maçante presença da censura nessas obras culturais. Foi então que em 1985, a Rede Globo lançou no horário das sete, a novela que serviu despretensiosamente de termômetro para medir a reação do público a personagens “diferentes”. UM SONHO A MAIS, de Lauro César Muniz, tinha como protagonista Volpone, interpretado por Ney Latorraca, um mestre dos disfarces que quando aparecia como a transformista Anabela Volpone (foto) e se unia as companheiras Florisbela Volpone e Olga del Volgo, interpretadas por Marco Nanini e Patrício Bisso, proporcionava cenas hilárias que marcaram a história da telenovela. Mas apesar disso, por pressão da parte moralista dos telespectadores, Lauro foi obrigado a cortá-las da novela. A obra serviu de inspiração à participação de Nanini e Latorraca na peça “O mistério de Irma Vap”, um ano depois, e foi um grande sucesso que ficou anos em cartaz no teatro, e a pouco tempo ganhou versão no cinema. A resposta da Globo sobre a repercussão da novela de Lauro foi rápida. A emissora viu que explorar a comicidade gay daria resultados, e se o problema era mostrar homens vestidos de mulher em pleno horário das sete, mostraria homens vestidos de homem, mas com aquela afetação engraçada da turma de Volpone. A substituta de Um sonho a mais, trazia dois estilistas rivais afetados e hilários, eram Jacques Leclair e Valentino, (foto) interpretados por Reginaldo Faria e Luiz Gustavo na novela TI TI TI, de Cassiano Gabus Mendes. Foi um sucesso, mas consolidou o rótulo aceitável pelo público a respeito dos personagens homossexuais. A partir dali, gay em novela, ou era cômico ou polemico. Em 1986, Lauro César Muniz voltou ao tema, agora no horário das oito. Na novela RODA FOGO, o ator Cécil Thirée viveu um dos papéis mais brilhantes de sua carreira. Tratava-se do vilão Mário Liberato (foto), homossexual assumido e estereotipado que flertava com o mordomo, Jacinto, vivido por Cláudio Curi.
Em 1988, Gilberto Braga voltou a discutir a homossexualidade agora livre da intervenção da ditadura. Em VALE TUDO, apresentou com muita dignidade as lésbicas Cecília e Lais, vividas por Lala Deheinzelin e Cristina Prochaska (foto), que mantinham uma relação estável e andavam pela rua de mãos dadas. Na trama Cecília morria em um acidente e Lais teve que lutar na justiça para ter seus direitos de companheira reconhecidos. Essa conquista é batalhada até hoje, vinte anos depois, por gays e lésbicas da vida real. No final da trama, Lais conquistava seu propósito, além de encontrar um novo amor, Marília, interpretada aqui por Bia Seidl.
Durante anos, os personagens gays foram apresentados dentro do núcleo cômico das novelas, como engraçados e estereotipados. O tema só voltou a ser abordado com seriedade em 1995, pelas mãos de Silvio de Abreu na novela A PRÓXIMA VÍTIMA. Na história, o casal de jovens gays, Sandrinho e Jefferson (foto), que descobriam o amor e se envolviam com certo romantismo, conquistou o país. No último capítulo houve até uma espécie de casamento gay, sem beijo, mas com sua importância representativa. Foi uma página importante na desmistificação do gay cômico da novela. A sucessora de A próxima vítima, EXPLODE CORAÇÃO, teve a oportunidade nas mãos de apresentar, no horário das oito a vida de um travesti com a mesma dignidade, mas o personagem Sarita Vitti (foto), caiu na idéia do que era politicamente correto para o momento, e passou despercebido, sem amplitude, como mais um personagem cômico. O ator Floriano Peixoto, que interpretava Sarita, chegou a dar declarações dizendo que seu personagem não era gay, mas apenas um cara que se dizia mulher, lúdico e diferente.
Sem dúvida a abordagem mais importante da homossexualidade na telenovela brasileira foi em 1998, não pela sua apresentação, mas por sua repercussão. Em 1998, Silvio de Abreu (foto) mostrou ao Brasil o casal de lésbicas bem sucedidas Rafaela Katz e Leila Moreno, personagens de Christiane Torloni e Sílvia Pfeifer. A novela era TORRE DE BABEL que devido aos baixos índices de audiência atribuídos principalmente ao casal, sofreu uma reformulação geral no capítulo 47, com a explosão do shopping “Tropical Tower”. A explosão já estava prevista, mas o rumo dos personagens seria diferente. No que diz respeito ao casal de lésbicas, na sinopse original só Rafaela morreria e Leila tentaria reconstruir a sua vida ao lado de Marta, personagem de Glória Meneses, que vivia em crise no seu casamento. A direção da novela chegou a pensar em transformar Leila em heterossexual, mas segundo eles isso seria de extremo mau gosto sendo que Silvia conduzia o personagem com maestria. A solução para que a atriz não ficasse fora da novela foi criar uma irmã gêmea para Leila, Leda que surgia do nada para reivindicar a herança da irmã. Torre de babel tinha tudo para dar certo, mesmo com seus temas polêmicos. Mas infelizmente, ficou marcada como uma vitória do preconceito sobre uma tentativa válida de se retratar a vida como ela realmente é.
Mesmo após a polêmica de Torre de Babel, SUAVE VENENO, apresentou também, personagens homossexuais. Bem diferente do que Silvio de Abreu pretendia com a sua novela, Aguinaldo Silva, autor da novela explorou os personagens Uálber e Edilberto, Diogo Vilela e Luis Carlos Tourinho(foto), até a sua última veia cômica. Na trama, Uálber era um paranormal que vivia as turras com a sua complicada família e ocultava de todos a sua vida pessoal, inclusive a sua notável homossexualidade. A trama de Aguinaldo também não ia bem das pernas e quando a direção da Rede Globo pediu à ele uma reviravolta na trama, curiosamente os dois personagens gays foram poupados porque, em pesquisa, foram apontados como líderes de popularidade da novela. No último capítulo Uálber ganhou até um namorado, sem beijos, nem romantismo, apenas com insinuações.
Em AS FILHAS DA MÃE, 2001, Silvio de Abreu voltou a incomodar os telespectadores mais conservadores. O ministério público chegou, através do promotor Siro Darlan, conhecido por vetar crianças no mesmo ano em Laços de Família, a tentar vetar na trama a apresentação da transexual Ramona, interpretada por Cláudia Raia. Na trama, os filhos de Lulu de Luxemburgo, vivida por Fernanda Montenegro brigavam pela sua parte do resort “Jardim do Éden”. Ramón, que tinha sumido no mundo, reaparece como mulher após uma cirurgia de mudança de sexo. Apesar dos problemas de audiência da novela, Ramona conquistou o público, tanto que os picos da novela se davam justamente quando ela lutava para que seu grande amor, Leonardo, vivido por Alexandre Borges, aceitasse sua transexualidade e a assumisse publicamente.
