terça-feira, 30 de setembro de 2008

"SILVIO SANTOS E SEU IMPÉRIO" ÚLTIMA PARTE

Hollywood é aqui

Sílvio Santos e sua família se sentiam mais tranqüilos com a libertação de Patrícia. Apesar dos seqüestradores ainda estarem livres, pelo menos a jovem estava com eles, e enquanto comemoravam o desfecho do seqüestro, A polícia corria contra o tempo para prender os seqüestradores e recuperar o dinheiro pago.
A identificação e a prisão dos seqüestradores se deram por uma questão de sorte. Uma viatura fazia patrulha na região onde ficou acordado o pagamento do resgate, quando avistaram um homem em uma bicicleta, ao revistá-lo constataram que ele trazia consigo um rádio comunicador. O homem era Marcelo Batista dos Santos, vulgo “pirata”, e foi preso após trocar tiros com a polícia. Na delegacia, o seqüestrador entregou os comparsas: os irmãos Esdras e Fernando Dutra Pinto (foto), este último o mentor do seqüestro. Participaram também do seqüestro as namoradas dos irmãos, Luciana Santos Souza, também conhecida como Jennifer (foto) e por quem Patrícia chegou a falar com certo carinho no dia seguinte ao seqüestro na sacada de sua casa, e Tatiana Pereira da Silva, namorada de Esdras que tentou fugir para Bahia, mas foi presa por lá e trazida de volta.
Aos poucos, todos os seqüestradores foram presos, mas faltava o principal membro da quadrilha: Fernando Dutra Pinto. Sua prisão teria um tom de um filme de Hollywood. Com o dinheiro do resgate, o jovem tingiu os cabelos de louro, comprou roupas de grife em um shopping de Alphaville e por lá se hospedou em um flat luxo. Foi localizado pela policia graças a desconfiança de uma camareira do local que percebeu que o hospede guardava armas de fogo e dinheiro no armário. Neste momento a policia fechou o cerco contra o seqüestrador, houve troca de tiros onde Fernando matou dois policias e feriu gravemente um terceiro. Cercado pela polícia local, desceu até o nono andar do prédio e teve a façanha de escapar pelo lado de fora do flat, escorado nas paredes do prédio, e só horas mais tarde a polícia descobriu que ele havia fugido.
Na manhã do dia seguinte, mais precisamente no dia 30 de agosto de 2001, Fernando voltava para a cena inicial do seqüestro. Andava pela Rua Antônio Andrade Rebello, onde se situava a mansão de Sílvio Santos, e simplesmente pulou o muro da residência do apresentador sem que o vigia percebesse. Porém uma repórter da TV Bandeirantes que estava de prontidão na frente da mansão aguardando algo acontecer, percebeu a ação do seqüestrador e avisou o guarda que não quis acreditar no que acontecia. Percebendo a incredulidade do vigia, a repórter avisou a equipe de segurança de Silvo sobre o fato e imediatamente acionou a polícia. Iniciava-se uma angustiante negociação, acompanhada pelo Brasil inteiro através da TV. O país parava para acompanhar o seqüestro de Sílvio Santos.
Fernando rendeu Sílvio assim que este se dirigia para sala de ginástica. Juntos, foram para a cozinha, onde tomaram café e o apresentador pode conhecer um pouco mais sobre a história do rapaz. Tinha fugido do flat, por que sabia que se fosse preso lá, seria morto, decidiu então recorrer a Sílvio. Primeiramente, sondou se o apresentador possuía algum valor para que ele pudesse fugir, já que o dinheiro do resgate havia ficado no flat em Barueri, mas quando disse que deveria ter por volta de R$ 800,00 em casa, desistiu da idéia. O caminho foi o de aceitar se entregar com a condição de que Silvio pedisse a presença do secretário de segurança pública e do então governador, Geraldo Alckmin, para que eles garantissem a sua integridade na rendição. Após sete horas, o seqüestro teve um desfecho pacifico. Alckmin, como prometido, garantiu que a integridade do rapaz que se rendeu cansado e ferido.
A presença do governador ao local do seqüestro gerou polêmica entre políticos e grandes nomes da imprensa. A questão era que se todos os seqüestradores fossem pedir a presença de autoridades em caso de quererem sua integridade preservada, a negociação pela libertação das vítimas, seria uma bagunça. Geraldo chegou a ser defendido pelo próprio Silvio Santos. Na rádio Jovem Pan, o radialista Joseval Peixoto condenava a presença do governador na mansão do apresentador, Silvio Santos, que ouvi a rádio neste momento ligou para rádio onde, ao vivo, demonstrou toda a sua gratidão pela intervenção de Alckmin no seqüestro, e garantiu que se ele não comparecesse ao local com certeza não estaria vivo, pois Fernando Dutra Pinto poderia morrer, mas iria matar Silvio, e mais quatro ou cinco policiais.




Fernando Dutra Pinto, foi preso e morreu, vítima de um ataque cardíaco provido de uma intoxicação alimentar teoricamente causada pelo consumo de carne de porco que o rapaz havia comido dois dias antes. Chegou a se falar em assassinato, pois laudos inicias constatavam que dias antes de sua morte, Fernando havia sido torturado em sua cela, o fato é que até hoje, a morte do seqüestrador permanece sem explicação. Há quem defenda a morte por intoxicação alimentar, e outros que insistem que a morte decorreu de uma infecção no pulmão, causada por agressão. O fato é que no dia 02 de janeiro de 2002 Fernando Dutra Pinto, o rapaz que transformou por dias a vida de Sílvio Santos um filme de ação e aventura, morria na enfermaria do presídio onde era detento, vítima de um ataque cardíaco.

O reality Show

Após grandes emoções vividas no decorrer de 2001, Silvio Santos voltou a ser notícia no mesmo ano. Secretamente, contratou um ex-diretor da MTV, Rodrigo Carelli para produzir secretamente o primeiro reality show do SBT. O país engatinhava na produção deste tipo de programa, a Globo já havia conseguido algum êxito com as três versões de “No limite”. Mas o projeto de Sílvio era mais audacioso, e sua apresentação geraria uma enorme polêmica.
E foi de repente, súbito como tudo na emissora paulistana, que estreou em outubro de 2001, a “Casa dos Artistas”, um reality que mostrava personalidades confinadas em uma casa. Suas intrigas, suas emoções, suas pressões colocadas em teste e apresentadas ao vivo para todo o Brasil. A apresentação surpresa desagradou a concorrência, mais especificamente a Globo, pois a emissora tinha acabado de comprar os direitos autorais do programa americano em que foi “inspirado” (ou copiado) o programa. Tratava-se do “Big Brother”, formato que Sílvio se negou a comprar quanto a produtora “Endemol” lhe ofereceu. O fato é que, após ver a “casa” no ar, os poderosos da Globo ficaram furiosos, principalmente quando perceberam que a audiência do programa de Silvio, derrubava não somente a audiência de “No limite 3”, mas também do “Fantástico”.
No dia seguinte a primeira exibição do misterioso programa de Silvio, a Rede Globo, em nota, acusou o SBT de plágio e ameaçou entrar com uma ação judicial para tirar a atração do ar, o SBT respondeu a altura dizendo que “não há direito a monopólio” (resposta dada bem ao estilo da casa, que atualmente passa pela mesma situação ao transmitir “Pantanal”, novela que foi produzida a uma década pela Rede Manchete, com o texto de Benedito Ruy Barbosa e a primorosa direção de Jayme Monjardim. Ambos são atuais funcionários da Rede Globo que tenta liminar na justiça para tirar a novela do ar) e Silvio aproveitou para, através da nota, acusar a Rede Globo de “se promover através da desgraça de pais e filhos seqüestrados” fazendo referência ao fato das empresas do grupo Globo de ser o único meio de comunicação a noticiar o seqüestro de sua filha, no mesmo ano. Ficou claro naquele momento, que aquela briga ia muito além das cifras de publicidade (que foram exóticas) e números de audiência exorbitantes, e sendo assim com a ajuda de doze artistas confinados por oito semanas, Silvio reinou absoluto dando aula de como se cria um fato social.
Os personagens da “novela real” de Silvio eram: Alessandra Scatena “ex-assistente de palco de Gugu”, Alexandre Frota “até então ator”, Leandro Lehart “ex-vocalista de um grupo de pagode”, Marco Mastronelli “ex-modelo internacional”, Núbia Oliver “ex-Oliveira, modelo e capa de diversas revistas masculinas”, Nana Gouveia “ex-banheira do Gugu”, Taiguara Nazareth “ator iniciante ex-Globo”, Matheus Carrieri “ator e capa de revista gay”, Supla “músico punk e filho de políticos”, Patrícia Coelho “cantora”, Mari Alexandre “modelo e ex do pagodeiro Vavá” e Bárbara Paz “atriz de teatro”. A principal característica do programa foi a mistura de gênios e personalidades naquela casa, o que na época era novidade. Aos poucos os personagens foram se enquadrando em seus personagens, e por mais que aquilo que era acompanhado fosse um ensaio sobre a vida real, a “casa” terminou como novela. Os vilões, Frota e Núbia, foram eliminados quase no fim do programa, e o casal que se formou durante as semanas, Supla e Bárbara, foram os finalistas. Por mais polêmica que possa ter causado a “casa”, isso não a prejudicou e nem impediu de que fosse um grande sucesso, talvez por esse motivo a Globo não tenha conseguido tirar a atração do ar. Tirar a “Casa dos Artistas” do ar naquele momento de sucesso poderia “pegar mal” para a Globo, que tiraria o doce da boca de milhões de telespectadores, prejudicando inclusive a apresentação do programa que deu origem a “casa”, o “Big Brother Brasil” que foi ao ar meses depois, com sucesso, mas sem o gostinho de febre e novidade que Silvio Santos apresentou. O programa de Silvio teve mais duas edições, nenhuma com a mesma repercussão da primeira versão que entrou para a história da TV como um dos mais assistidos de todos os tempos.


A grande ameaça.