Após anos vivendo à sombra das tramas principais das novelas, os personagens homossexuais começaram a ter seu espaço reservado, principalmente no horário das oito. Em MULHERES APAIXONADAS, 2002, a amizade das jovens Clara e Rafaela, personagens de Aline Morais e Paula Picarelli, dividiram até boa parte da trama as opiniões da audiência. Muitos acreditavam que só havia amizade entre as duas, mais ao longo da história foi se desenhando uma relação que em determinado momento se caracterizou como um relacionamento marcado por Manoel Carlos com muito carinho. Criou-se uma expectativa sobre o beijo gay entre as duas, não só por uma questão política e democrática, mas por se tratarem de duas belas mulheres. No último capítulo, o beijo entre as duas decepcionou a muitos. Traduziu-se em um beijo no queixo enquanto interpretavam a cena final de Romeu e Julieta. (foto)
Enquanto Clara e Rafaela insinuavam uma relação no horário das oito da Rede Globo, as sete um casal de senhores simpáticos agradavam o público com seu jeito de ser. Em DESEJOS DE MULHER, Ariel e Tadeu, vividos por José Wilker e Otávio Muller, não tiveram nenhuma rejeição do público, muito pelo contrário, eram muito queridos pelos telespectadores. Mesmo assim, Euclydes Marinho, autor da novela recebeu uma ordem direta da diretoria da emissora para “amenizar” a exploração do casal. Sem nenhum motivo aparente, Ariel e Tadeu (foto), deixaram de ser casados, de uma hora para outra passaram a ser dois amigos gays, cômicos diga-se se passagem, morando sobre o mesmo teto, sem vínculos e nem alianças. O ator José Wilker em entrevista à Folha de São Paulo chegou a dar a seguinte declaração: ‘‘Estou evitando assistir à novela, pois sei que muitas das cenas foram mutiladas. Não posso impedir que os autores mudem o texto, mas como ator, posso manter a composição inicial que fiz para o personagem que é um gay sem estereótipo. Quanto ao argumento de que no horário das sete tem muito adolescente e isso pode influenciar na formação da personalidade deles, provo o contrário através das minhas filhas, de 22 e 17 anos. Elas encararam esse personagem com mais naturalidade até do que eu.’’. O final dos personagens Ariel e Tadeu foi filmado me plena Parada do Orgulho Gay de 2002, e Wilker e Muller foram ovacionados pelo público de um milhão de pessoas
A partir de 2003, toda novela das oito da Rede Globo, passou a ter o seu personagem homossexual. A emissora percebeu que só explorar seu filão cômico não bastava para retratar uma “minoria”que contava com uma força cada vez mais ascendente na população. Percebeu-se que as pessoas já estavam mudando seus conceitos sobre os homossexuais, prova disso é o numero, cada vez mais ascendente da Parada Gay de São Paulo e a repercussão cada vez mais positiva nas telenovelas de personagens “diferentes”. Em SENHORA DO DESTINO, 2003, o casal de lésbicas Eleonora e Jennifer, vividas por Mylla Christie e Bárbara Borges, discutiam sua homossexualidade e a possibilidade de adotarem uma criança. Em 2005, Glória Perez voltou a explorar o tema gay em AMÉRICA, após a desastrosa aparição de Sarita Vitti, apresentou para o Brasil o jovem Junior, personagem de Bruno Gagliasso que escondia da mãe, a fazendeira casca dura Dona Neuta, interpretada por Eliane Giardini, que desejava ser estilista, enquanto ela sonhava que ele assumisse seu lugar na fazenda. No decorrer da trama, Junior vivia em conflito com a sua condição chegando até a namorar meninas, mas quando conhece o peão Zeca, personagem de Erom Cordeiro,(foto) se apaixona perdidamente e se surpreende quando percebe que é correspondido. No final da novela, Glória escreveu, o diretor Jayme Monjardim gravou e Bruno e Erom interpretaram o que seria o primeiro beijo gay da telenovela brasileira, porém lamentavelmente a cena foi cortada pela emissora. Em 2006, foi a vez de Gilberto Braga voltar a falar sobre o assunto, mas de uma maneira mais tímida. PARAÍSO TROPICAL trazia um casal gay comum, Rodrigo e Tiago, vividos por Carlos Casagrande e Sérgio Abreu, tinham uma relação estável, mas entravam em crise quando Tiago começava a se sentir inferior profissionalmente ao marido, enquanto Rodrigo era secretário particular do empresário Antenor Cavalcanti, personagem de Tony Ramos, Tiago era apenas um recepcionista de um de seus hotéis. Desta vez, Gilberto não polemizou, apenas mostrou um casal como outro qualquer.
Em 2007, a Rede Record cogitou a possibilidade de se antecipar a Globo e mostrar primeiro o beijo gay em telenovela. Na novela CAMINHOS DO CORAÇÃO, Cláudio Heinrich vive Daniel, um gay reprimido que tenta não pensar em sua condição e permanecer preso dentro de seu armário. Após alguns meses de apresentação, a emissora paulistana voltou atrás na decisão e deixou claro que não haveria beijo gay na novela, pois tem a intenção de reprisá-la no horário da tarde futuramente.
Já a Globo, se apóia na esperança de um beijo gay para garantir a audiência de suas novelas e protagonizou um dos momentos mais lamentáveis da sua história ao divulgar o beijo gay entre os personagens Bernardinho e Carlão (foto) da novela DUAS CARAS. O beijo não aconteceu e ao contrário de América, não chegou sequer a ser gravado, mas a sua expectativa garantiu pico de audiência no último capítulo da novela, onde mais uma vez houve casamento, sem beijo. Atualmente a Globo volta a atacar com o velho clichê gay cômico em A FAVORITA, onde Orlandinho (foto), vivido por Iran Malfitano vive uma paixão platônica por Halley, personagem de Cauã Reymond, que por sua vez, se aproveita da fragilidade de Orlandinho para bancar o bacana com o seu dinheiro. Mas também cogita-se a possibilidade da dona de casa submissa, Catarina, personagem de Lília Cabral viver um romance com a chef de cozinha Stela, vivida por Paula Burlamaqui.
Possivelmente não será com A Favorita, que a Globo irá apresentar o primeiro beijo gay. É necessário refletir que, a abordagem sobre o homossexual na telenovela, vai muito além deste beijo, ele pode acontecer hoje a noite às nove da noite, mas não será isso que irá mudar alguma coisa, pois o beijo é beijo, seja entre homem, entre mulher, ou entre homem e mulher. É notável que a telenovela é o espelho do que é aceitável pela população, pois através dela o público escolhe o que vai querer ver.
O beijo gay é apenas um passo, pois há muito que se mostrar sobre o gay. O gay de novela hoje, não tem amigos, não tem vida social, dificilmente apresenta uma perspectiva de vida. É claro que os gays são engraçados, mas não é justo pintá-los como palhaços do circo eletrônico. O que a telenovela precisa retratar é a dificuldade que é para o gay se assumir assim, não para os outros, mas para si mesmo. Retratar os preconceitos que se sofre desde cedo, nas escolas, na rua, nas piadinhas infames. Mostrar sim o quanto são engraçados, mas também o quanto são talentosos, e o quanto admiram o belo a arte. Enfatizar o apoio que é dado por suas famílias, ou a falta dele. Enfim, há um longo caminho para que o homossexual seja retratado com dignidade na televisão brasileira, que vai muito além de um simples beijo.