Com o fim da “Casa dos Artistas”, que em sua terceira edição teve finalmente episódios tirados do ar por liminar concedida à Globo, Silvio tentou manter o formato dos reality show no SBT. Sem o mesmo sucesso da casa, “A ilha da tentação”, que testava a fidelidade de casais e “O grande perdedor”, que confinava pessoas acima do peso na mesma casa que serviu de abrigo a última leva de artistas, só que com o propósito de perder peso. Quem emagrecesse mais, ficaria com o grande prêmio.
Nesta época, o SBT não atravessava uma boa fase, os programas de maiores expressões eram os apresentados pelo próprio Sílvio, “O show do Milhão”, “Topa ou não topa” e o “Qual é a música”. Outra produção dava o que falar era a versão brasileira do programa americano “American Idol” que por aqui foi intitulado de “Ídolos” e foi dirigido por sua filha Patrícia Abravanel, mas apesar do sucesso do programa, os vencedores não conseguia engrenar na carreira e Sílvio passou a ver aquele investimento como um mal negócio, visto que ele queria produzir novos talentos, assim como havia feito com Don e Ravel na época da ditadura, é claro que o contexto atual é outro, mas era esse filão que ele desejava explorar. O SBT desistiu do programa “Ídolos”, que teve seus direitos adquiridos pela Rede Record, onde o programa atinge certo sucesso. Com isso, a emissora paulista tem que amargar uma cópia do programa, “Astros”, que beira a mediocridade.
Gugu enfrentava o escândalo da falsa entrevista do PCC, Ratinho, por sua vez, tinha seu programa no ar por um fio, devido aos processos judiciais contra a sua pessoa e com a nova classificação que foi estipulada ao seu programa. Após meses tentando transformar “O programa do Ratinho” em um programa de qualidade, Silvio se viu obrigado a tirá-lo do ar. Até hoje, Carlos Massa continua na “geladeira” do SBT, esperando uma oportunidade de voltar ao ar. Em 2007 foi ao ar uma tentativa de trazer o apresentador de volta para a TV, “O jornal da massa” era uma espécie de “Aqui Agora” só que mais intimista e era inspirado no programa de rádio que Ratinho apresenta no Paraná. Não durou muito tempo.
O programa apresentado por Ratinho, foi tirado do ar do dia para noite, e isso começou a ser uma regra no SBT. O programa ou o apresentador que não desse certo no ar, era sumariamente excluído da programação. No mais, antes que isto acontecesse, era possível que Silvio testasse colocar o programa em outros horários para que este decolasse, com isso, a falta de uma noção de grade de programação, que já era desorganizada na emissora, passou a prejudicar a audiência dos programas. Constantemente, programas, novelas, seriados e jornalísticos mudavam repentinamente de horário sem prévio aviso, e dessa forma, os telespectadores não tinham tempo de criar um elo, uma identidade com a programação e migravam para a Globo, ou tentavam o novo na tela da Rede Record.
A Record crescia a cada dia com sua programação tímida que mais parecia uma copia da Globo. As contratações de grandes nomes que fizeram história em outras emissoras como Márcio Garcia, Paulo Henrique Amorim, Ana Hickman, Brito Júnior, Tom Cavalcante, Maria Cândida, Lauro César Muniz entre outros, contribuíram para que a emissora consolidasse ainda mais. Em fevereiro deste ano, foi constatado de que a Record assumia enfim, a segunda posição da audiência que antes era do SBT. Mas o SBT resistiu por muito tempo, Silvio tentava recuperar a audiência perdida com novas contratações simplesmente distribuindo salários milionários. Entre os contratados nessa má fase, destaque para Ana Paula Padrão, que foi para o SBT com a promessa de ser a principal jornalista da casa, ficou com este título por um ano, quando foi substituída por Carlos Nascimento. Outro destaque foi a apresentadora Adriane Galisteu, que não conseguiu emplacar o seu programa “Charme”, mesmo mudando constantemente o seu formato. Fora que Adriane foi uma das vítimas do bel prazer de Silvio. Seu programa chegou a ser apresentado à meia noite, concorrendo diretamente com “O programa do Jô”, nas tardes de segunda a sexta buscando conquistar o publico de “Malhação”, o último horário que “Charme” teve foi nas noites de sábado, onde concorria com a novela das sete. O formato do programa já não agradava Galisteu, havia perdido a identidade da apresentadora e passava a ser um game show de perguntas e respostas onde durante as duas horas ela recebia ligações do país inteiro que desejavam ganhar prêmios. Em uma entrevista, já saturada pelo contratado que a obrigava a apresentar aquele estilo de programa, Galisteu chegou a ironizar de que era “a operadora de tele marketing mais bem paga do país”. Ao saber da declaração, Sílvio chamou a apresentadora para conversar e após mais uma discussão, decidiu tirá-la do ar.
Este método passou a ser uma constante na administração de Sílvio. Tanto Galisteu como Ratinho, aguardam o fim do contrato para voar para um terreno de maior liberdade. Galisteu é sondada pela Band para apresentar um programa nos moldes de “Charme” e também pela Globo que após assistir a evolução da apresentadora como atriz de teatro, deseja que ela estrele uma novela. Já Ratinho é convidado pela Band a fazer o mesmo tipo de programa que o consagrou na TV, ainda na Record, vem aí mais exames de DNA, barraco na TV e muito, muito sensacionalismo.


O que vem por ai.

Neste mês de setembro, o SBT passou a apresentar certa ameaça ao segundo lugar da Record, mas é muito difícil prever o que poderá acontecer após esta disputa, principalmente por que falamos do Sistema Brasileiro de Televisão, onde tudo muda muito rápido, hoje é possível assistir “Hebe” toda a segunda às 19h15min da noite, porém na próxima semana é perfeitamente possível que o programa vá ao ar às 23h00min.
O que se sabe é que Silvio Santos voltou a dominar a programação de domingo do SBT. O “Programa Silvio Santos” não tem nada de novo, muito pelo contrário, é um mix dos maiores sucessos da carreira do apresentador, tais como: Topa tudo por dinheiro, Qual é a música, Domingo no parque entre outros, acrescido de fórmulas já características (e saturada) dos programas de domingo como pegadinhas, cacetadas e gincanas. Além de dedicar um quadro a pequena Maysa (foto), a apresentadora mirim que vem incomodando a audiência do programa da Xuxa e já é apontada como a nova rainha dos baixinhos. Sabe-se também que a esposa de Silvio Santos, Íris Abravanel prepara uma novela chamada “Revelação”, pouco se sabe da produção, mas há quem diga que é baseada na história de vida de Silvio, e se comenta que o empresário negocia com a família de Janete Clair, a compra das suas obras, o que deixaria Globo de cabelo em pé, visto que Janete foi uma das principais autoras de novela da emissora. Também se sabe que a principal novela apresentada atualmente na emissora “Pantanal” foi produzida pela extinta TV Manchete e pode a qualquer momento ser tirada do ar por uma ação judicial aberta pelo autor da novela, Benedito Ruy Barbosa, que está na TV Globo atualmente.
Esse é o SBT, uma emissora que sobrevive das migalhas de outras empresas, que ao reapresentar “Pantanal”, não se deu ao trabalho nem de digitalizar a novela, foi como se pegassem as fitas em uma lata de lixo e as transmitissem em rede nacional, o máximo que a novela ganhou foi uma nova abertura, visivelmente improvisada, com recursos visuais antiquados, a abertura anterior era bem mais expressiva e característica à região que se desenvolvia a história.
A questão é que é perceptível o quanto a emissora perdeu nos últimos anos, principalmente no que diz respeito à própria identidade. A última grande novidade da emissora foi “Casa dos Artistas” e mesmo assim há quem diga que a Globo merecia todos os créditos pelo sucesso, simplesmente por que pagou por eles. Depois disso vieram somente produções mexicanas, muitas vezes de péssima qualidade (como a novela “Café com aroma de mulher”), que poderiam muito bem ter os textos adaptados à nossa realidade e encenados com atores brasileiros, além de apresentar programas que transformam o mundo em um grande cassino, onde o homem é capaz de tudo por dinheiro. A frase “quem quer dinheiro” vai além do “Topa ou não topa”, vira um lema de vida, uma busca desenfreada e é aí que Silvio pega a sua audiência, na vontade que estes tem de ser rico como ele, e de maneira fácil e divertida como ele apresenta.
Há uma expectativa enorme sobre a possibilidade da filha de Silvio Santos, Patrícia Abravanel, assumir a direção geral do SBT. Não acredito nesta possibilidade. Enquanto for vivo e tiver algum poder sobre a sua emissora é quase inimaginável que Silvio não interfira nas decisões da empresa. De certa forma, o SBT funciona como um brinquedo para Silvio Santos. É mais um capricho de um empresário que deu certo na vida e quer mostrar o quanto é poderoso e que usa do seu bel prazer para mandar e desmandar, dar e tirar oportunidades, colocar e tirar do ar como quem troca de sapato. O SBT precisa de um administrador que respire e viva televisão, que pense no telespectador e nos seus “colegas de trabalho” com uma visão comercial sim, mas também, como a extensão de sua família, atribuindo a eles o devido respeito, e apesar da inegável importância de Silvio Santos na história do audiovisual, definitivamente ele não é este homem.

Fontes:

A FANTÁSTICA HISTÓRIA DE SILVIO SANTOS -Silva, Arlindo
www.sbt.com.br
www.observatórioda/imprensa.com.br
www.veja.abril.com.br
www.telehistória.com.br
www.noticias.uol.com.br
Agradecimento especial: Leandro Rosa

fotos :
divulgação SBT
www.paginadossilvio.com.br
www.uol.com.br

A computação gráfica de Hans Donner nos 50 anos de TV



Coincidentemente nesses 50 anos de TV, Hans Donner passou 25 anos na Alemanha e na Áustria, crescendo e, parte deles, aprimorando um estilo de design que valoriza a terceira dimensão, e os outros 25 anos o levaram para o Brasil que era seu grande sonho que a televisão concretizou, Hans realizou centenas de vinhetas e aberturas de programas, trazendo o telespectador para bem perto da TV.Com seu estilo de design de terceira dimensão, era uma novidade para todos naquela época,esse trabalho tornou o maior emprego de um designer de televisão do mundo.
Em 1974 criou toda a identidade da Globo com a versão em vidro, reunindo a mesma técnica que usou para fazer a capa do “livro grávido”, um trabalho de escola mais importante que idealizou, e que resume toda a essência do seu design.Utilizando tecnologia de ponta, na época,na finalização dos seus trabalhos em computadores americanos, europeus,, japoneses, que permitiram transformar o seu estilo de design trazido de Viena em 3D.Foi o boom da computação gráfica no Brasil antecipando para o telespectador brasileiro um universo completamente novo no ramo de design gráfico para televisão.Por meio de convites para palestras e exposições dos seus trabalho em várias partes do mundo, tornou- se possível levar também para fora dos Brasil as imagens realizadas e transformar o seu trabalho em referências para as televisões do “primeiro mundo”.
O povo brasileiro para Hans é o telespectador mais vibrante do mundo, pois o recebeu com braços abertos, onde o seu design europeu clean e frio ganhou cores, vibrações e formas desenvolvendo assim uma computação gráfica de primeiro mundo.
Fonte:50 Anos de tv no Brasil
Hans Donner e seu universo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

SAUDADES


O ator Older Cazarré faleceu aos 57 anos de idade no dia 26 de fevereiro de 1992, vítima de uma bala perdida.O ator fez 61 filmes, alguns programas de humor e várias novelas, entre elas: "Ti ti ti"(1985), "Feijão Maravilha" (1979), "O Julgamento" (1976), e "Fera Radical" (1988), que estava sendo reprisada na ocasião..