fonte:

http://banco.agenciaoglobo.com.br/Imagens
http://www.teledramaturgia.com.br/
http://mixbrasil.uol.com.br/
www2.correioweb.com.br/
www.observatorio/daimprensa.com.br

Errata:

A novela "Um sonho a mais" inspirou a participação dos atores Marco Nanini e Ney Latorraca na versão nacional da peça "O mistério de Irma Vap" e não inspirou a peça, propriamente dita, como se deu a entender anteriormente. A peça já teve outras versões no mundo antes de estrear pela primeira vez no Brasil em 1986.

domingo, 19 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

MUSICAIS NA TV

A Grande Explosão Musical aconteceu na TV RECORD e na TV RIO , com Roberto Carlos no programa Jovem Guarda, E Elis Regina com Jair Rodrigues no FINO BOSSA (que veremos posteriormente)
Em 1965, surgia um novo programa para a juventude: Jovem Guarda (que sairia do ar definitivamente em 1968) .A tv Record precisava de uma atração jovem para fazer frente às concorrentes e, além disso, as tardes de domingo estavam vagas por causa da proibição da transmissão ao vivo dos jogos do campeonato paulista. Surgiu a idéia de contratar Roberto Carlos e Celly Campello para serem os apresentadores de um programa para a juventude. Celly recusou-se a voltar à vida artística. Escolheram então Erasmo Carlos, autor da música de sucesso que seria o título do programa (Festa de Arromba) e Wanderléa para dividirem o palco com Roberto Carlos. Os três ponderaram que a música iria passar e o título ficaria sem força. Foi escolhido então Jovem Guarda, que simbolizava este momento em que a juventude ganhava voz.
”Era domingo, 16:30 do dia 22 de agosto de 1965. Na rua da Consolação, auditório da Record, foi ao ar o primeiro programa Jovem Guarda. O público, formado de jovens que não passavam de seus 20 anos, superlotou o teatro assobiando, cantando e berrando durante uma hora ao som de Os Incríveis, Tony Campello, Wanderléa, Rosemary, Ronnie Cord, The Jet Blacks, Erasmo Carlos e Prini Lorez. Roberto Carlos arrumou seu microfone, curvou o tronco até a altura dos joelhos, o medalhão de ouro saltou da camisa, esticou o braço e anunciou: O Meu Amigo Erasmo Carlos!Tinha início “O Maior Show da Música Juvenil!Assim noticiou a imprensa da época a estréia de Roberto e o programa Jovem Guarda. Em menos de três meses a audiência do programa Jovem Guarda era de 3 milhões de espectadores, só em São Paulo! O programa passou a ser transmitido do Teatro Paramount, ao vivo para São Paulo, e em tape para o Rio e Belo Horizonte.Roberto e Erasmo usavam terninhos sem gola, bem ao estilo Beatles, além dos cabelos “desafiadoramente compridos” para a época.As fãs gritavam:“Ei, ei, ei, Roberto é nosso Rei” ou “Asa. Asa. Asa. Roberto é uma Brasa”.
O programa Jovem Guarda ajudou a mudar a concepção artística do Brasil. Cantores, músicos, grupos, etc, começam a ganhar dinheiro.Com a audiência de quase 100 pontos no IBOPE ( janeiro de 1966) o cachê dos artistas se valorizou no mercado de shows. Novos grupos e cantores surgiram como Ed Carlos, Marcio Greyck, Martinha, Os Jetsons, entre outros e roqueiros antigos como Bobby de Carlo, Dori Edson e George Freedman retornam triunfantes através do Jovem Guarda.
Mas Jovem Guarda não era só música e cabelos compridos. Roberto Carlos, em julho de 1966, começou a solicitar em seu programa, a doação de agasalhos para os pobres. A campanha ganhou corpo e foi encenada uma vigília com a participação de todo o “cast” da Record. Foram recolhidos mais de 10 mil agasalhos. Uma belíssima atitude dos jovens cantores de Iê-iê-iê. Foi um evento único no mundo, com jovens ídolos liderando uma campanha desta envergadura E não foi só esta a campanha organizada pelo programa. Roberto e Erasmo lançaram também, em novembro de 1966, uma Campanha de Natal em favor dos meninos pobres. Na época o Brasadisse que todo o ano seria assim, pois ele, como ninguém, sabia o que era passar o Natal sem brinquedos.
O Programa Jovem Guarda (canal 4, todos os sábados às 20 hs) fazia parte dos programas de maior audiência do Brasil. Concorreu com Discoteca do Chacrinha, A Hora da Buzinha, O Sheik de Agadir e Moacir Franco Show. (Ago/66)
Em fevereiro de 1967 a TV-Rio, que havia cancelado o programa Jovem Guarda em agosto de 1965 por falta de audiência, gastou vários milhões para contar outra vez com o programa em sua grade.Numa sexta feira chuvosa, a platéia possuída por um delírio incontrolável recebeu Roberto Carlos. A direção era de Carlos Manga que tinha fama de “linha dura” e chamava a atenção de todos por seus atrasos. Nem Roberto Carlos escapou de uma bronca:“Você é o dono do programa e sua obrigação é dar o exemplo”, teria dito ao Brasa.Em poucos meses o programa Rio Jovem Guarda passou a fazer parte dos 10 de maior audiência.
Roberto Carlos diversificava suas atividades e entre gravação de seu filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, shows no Brasil, Portugal, Argentina e diversos outros países. Ganhou o Festival de San Remo defendendo a música “Canzone per te” de Sergio Endrigo.Ao retornar ao Brasil, 10.000 pessoas foram recebê-lo no Galeão.
Logo depois uma mudança aconteceria...
O dia 17 de Janeiro de 1968 marcou o último programa Jovem Guarda com Roberto Carlos no comando. Roberto, Erasmo e Wanderléa foram flagrados por todos os fotógrafos chorando muito, sempre abraçados. O programa passou ao comando duplo de Wanderléa e Erasmo Carlos. Finalmente em junho de 1968 o Programa saiu do ar definitivamente.Na época, Roberto Carlos deu a seguinte declaração sobre o fim do programa:


“A Jovem Guarda não acabou só porque um programa com o seu nome saiu do ar. Isto não quer dizer que o movimento acabou. O Programa Jovem Guarda cumpriu suas finalidades, e até ultrapassou a expectativa desse movimento.Jovem Guarda quer dizer renovação, porque é sinônimo de juventude. É como uma corrida de revezamento, entende? Um vai passando o bastão para o outro, só que esta corrida não tem fim, porque a juventude é eterna, dinâmica, e, graças aos Céus, tem sempre fome de coisas novas."

Abaixo segue a música sucesso da época que foi FESTA DE ARROMBA.
http://www.youtube.com/watch?v=HCB6eDGDFAg

Fonte: http://robertocarlos.globo.com/cgi-bin/robertocarlos/novidades_detalhe.cgi?ID=00381

domingo, 12 de outubro de 2008

Cronologia da TV brasileira

Agora você imagina...

Como a vida do ser Humanos brasileiro mudou diante da primeira trasmissão da TV, passando por várias décadas com mil e uma caras diferentes.
Mas não é só isso que vem em questão, a tecnologia evoluiu a cada tempo ....e hoje em dia é incrível perceber como é nítido diante dos nossos olhos uma era digital fantásticamente avançada, ajudando a melhorar a qualidade de tudo que faz parte de nossas vidas. E uma delas é a "Televisão e companhia".
Cada Programa de TV, cada Telejornal, cada Telenovela etc.....é impressionante a mudança de qualidade audiovisual de cada um desses, desde a primeira transmissão até os dias de hoje.
Agora confira a cronologia da TV brasileira desde a primeira transmissão até os dias de hoje...(para quem podê ter o prazer de assistir a primeira transmissão, com certeza irá perceber a diferença do avanço da tecnologia e companhia e quem não pegou essa época também irá perceber, pois as mudanças acontecem a cada dia).


1950 - Inaugurada no dia 18 de setembro a primeira estação brasileira de televisão, a TV Tupi de São Paulo, canal 4, pertencente aos Diários Associativos (ver Cronologia Brasil em Imprensa escrita). Dia 19 vai ao ar o programa Imagens do Dia, o primeiro telejornal brasileiro, recebido pelos cerca de cem aparelhos de TC existentes no país. No ano seguinte é instalada a TV Tupi carioca. 1953 - Começa a ser transmitido pela TV Tupi o Repórter Esso, telejornal de enorme sucesso até o final dos anos 60. A TV Record inicia suas transmissões em São Paulo, tendo como carro-chefe programas musicais. 1954 - O Brasil tem 120 mil aparelhos de TV, número que sobe para 6 milhões do início da década de 70. Atualmente são mais de 45 milhões. 1960 - Existem 20 emissoras de TV espalhadas pelas capitais brasileiras e as transmissões são captadas por cerca de 1,8 milhão de aparelhos. Os principais programas infantis da época são Gincana Kibon¸Rin-Tin-Tin, Sabatinas Maizena e Sessão Zás-Trás. 1962 - O videoteipe é introduzido no Brasil. Ele dinamiza e melhora a qualidade das produções, até então realizadas ao vivo, ao permitir gravar e editar as imagens antes da exibição. O telejornalismo, quer era feito em película cinamatográfica, ganha mais agilidade. 1963 - A TV Excelsior leva ao ar a primeira telenovela diária brasileira, 2-5499 Ocupado¸ com Tarcísio Meira e Glória Menezes. Transmitida no horário das 19h, tem duração de três meses. Entra em vigor o regulamento dos serviços de radiodifusão no país, elaborado pelo Conselho Nacional de Telecomunicações. TELENOVELA - Herdeira das novelas de rádio, a telenovela é um dos programas mais populares da televisão brasileira. A primeira telenovela exibida é Sua Vida Me Pertence, de Walter Foster, em 1950, que tinha dois capítulos semanais. O primeiro sucesso de audiência é alcançado por O Direito de Nascer, em 1965, pela TV Tupi. Beto Rockefeller, em 1968, traz temas da realidade brasileira e linguagem coloquial, uma revolução para o gênero. Na década de 70, a Rede Globo assume a liderança neste tipo de produção, praticamente inabalada até hoje. O Brasil é mundialmente conhecido por suas telenovelas, exportadas atualmente para mais de 120 países. O Bem Amado (1973) e Escrava Isaura (1976) são as primeiras vendidas pela Rede Globo, que em 1993 negocia a exibição simultânea de Pedra sobre Pedra no Brasil e em Portugal.1965 - Início das transmissões de televisão via satélite pela Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel). Quatro anos depois, a Embratel se consolida inaugurando Tanguá I, primeira estação terrestre para comunicação por satélite do Brasil. 1965 - Fundada a Rede Globo de Televisão, canal 4 do Rio de Janeiro, que logo assume a liderança de audiência no país, investindo em telenovelas, programas de auditório, de humo e jornalísticos. A TV Record leva ao ar O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues, abrindo caminho para a realização dos famosos Festivais de Música Popular Brasileira (ver Cronologia Brasil em Arte). 1966 - Sob o Regime Militar, o Serviço de Censura de Diversões Públicas restringe a transmissão de programas estrangeiros e divulga os critérios para a censura prévia de filmes, programas e videoteipes, baseados na Lei de Segurança Nacional. 1967 - O governo federal institui a Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa, visando a produção e distribuição de material audiovisual educativo. Carlos Alberto de Nóbrega e Jô Soares criam o humorístico Família Trapo, um dos maiores sucessos da TV Record. 1969 - O governo do Estado de São Paulo estabelece a Fundação Padre Anchieta, concedendo-lhe a TV Cultura, canal 2, para fins educativos. Escolhida para adaptar o programa norte-americano Sesame Street (Vila Sésamo), com a TV Globo, a TV Cultura inaugura uma tradição de programas infantis de qualidade que marcará sua história, como Catavento, Mundo da Lua e Castelo Rá-Tim-Bum¸ premiados internacionalmente a partir da década de 80 (ver ano 1936 em Cronologia mundo).1969 - A Rede Globo leva ao ar a primeira operação em rede do país com o Jornal Nacional, que em três anos se torna o principal telejornal brasileiro. Inauguração da Rede Bandeirantes de Televisão, canal 13 de São Paulo. 1970 - Inauguração da TV Gazeta pela Fundação Cásper Líbero, Morto em 1943, o jornalista Cápser Líbero foi responsável pela implantação da primeira escola de jornalismo da América Latina, além da Rádio Gazeta e do jornal Gazeta Esportiva. A TV Globo lidera com folga os índices de audiência, chegando a uma medida de mais de 60% nos anos 90. AUDIÊNCIA - A forma mais comum de medir os índices de audiência é a pesquisa por amostragem: os levantamentos são feitos por entrevistas, telefonemas ou dispositivos conectados a um certo número de televisores, que recolhem informações sobre o tempo que a TV permanece ligada e os canais sintonizados. Muitos países têm institutos especializados em pesquisas de audiência, como Médiamétrie, na França,. AGB Television, Research, no Reino Unido, e o norte-americano Nielsen Media Research Company, que atua em 25 países e é considerado o maior do mundo. O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) está presente em nove países da América Latina e é o único do mundo a oferecer medições de audiência em tempo real, nas cidades de São Paulo e Santiago (Chile). Os dados são transmitidos dos domicílios minuto a minuto por radiofrequência, organizados por um computador e repassados aos assinantes do serviço.1972 - Implantada oficialmetne a TV em cores no país, com a transmissão da abertura da Festa da Uva de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. 1974 - A Embratel implanta o Sistema Brasileiro de Telecomunicações por Satélite (SBTC). Atualmente o sistema é composto de seis satélites de telecomunicações em operação, os nacionais Brasilsat A2 (lançado em 1986), Brasilsat B1 (1994), Brasilsat B2 (1995) e Brasilsat B3 (1998) e os estrangeiros coveniados Intelsat IS-709 e Nahuel 1. Até o fim de 1999, o Brasilsat B4 deve substituir o A2, cuja vida útil chegou ao fim no ano 2000. 