Rosa (Léa Garcia) na novela "Escrava Isaura" (1976)


Uma escrava invejosa, vingativa, mentirosa, intrigueira e dissimulada. Assim era Rosa. Não media esforços para atacar Isaura, sua principal rival. A escrava branca tinha tudo o que Rosa não tinha: educação, talento musical, roupas de fidalga e o carinho de sua madrinha, Ester Almeida, o que já era mais do que suficiente para despertar a ira da escrava malvada. Enquanto Isaura morava na casa grande, Rosa vivia na senzala, junto aos outros escravos da fazenda. Ao lado de Francisco, feitor na fazenda do comendador Almeida, ela tramou as maiores barbaridades para acabar de vez com a doce Isaura. O derradeiro plano de Rosa foi envenenar sua inimiga durante a festa de comemoração à libertação dos escravos. Mas como o feitiço vira contra o feiticeiro, Rosa acabou morrendo com o próprio veneno, e olha que ela nem precisou morder a própria língua. Ela certamente está queimando no fogo do inferno bem ao lado de seu amo e senhor: o capeta Leôncio!
www.telehistoria.com.br

Lili Bolero (Consuelo Leandro) na novela "Cambalacho" (1986). CAMBALACHO

PERSONAGEM INESQUECÍVEL
Se os deuses não tivessem tramado contra Lili Bolero, ela ocuparia hoje o lugar que é de Ângela Maria na história da música popular brasileira. Por ironia do destino, o violinista que acompanhava Lili em um show de calouros da rádio nacional rompeu a corda do violino, fazendo com que a estrela desafinasse, e assim perdesse o primeiro lugar para a "Sapoti". Assim sendo, Lili teve que se conformar em servir de "cantora fantasma" para a filha, a desafinada Albertina Pimenta, ou melhor, Tina Pepper.

Uma breve história de Daniel Filho pela TV brasileira.