1979 - A série O Sítio do Picapau Amarelo, baseado na obra de Monteiro Lobato e produzida pela Rede Globo, recebe o prêmio de melhor programa do ano da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 1981 - Inauguração do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Em 1997, o SBT conta com uma rede de 77 emissoras e pode ser captado por 97% dos domicílios com TV. 1983 - Inauguração da Rede Manchete de Televisão, que, em 1997, possui 25 emissoras e alcance de 73% dos domicílios com TV. 1990 - Inauguração da MTV Brasil (Music Television), nove anos após a criação da MTV norte-americana. Na época existiam apenas 128 videoclipes de artistas brasileiros disponíveis. Em 1997 são realizados mais de 1,2 mil clipes no Brasil com padrão de qualidade internacional. 1991 - É implantado no Brasil o sistema de televisão por assinatura. Os canais são distribuídos pela Net-Multicanal (ligada às organizações Globo) e pela TVA (ligada ao Grupo Abril). Além da diversidade de canais, um dos grandes atrativos da TV por assinatura é a melhoria da transmissão dos canais abertos. Hoje esse sistema conta com cerca de 2,5 milhões de assinantes. TELEVISÃO POR ASSINATURA - Atualmente existem no Brasil quatro sistemas de transmissão de TV por assinatura. O mais utilizado é o Community Antenna Television (CATV), em que um operadora capta sinais do satélite com uma parbólica e os distribui por meio de cabos ou metálicos aos assinantes. O Munltichannel Multinpoint Distribuition Service (MMDS) funciona por meio de microondas, captadas por uma antena externa, um conversor e um decodificador. No Direct Broadcasting Satellite (DBS), a programadora manda o sinal codificado para o satélite e o assinante o recebe através de uma parabólica e um decodificador. O Direct to Home (DTH) é semelhante ao DBS, mas apresenta potência e frequência superiores, operando na banda Ku, e pode ser recebido com uma parabólica de dimensões reduzidas. 1993 - Inauguração da Central Nacional de Televisão (CNT). A TV tropical de Londrina, que deu origem à CNT, foi fundada em 1975. O canal paranaense revela o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, disputado por diversas emissoras desde 1997 por seu grande sucesso de público. 1996 - Entram em funcionamento os sistemas Sky, da Net-Multicanal, e DirecTV, da TV, que levam o sinal de televisão diretamente do satélite ao domicílio do assinante, pela banda Ku. O usuário também tem acesso ao sistema pay-perview, no qual paga uma taxa extra para assistir a programas selecionados. A Rede Globp inaugura e, Jacarepaguá, Rio de Janeiro, o Projac, maior centro de produção de TV da América Latina, com 1.300.000 m2. 1998 - A Rede Globo e a Rede Record fazem demonstrações de transmissão de TV em alta resolução. 1999 - Entra no ar a Rede TV, no lugar da extinta Manchete.
HISTÓRIA DA TELEVISÃO BRASILEIRAProgramas InfantisTV Tupi
CLUBE DO GURI (1955 a 1976)
Estreou em 1955 na TV Tupi oriundo do rádio. Inicialmente chamava-se Gurilândia. Ficou no ar durante 21 anos. Misturava crianças-prodígios e mães corujas vigilantes. A meninada cantava com Ângela Maria e Dalva de Oliveira, declamava versos de Castro Alves e tocava instrumentos.
A abertura de Gurilândia era um hino que todos sabiam de cor: "Unidos pelo mesmo ideal/ Daremos ao Brasil um canto triunfal/ De fé, amor e esperança/ Elevando a alma de criança."
A cantora Sônia Delfino, aos nove anos, foi o cartão de visita do programa. Dava autógrafos para outras crianças, fazia anúncios de produtos. Nessa mesma época outra criança foi contratada no Clube do Guri do Rio Grande do Sul: Elis Regina.
Outras artistas e cantoras famosas se apresentaram na Gurilândia, como Wanderléia, Rosemary, Neide Aparecida, Leni Andrade e Elisângela.
TEATRINHO TROL (1956 a 1966)
Dez anos de sucesso. O Teatrinho Trol tinha bruxas e princesas, castelos e florestas encantadas, gelo seco e neve de sabão, óperas e boas histórias do teatro e da literatura mundial.
No início o Teatrinho Trol era feito ao vivo, com quatro ou cinco cenários diferentes, trocados na maior correria nos intervalos. Depois passou a ser feito em vídeoteipe.
Moacyr Deriquem era ator e produtor do programa. Norma Blum era atriz, que costumava fazer o papel de princesa ao lado de Roberto Cleto, o príncipe. Participaram também como princesas: Carmem Silva Murgel, Íris Bruzzi e Neide Aparecida. A bruxa era Zilka Salaberry, adorada pela garotada.
CAPITÃO AZA (1966 a 1979)
Com seu impecável uniforme da aeronáutica, capacete de piloto com duas asinhas desenhadas, óculos de lentes negras, e diversas medalhas, fez sucesso na TV Tupi.
Wilson Vianna bradava o refrão de abertura de seu programa ".. Alô, alô Sumaré! Alô, alô Embratel! Alô,alô Intelsat 4! Alô, alô criançada do meu Brasil! Aqui fala o Capitão Aza, comandante-em-chefe das forças armadas infantis desse Brasil! ".
Programa diário, de segunda a sexta, ficou no ar durante 14 anos, apresentando desenhos animados e séries hoje consideradas clássicos como "A Feiticeira", "Jeanne É um Gênio", "Speed Reacer" e "Corrida Maluca" .
* Capitão AZA, com Z, era para homenagear um herói da FAB que lutou na Segunda Guerra Mundial, que era conhecido entre os aviadores como AZA.TV Globo
CAPITÃO FURACÃO (1965 a 1969)
O programa infantil comandado por Pietro Mario estreou no mesmo dia em que a emissora foi ao ar e foi o primeiro a registrar altos índices de audiência em meados dos anos 60 .
De Jaqueta azul, quepe e longa barba branca, Furacão girava o leme de um lado para o outro enquanto lia cartas e mandava mensagens, falava sobre os segredos do mar, organizava gincanas e apresentava desenhos animados. Ao seu lado, a assistente Elisângela, estreando na TV aos 13 anos.
O programa saiu de cena para ceder lugar para Vila Sésamo.
VILA SÉSAMO
"Todo dia é dia, toda hora é hora, de saber que esse mundo é seu. Se você for amigo e companheiro, com alegria e imaginação, vivendo e sorrindo, criando e rindo, você será feliz e todos serão também" .
Era essa a música que dava início ao programa que marcou profundamente as crianças e adolescentes entre os anos 1972 e 1976. Depois de um ano na TV CULTURA, passou a ser apresentado na TV GLOBO.
No Brasil, depois do capítulo 40, foi totalmente nacionalizado. Garibaldo era interpretado pelo ator Laerte Morrone. O elenco contava ainda com Aracy Balabaniam, a Gabriela, que era casada com o personagem interpretado por Armando Bogus. Havia a professorinha, Sônia Braga, em seu primeiro papel na TV, e seu namorado Flávio Galvão.
SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO
O Sítio do Pica-Pau Amarelo foi um dos mais bem produzidos programas infantis para a tevê que se tem notícia. Na TV Globo o Sítio estreou em 1976 e durou 10 anos.
O elenco mais conhecido foi: Zilka Sababerry (nunca foi substituída no papel de dona Benta); Emília foi Dirce Migliaccio, e contou com mais duas atrizes no papel; tia Anastácia, a eterna Jaci Campos; Júlio César foi Pedrinho, substituído mais tarde por outro ator mirim; Rosana Garcia foi Narizinho, substituída mais tarde.
Destacavam-se ainda André Valli como Visconde de Sabugosa, Nelson Camargo como Zé Bento e Ari Coslov como Jaboti. Outros personagens importantes do Sítio: CUCA - a malígna, SACI, TIO BARNABÉ(Samuel Santos), entre outros O Sítio estreou na TUPI de São Paulo em 1951 e ficou lá até 1963.
Os personagens eram os mesmo mas o formato era diferente. Júlio pegava um livro de Monteiro Lobato e começava a contar as aventuras de Pedrinho e Narizinho, de dona Benta e tia Anastácia, e da inteligente Emília. Os atores entravam num palco e representavam as histórias.
GLOBINHO (1972 a 1983)
Foi o primeiro telejornal para crianças e jovens da televisão brasileira. Nos dois primeiros anos não tinha apresentador, era narrado por Sérgio Chapelin. De 1977 a 1983, foi apresentado pela jornalista Paula Saldanha.
No final de cada Globinho eram apresentados desenhos animados e filmes de animação de vanguarda (como a Família Barbapapa, Míu e Mau e a Linha). O Globinho foi um programa que marcou toda uma geração pelo seu caráter de inovação.
BALÃO MÁGICO (1983 a 1986)
Comandado por Simony e pelo personagem Fofão. A música do programa também foi um grande sucesso.
XOU DA XUXA (1986 a 1993)
A estréia foi 1986 na Globo, com cenário colorido, muitas brincadeiras, desenhos animados e musicais com os ídolos da garotada. Comandado por Xuxa Meneghel.
TV COLOSSO (1993 a 1996)
A estréia foi em 1993. Um programa utilizando bonecos manipulados manual ou eletronicamente. Passado numa emissora de TV, os cachorrinhos vivem a correria diária de colocar a programação no ar. São tipos como a produtora Priscilla; o operador, Borges, um bulldog que é o diretor de imagem e fica apertando os botões para chamar os desenhos - que complementam a TV Colosso.
Outros personagens que se destacaram no programa: Walter Gate, apresentador do jornal, a cadelinha do tempo, o diretor da TV e o Capachildo seu assistente. Sem falar nas pulgas que ficam agitando dentro dos circuitos eletrônicos, que formam o Mega-Trio.
A TV Colosso apresentava o noticiário Jornal Colosso; o Clip-cão, com números musicais; a novela mexicana Pedigree, o seriado, As Aventuras do Super-Cão, e as Olimpíadas de Cachorro.
Outras produções infanto-juvenil da TV GLOBO: Shazan e Xerife e o famoso caminhão Camicleta; Armação Ilimitada com Juba, Lula e cia; e Caça Talentos com Angélica (1998) interpretando a Fada Bela.TV Cultura
CASTELO RÁ-TIM- BUM
Estreou em 1988 na TV Cultura. É um programa infantil premiadíssimo dentro e fora do país. Programas Musicais
O FINO DA BOSSA
Apresentado na TV Record, O Fino da Bossa foi, em 1965, porta de entrada para cantores e compositores da MPB. Elis Regina e Jair Rodrigues comandavam os sucessos musicais da época.
JOVEM GUARDA
De setembro de 1965 a janeiro de 1969, na TV Record, em São Paulo, e na TV Rio. Wanderléia, Roberto e Erasmo Carlos eram a "Jovem Guarda", a atração que colaborou na divulgação dos ídolos do iê-iê-iê. Eles lançaram gírias, fizeram moda e deixavam a platéia histérica. Fez enorme sucesso e dominou completamente o horário da tarde, aos domingos.
FESTIVAL DA CANÇÃO POPULAR
Apresentado a partir de 1965, inicialmente nas TVs Excelsior e Record e realizados em São Paulo. Eram muito semelhantes aos programas de auditório das rádios cariocas, com fãs-clubes, faixas, coros e vaias.
FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO
Em 1966, surgia no Rio o FIC, com características diferentes dos festivais de São Paulo. Ao contrário do que acontecia em São Paulo, a força do intérprete e a participação do público já não contavam tanto. O Segundo Festival Internacional da Canção foi na TV Globo, em outubro de 1967. A música vencedora foi "Margarida" da dupla Sá e Guarabira. O festival revelou também Milton Nascimento. Ficou famosa a derrota de Geraldo Vandré, com " Para não dizer que não falei de flores", em 1968, para "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque.
FESTIVAL DOS FESTIVAIS
Estreou na TV Globo em 1985. Nova versão da Globo para os festivais da década de 60. Lançou Leila Pinheiro, Oswaldo Montenegro e Tetê Espíndola.
BAR ACADEMIA
Estreou em agosto de 1983 na Rede Manchete. Programa musical com depoimento de grandes compositores brasileiros.
SEXTA SUPER SHOW
Em 1975, esse programa semanal tentava mostrar os diferentes ritmos regionais da MPB. Apresentado por atores da TV Globo, trazia temas como "Levanta Poeira", com músicas de morro, "Saudade não tem Idade", com um revival de música italiana, "Brasil Pandeiro", que explorava as situações do cotidiano do homem brasileiro e "Alerta Geral", comandado por Alcione.
SOM BRASIL
Estreou em 1981, na TV Globo, tendo como base os ritmos e temas regionais brasileiros. Rolando Boldrin apresentava o programa.
GLOBO DE OURO
Estreou em 1972, sempre às quartas-feiras, com o objetivo de apresentar as músicas que estavam na parada de sucessos.
AMIGOS & AMIGOS
Atração musical sertaneja comandada por Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano e Leonardo. Estreou em 1999.
MUSICAIS INFANTIS · A Nave Mágica: musical infantil que aborda temas ecológicos. Fascinado por informática, o jovem Rafael decide construir um robô, que recebe o nome de " Byte-bit" . Seu corpo é uma tela de computador, a cabeça é um penico e o chapéu é um desentupidor de pia. · Casa de Brinquedo: músicas de Toquinho. · Arca de Noé 1 e 2: com músicas de Toquinho e Vinícius de Moraes, interpretadas por cantores de sucesso, como Nei Matogrosso e Elba Ramalho. · Pirlimpimpim: musical inspirado nos personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo, com interpretação de Baby do Brasil como Emília, Angela Rô Rô como Cuca, Jorge Benjor como Saci, Moraes Moreira como Visconde de Sabugosa e Ivone Lara como tia Anastácia· Pluct, Plact, Zumm: um clássico entre os musicais infantis. Destaque para Jô Soares cantando "Planeta Doce" e Raul Seixas cantando " Carimbador Maluco".




Vejam agora a diferença audiovisual de cada programa exibido ao longo dos anos

Tv pirata e casseta e planeta (programas humorísticos) 1991 e 2008

http://br.youtube.com/watch?v=alGOKUJg7do

http://br.youtube.com/watch?v=nJhk10lx3d0

Telenovelas Anjo mau 1976 e adaptação em 1998

http://br.youtube.com/watch?v=A5gN0RLUW4E

http://br.youtube.com/watch?v=JPAO5EOob24

Telejornais Repórter Esso e Jornal Nacional(2008)

http://br.youtube.com/watch?v=cIgSWgWH2kg

http://br.youtube.com/watch?v=pJMnJAImdyM


Programa infantil Sítio do pica pau amarelo
http://br.youtube.com/watch?v=QdsVIZp4HMc

http://br.youtube.com/watch?v=WNbefMsEIhs


Fonte: Site da Rede Globo,MATOS, Sergio. Um perfil da TV Brasileira. Salvador: Atarde. 1990.
Vídeos extraídos do You tube

Postado por Priscila Girami

sábado, 11 de outubro de 2008

Fama?,Ídolos?...

Mais do que dar chance à jovens talentos de deslancharem suas carreiras,programas de calouros como Popstars,Ídolos e Fama,na verdade são tentativas de sobrevivência da indústria fonográfica.O "Popstars",foi criado em 1999,na nova Zelândia,chegou no Brasil em 2002,foi produzido pelo SBT e pela produtora RGB.Na primeira edição,lançou o grupo Rouge,que foi um dos grupos mais bem sucedidos desse programa,com apenas 5 dias,as vencedoras levaram mais de 12 mil pessoas ao shopping Dom Pedro,em Campinas,além de serem consideradas um fenômeno de vendas pela revista Billboard,a publicação fez uma matéria com o título "Grupo de Meninas Pinta o Brasil de Rouge".O tempo passou,o sucesso diminuiu e o grupo se desfez em 2005.A segunda edição,formou a boy band Br'oz,que teve uma vida muito menor.Formada em 2003,a carreira durou apenas dois anos.No ano de 2001,o empresário das Spice Girls,Simon Fuller,cria o "Ídol",sucesso de audiência,que tem versão americana,o "American Ídol",que lançou Kelly Clarkson.Em solo brasileiro,o SBT exibiu em 2006 e em 2007 o "Ídolos",lançando Lenadro Lopes e Thaeme Marioto,respectivamente.Vocalista da banda Rapazolla,Leandro,não é um astro,e Thaeme...essa muito menos,a cantora que se destacou por ser parecida com a Sandy,não aparece e suas músicas não tocaram nas rádios populares.A Globo,logicamente não ficou de fora e lançou o "Fama",baseado no programa espanhol "Operación Triunfo".Teve quatro edições e quem conseguiu emplacar foi a dupla sertaneja Hugo e Thiago e Marina Elali,tanto os sertanejos,quanto a cantora tiveram músicas em trilhas de novelas da emissora,e se apresentam em outras casas.
Se o que é feito aqui são versões,fica difícil de entender porque aqui,ninguém se tornou de fato um ídolo.Se a Kelly Clarkson,que hoje é uma estrela internacional,já ganhou vários Grammy's,por que os vencedores brasileiros tiveram(ou têm!),carreiras não muito expressivas?Será que elas são mal administradas,ou o tempo ainda vai nos mostrar que não é da noite para o dia,e nem com cartas marcadas que se constrói um verdadeiro Ídolo?....Tirem suas conclusões....
Fontes:www.todocanal.com.br e www.televisao.uol.com.br

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Programas de Calouros : Ridículos

Um programa de calouros sério,apenas com candidatos talentosos,sem ninguém pagar nenhum mico,não teria audiência,a prova disso são as "figuras"que aparecem nessas atrações.Canditados desastrados,que na tentaviva de chamar a atenção dos jurados partem para as imitações,quem nunca viu uma garota bonitinha com voz irritante imitando a Sandy?ou então uma que se acha a nova Brintey Spears?Esse pessoal muito bem aproveitado pelas produtores,"estrelam os quadris humoristícos"dessas atrações,tanto é que o "Novos Astros"do SBT,é muito mais um desfile de ridículos do que uma "caça"por novos talentos,todos os meses o calouro mais tosco ganha um prêmio,uma moto.Exibido às quartas-feiras,o "Novos Astros",é um forte concorrente da "Praça é Nossa".Mas isso não é nenhuma novidade,não é de hoje que esse povo sem noção é uma atração a parte.Quem começou com a história foi o cantor Ary Barroso,que apresentou "Calouros em Desfile".O próprio apresentador disse que "não dava para evitar que os ridículos se constituíssem na nota humoristíca".Silvio Santos viu a audiência do seu "Show de Calouros" aumentar e muito,com a turma dos desafinados.O "pai dos calouros,Remo Menezes,em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo,de 20/06/04,que trabalhou com o dono do Baú por 13 anos disse que dos 40 selecionados para se apresentarem,20 eram ruins.No palco,(Silvio sabendo da armação),
se espantava com as desastradas performances.Menezes.que também trabalhou no "Programa do Bolinha",revelou que certa vez,a pedido do apresentador ,escolheu vários participantes nada talentosos,para cantarem a música "Coração de Papel",do cantor Sérgio Reis,quando eles abriam a boca, Bolinha falava"Ah,não,de novo essa música?".E como explicar tanta repercussão em torno de pessoas que acreditando em seu talento se inscrevem e são ridicularizadas em rede nacional?Será verdade que todo mundo é sádico,quer ver o circo pegar fogo?É isso mesmo.Confesse,você,pelo menos uma vez,já riu até quase peder o ar dessa gente simples,com o sonho de ser cantor,mas sem o menor talento...


Fontes:www.todocanal.com.br,www.www.samba-choro.com.br,
www.arybarroso.com.br

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Fique por dentro...











A TV por assinatura surgiu nos Estados Unidos na década de 40 como forma de pequenas comunidades receberem os sinais de TV aberta que não chegavam a suas casas com boa qualidade. As pessoas associavam-se e adquiriam uma antena de alta sensibilidade. Depois, com o uso de cabos, levavam o sinal até as residências. Esse sistema ficou conhecido como CATV, termo que é até hoje sinônimo de TV a cabo. O resto da história é só evolução. Começaram a inserir nesta rede de cabos programação diferenciada e o resultado é a TV por assinatura que conhecemos hoje.


Tv paga no Brasil

No Brasil, a história dessa indústria começou bem depois. Após algumas iniciativas pioneiras, mas pouco relevantes economicamente, no interior do país, foi em 1991 que os grandes grupos de mídia entraram no jogo, com a criação da TVA pelo grupo Abril (operando com MMDS) e da Globosat pelas Organizações Globo (operando via satélite de banda C). Foram seguidas por grupos importantes, como a RBS e o Grupo Algar, entre outros.




Como funciona a publicidade na tv paga

A publicidade complementa a receita tanto de operadoras quanto de programadoras. Cada uma tem reservados para si alguns minutos em cada canal distribuído para veicular comerciais. A mídia TV por assinatura tem características bastante diferenciadas da TV aberta. Nela, a idéia de quantos espectadores serão atingidos por um comercial não importa tanto quanto saber que tipo de consumidor se está atingindo. Por ser uma mídia com canais altamente segmentados, a TV paga permite um target de publicidade muito mais efetivo e com uma dispersão menor da mensagem que na TV convencional. Com o uso de sistemas endereçáveis pode-se até, por exemplo, veicular um comercial apenas para um grupo específico de assinantes, embora hoje isto ainda não seja feito no Brasil. No começo da história da TV paga no Brasil, a mídia era mais utilizada para mensagens institucionais, mas com o crescimento da penetração do sistema muitos anunciantes passaram a veicular filmes de vendas e de varejo, percebendo que a TV por assinatura otimiza as verbas, atingindo o público desejado diretamente. Os custos para anunciar na TV paga são em geral mais baixos que os da TV aberta, e permitem, por exemplo, que pequenas e médias empresas que não têm chance de anunciar na grande mídia veiculem suas mensagens localmente. Por ser um veículo local e diversificado, oferece opções a anunciantes de qualquer porte e com qualquer necessidade.



Curiosidades....

Tv a cabo: é o serviço de tv por assinatura oferecido ao usuário através de meio físico(cabo coaxial).

MMDS:
é o serviço de tv por assinatura oferecido a população através de microondas.
Dúvidas Frequentes......
O que seria tv fechada e tv aberta, quais seus objetivos mediante ao público?








Extraído : Google ( SETA/ABTA)







Postado Por Priscila Girami