Para Daniel, somente entrar pela porta principal do antigo cassino da Urca, já era estar em um mundo de sonho, em meio a tantas riquezas, ele era apenas um mero cidadão que passava despercebido, mas que ano mais tarde já era reconhecido, pois a TV Tupi ocupava o prédio do antigo Cassino.
Naquela época os artistas que começavam habitar a TV eram: Hilton Gomes, o apresentador do telejornal Bendix, Aracy Cardoso, a heroína das novelas escrita por Ilse Silveira, Alberto Peres, galã de várias novelas que naquele momento cumprimentava-o sorridente, e Daniel só os tinha visto pela telinha, com imagens borradas enviadas lá pra casa da antena em cima do pão de Açúcar, ninguém imaginava a emoção que ele sentia naquele momento.
Ele já havia trabalhado 5 anos na Tupi, passado pelas TVs Rio, Paulista, Continental, Record e Excelsior, desde sua estréia.Alguns passos foram dados.
A novela diária, unidade de programação em toda a rede, um visual gráfico mais caprichado... Mas a má administração começou a jogar no brejo o que parecia uma nova era. Voltou para a Tupi-Rio, com Chico Anysio de quem era diretor. Lá trabalhou diretamente com Boni, que era diretor artístico do programa de Moacyr Franco e ainda trouxeram Bibi Ferreira.Foi um túnel do tempo, o estúdio Um estava pior, jamais ele lembraria os tempos de fausto no cassino.
Daniel e Boni queriam fazer algo decente, com nível internacional, mas isso gerava muitas brigas, pois um queria fazer mais que o outro, e a situação tava beirando a indigência, salário atrasado nunca pago em dia, sempre um vale correspondente ao salário de três meses atrás, queria sair, pois estava prestes a perder um apartamento que havia comprado, por falta de pagamento.Boni teve uma proposta da Globo, a pequena estação que começava a aparecer, após uma boa campanha oportunista com a queda do viaduto Paulo Frontin.Como Boni e Daniel já estavam na safra da briga, resolveram fazer uma aposta valendo uma caixa de uísque Black Label, Boni dizia que não ia para a Globo, e acabou perdendo a aposta, pois dois meses após lá estava ele, deixando Daniel com o contrato chegando ao fim, sem receber e vendo o barco afundar, e além de não pagar a caixa de uísque.E numa dessas vindas para a Tupi para ver se conseguia receber os atrasados, Boni encontra com o pai de Daniel que havia tornado seu assistente, e pediu para que desse o seguinte recado: -Segunda a feira as 4 da tarde espero seu filho na Globo.
Conforme o combinado Daniel compareceu a Globo, ficou maravilhado com aquele lugar que acabara de começar na mídia, ele foi conduzido por uma linda secretária até a sala de Boni, que o - convidou para trabalhar novamente juntos, claro que ele aceitou a proposta e enquanto caminhavam juntos pelos corredores, ele conhecia os estúdios, o que está sendo gravado no estúdio. Um lindo telecine pensou com ele “Agora vai dar!!!”.
A estratégia de Boni trazendo atores paulistas funcionou, mas eles queriam trazer homens para ver novelas, e com Irmãos Coragem de Janete Clair foi definitivamente o ingresso do homem assumindo que assiste novela. Os dois haviam conseguido a hegemonia nacional, durante o ano em que irmão coragem ficou no ar, Daniela assumiu a direção da dramaturgia da Globo .O jogo de temas específicos para cada horário começava a tomar forma, a leve comédia romântica das 19:00 e a novela drama-amor das 20:00.A Globo formava um time de autores de primeira como Domingos de Oliveira, Vicente Sesso, Walter Negrão....entre outros.
O sucesso de um horário desafiava o outro, quebraram a cara, acertaram, mas nunca pararam, aprenderam que ma guerra da audiência não estava ganha. Era preciso ter constante atenção.
Gilberto Braga o procurou em um clube, se apresentou, na época era crítico de teatro respeitado e temido, queria entrar para a TV para escrever “Caso Especial”, Daniel colocou-o juntamente de Vianinha que pacientemente trabalharam junto o roteiro durante meses. Finalmente em 73 “Praias desertas” marcava a estréia de um dos grandes autores de novela, ele ainda seria parceiro de Janete e Lauro César.
Esse é um exemplo de como iam colocando sangue novo e alimentando a faminha fábrica de novelas. Estava criada a escola de autores.
Daniel continuou a dirigir algumas novelas, dirigia os primeiros vinte capítulos e passava para outro diretor a tarefa de continuar. Era colocar em termos industriais uma marca de qualidade e o deixar ativo. Todos eram cúmplices ninguém era culpado ou vencedor, era uma equipe.
A que Daniel considera sua última novelas foi “Dancin’days”, a partir de um “Caso especial”, de Paulo Mendes Campos dirigido pó Paulo José, Boni achou que daria para fazer um seriado mensal, mas pensou direito e disse: - E se em vez de uma vez por mês, fizéssemos 4 por semana?Já que a novela das 22 estava enfraquecendo e a séries americanas estavam dominando, então eles queriam uma coisa brasileira, e como Daniel estava sempre atrás do seu “cineminha”, concordou em fazer o seriado, mas para isso ele foi criticado por vários amigos que diziam que ele estava entrando numa fria, mesmo assim Daniel não deu ouvido e em 1979 estreavam “Aplauso”, “Plantão de polícia” e Malu Mulher. Em 1982 uma equipe de TV sueca foi até a casa de Daniel para que ele lhe concedesse uma entrevista sobre o comportamento das mulheres, por causa do êxito de Malu Mulher naquele país.O seriado era sucesso mundial.
Outra paixão de Daniel além de novela era a música, pensava porque o cantores quando apresentavam- se em shows e teatros não tinham a mesma comunicação que na TV?, mas isso era porquê na TV era playback e não ao vivo, então ele teve a idéia de fazer música ao vivo na TV, e com isso nasceu “Os grandes nomes”que obteve dois anos de pura satisfação, começou com Simone e foi embora, Elis Regina, Caetano, Gil, Gal, Rita Lee.....entre outros nomes de nossa música popular brasileira.
Em 1991 após 25 anos na Rede Globo, Daniel achava que era a hora de pedir suas contas, sua saída foi gentil, com festas de despedida e promessa de pronto retorno.
Daniel queria independência e sob a direção de Roberto Muylaert, conseguiu finalmente filmar um seriado em 16 mm. Era algo próximo do cinema. Foi a “Confissão de adolescente” que foi vendida para a TF1, francesa como a produção do segundo ano da série.
Sua “penúltima” produção com Boni foi “Mulher” filmada em 35mm, em cores , som estéreo, apesar do processo cinematográfico, não era “cineminha” , era televisão.Teve 62 episódios de 45 min, sendo os dois últimos em HDTV.
Fonte: 50 anos de tv no Brasil
Editora Globo

HOMEM NA LUA


Um dos grandes momentos da televisão foram,as imagens do Homem Pisando no solo lunar,

dia 20de julho de 1969.Graças ao Satélite intelsat- 3,47 paises assistiam a cena de niel Arms trong pisando na lua no Brasil, as imagens foram vistas nas Primeiras Horas do dia seguinte , AO VIVO nas Regiao sul e sudeste Graças ao Pool Formado pelas redes Associadas ea Globo

Foram vistas Por 5,5 milhoes de pessoas e de quase 100% da audiência

domingo, 28 de setembro de 2008




DÓRIS GIESSE


No começo dos anos 1990, Dóris Giesse era uma das apresentadoras mais valorizadas do Brasil. Era bonita, simpática, inteligente e charmosa. Tinha participado, na década anterior, de uma experiência brilhante, o Jornal de Vanguarda, noticiário da Rede Bandeirantes. Como âncora, ela coordenava um telejornal em que os comentaristas eram nomes de peso como Fernando Mitre, Fernando Gabeira, Waly Salomão, Matinas Suzuki Jr., Fausto Wolff e Newton Carlos. Nada mais natural que chamasse a atenção da Rede Globo e, por tabela, ganhasse um programa em que fosse protagonista. Assim surgiu Dóris para Maiores, com direção de Guel Arraes e José Lavigne e que misturava notícias jornalísticas - sob a coordenação de Claufe Rodrigues - e humor com textos da turma que daria origem ao Casseta & Planeta - Cláudio Manoel, Marcelo Madureira, Beto Silva, Bussunda, Helio de La Peña, Hubert e Reinaldo.Mensal, Dóris para Maiores era apresentado às terças-feiras. O programa era todo estruturado em seções ancoradas pela imagem e pela fala de Dóris. As matérias quase sempre eram de comportamento, ressaltando fatos interessantes, curiosos, pitorescos, com um viés humorístico. Além de Dóris, o programa contava com a participação de comentaristas como Paulo Francis e Ana Maria Bahiana. Na parte não-jornalística, Dóris interpretava a andróide Dorfe, contracenando com os atores Diogo Vilela, Débora Bloch e Zezé Polessa. O quadro, um esquete futurista, era escrito por Alexandre Machado, que mais tarde ficaria famoso como o criador (ao lado da mulher, Fernanda Young) do seriado Os Normais. A proposta do Dóris para Maiores não foi muito bem aceita pelo público, e a atração durou apenas uma temporada, entre abril e dezembro de 1991. Com o fim do programa, Dóris passou a apresentar o Fantástico.



FORA DA TELINHA


Quando foi convidada para a TV, Dóris Giesse já era conhecida como modelo e formada como bailarina clássica pela Royal Academy of Dance. Sua carreira televisiva começou na metade dos anos 1980, quando apareceu como uma das modelos da abertura da novela Brega & Chique. Após a temporada na Globo, Dóris nunca mais obteve sucesso. Teve uma breve passagem pelo SBT, entre 1994 e 1995, apresentando o SBT Repórter e o TJ Brasil, seguindo posteriormente para a Rede Record. Nos últimos tempos, dedicou-se ao seu blog e à produção de poemas. Dóris voltou aos noticiários no ano passado, quando caiu do oitavo andar de um prédio em São Paulo e sobreviveu ao ter a queda amortecida por um telhado de amianto. Foi especulado que teria sido tentativa de suicídio, mas sua assessoria de imprensa explicou que ela caiu enquanto tentava resgatar seu gato.






Publicado no Jornal zero Hora

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"SILVIO SANTOS E SEU IMPÉRIO" PARTE III


Com a transferência do SBT da Vila Guilherme, corria-se contra o tempo para que a empresa conquistasse a liderança no Ibope. Silvio Santos buscava colher os frutos de todo investimento feito na construção do Complexo Anhangüera, a ordem geral para todos os diretores da casa era a de perseguir o primeiro lugar na audiência.

A guerra dos domingos.

Todos os artistas do SBT estavam empenhados em apresentar programas que conquistassem o público, o que resultaria no primeiro lugar. A prova mais evidente da batalha que o SBT travava contra a Globo foi o retorno, que Gugu Liberato a cada semana conquistava com o seu “Domingo Legal”. Concorrente direto de Fausto Silva e o seu “Domingão do Faustão”, que começava a desgastar o formato que o consagrou como apresentador na TV Bandeirantes, Gugu por diversas vezes se apresentava empatado com Fausto, com picos de liderança. Dentro do game show onde homens e mulheres famosos se enfrentavam em uma série de brincadeiras, o quadro que foi o grande responsável pela ascensão do “Domingo Legal” foi a “prova da banheira”, onde famosos eram vistos com roupa de baixo e pegava sabonetes jogados em uma banheira com espuma. As convidadas eram seguradas por um modelo contratado e os convidados por Luiza Ambiel, mais conhecida como “a gata da banheira”. A “banheira do Gugu”, como também era chamada, começou a dar o que falar porque a cada domingo era mais picante, “sem querer” aconteciam acidentes que deixavam à mostra os seios das convidadas, rapazes ao se atracarem com aquelas belas modelos ou Luiza e acabavam ficando em situação constrangedora ao vivo, em rede nacional e o programa, sendo exibido em um domingo à tarde, onde famílias inteiras sentam na poltrona para assistir, passou a ter certo apelo sexual. Até então o dominical de Gugu apresentava quadros inocentes como o “o táxi do Gugu” e “bom dia legal”, onde Gugu acordava celebridades. Mas a grande questão, é que a audiência só crescia, e quanto mais crescia mais picante era a banheira.
Foi então que em um certo domingo de outubro de 1997, a produção do “Domingão do Faustão” combateu a banheira do Gugu com uma matéria sobre um restaurante que servia sushi no corpo de modelos nuas. Faustão apresentou a matéria com link ao vivo no tão falado restaurante, onde a comida era servida em cima das modelos. No dia seguinte, a matéria teve uma incrível repercussão, só se falava no sushi erótico. Havia quem queria conhecer, quem se mostrava indignado com a história e até quem achasse anti-higiênico fazer refeições sob o corpo de alguém. O resultado foi o seguinte: Faustão ganhou no Ibope, claro que com algumas oscilações, mas na média geral finalizou o domingo em primeiro lugar e o restaurante foi fechado na mesmo semana pela vigilância sanitária.
O fato é que, a partir da repercussão que o sushi causou nos telespectadores, as autoridades passaram a acompanhar de perto os programas de domingo. Três anos depois do episodio, sob pressão de várias entidades, mas principalmente da ONG mineira “TV bem” por determinação da justiça, Gugu foi obrigado a colocar o quadro da banheira para após às 21:00. Como seu programa, na época, terminava antes desse horário o caminho foi tirar a atração do ar. Quando terminou em outubro de 2000 a banheira era bem diferente de quando começou. Apresentada em uma enorme banheira, que mais lembrava uma piscina, ao ar livre em pleno Complexo Anhanguera, já não tinham mais como participantes os convidados que brincavam no game do programa, mas sim, homens e mulheres capas de revistas adultas. E enquanto acontecia a prova, outras participantes ficavam empoleiradas na beira da banheira e tinham suas genitálias expostas em closes constrangedores.
Com o término da banheira, Gugu percebeu realmente que o caminho do primeiro lugar, já então consolidado por ele, era atingir a grande massa com quadros sensacionalistas. Começou então a explorar a pobreza, cobrir eventos populares e até transmitir, ao vivo, rebeliões na FEBEM e em presídios. E os rebelados usavam o seu programa para se comunicar com as autoridades. Pela audiência, Gugu pecou pelos excessos. Em 2003 produziu uma falsa entrevista com integrantes do PCC, a organização criminosa que estava em seu auge na época, desde então, perdeu a credibilidade como comunicador e a confiança do seu próprio público.
A briga de domingo persiste até hoje só que de uma maneira mais tímida, pois chegou a ser um dos episódios mais degradantes da história da televisão brasileira, após tantas intervenções judiciais e pressões da imprensa e do público, o domingo parece estar dividido. Com o crescimento da Record, que até pouco tempo atrás entrava na briga com Tom Cavalcante e seu “Bofe de Elite” e hoje investe no “Domingo Espetacular”, o SBT de protagonista da guerra declarada a Globo, passou a ser coadjuvante. E desta vez, irá vencer quem apresentar melhor qualidade de entretenimento e informação, sem sensacionalismo


Novelas do SBT.

Com o Complexo Anhanguera pronto, Silvio Santos voltou a produzir telenovelas. Estreou, então, não só um, mas três horários de dramaturgia, e com grandes contratações como Irene Ravache, Gianfrancesco Guarnieri, Fábio Júnior, Adriana Esteves, Taumaturgo, Joana Foom entre outros. As 18h30min foi ao ar “Colégio Brasil”, uma espécie de Malhação” voltada para o publico jovem, “Antônio Alves, taxista”, ia ao ar às 20h00min. Protagonizada por Fábio Júnior, contava a história de motorista de táxi aspirante a cantor, que corria atrás do seu sonho. A principal novela lançada nesta época foi “Razão de Viver” um remake de “Meus filhos, minha vida”, novela de Ismael Fernandes apresentada no SBT no ano de 1984. As três produções não tiveram o sucesso esperado por Sílvio, um dos principais motivos foi a exibição das Olimpíadas de Atlanta em 1996. Colégio Brasil não conseguiu atingir o público esperado, Antônio Alves, não empolgou com um Fábio Júnior já cansado e nem o talento de Irene Ravache conseguiu segurar a audiência de Razão de Viver que chegou a ser apresentada às 18h,. A atriz já havia colhido bons frutos em 1994 no remake de “Éramos Seis” também no SBT, porém seu personagem em Razão era uma mãe que sofre por seus filhos, idêntica a Lola, personagem vivida por ela em Éramos. O grande destaque da novela foi a primeira aparição para da então modelo Ana Paula Arósio em telenovela, antes de ser contratada pela Rede Globo para ser a protagonista de “Hilda Furação” ainda protagonizou ao lado de Tarcísio Filho outro remake do SBT: “Os ossos do Barão” em 1997.
No mesmo ano, o SBT assinou um contrato com a emissora argentina Telefe, e em Buenos Aires rodou, com elenco brasileiro, Chiquititas. A novela girava em torno da professora Carolina, interpretada por Flávia Monteiro, que cuidava com muito amor de suas alunas. A novela tinha quadros musicais que faziam sucesso entre a garotada da época. Sílvio Santos que sempre apresentou um olhar clínico para atrair o público infanto-juvenil, acertou mais uma vez na mão, e faturou muito com Chiquititas, pois semestralmente eram lançados produtos com a marca da novela como Cd s, bonecas, roupas... Enfim, o sucesso durou cinco anos e revelou grandes nomes da nova geração de atores da Globo como Bruno Gagliasso, no ar em “Ciranda de Pedra”, e Fernanda Souza, a Isadora do humorístico “Toma lá da cá”. Mas apesar do sucesso de Chiquititas, Silvio resolveu reduzir a produção de telenovelas e partir para uma empreitada já característica de sua emissora: importar novelas do México.
Desde o sucesso da primeira telenovela mexicana a ser apresentada no SBT, “Os ricos também choram”, criou-se uma tradição na empresa de realizar uma maneira fácil e barata de conquistar público através do tradicional folhetim mexicano. Bem mais barato do que produzir telenovelas, investindo em cidades cenográficas, elenco, produção e direção, era comprar tudo pronto. Silvio soube como se aproveitar desta “facilidade” e identificou o público consumidor de dramalhões mexicanos. Muita gente tem aversão por este modo de se fazer teledramaturgia, mas a questão é que as novelas mexicanas mantêm a formula ficcional tradicional de Cuba. E notório que o Brasil é o melhor produtor de telenovelas do mundo, não porque copiou a linguagem de Cuba, ou do México, mas sim, porque soube levar a sua identidade às telenovelas. Mas, mesmo assim, há um número considerável de telespectadores que gostam e acompanham o bom e velho dramalhão mexicano. E é a esse telespectador que Silvio por muitas vezes, se direcionou. A novela mexicana teve vários momentos de ápice na TV brasileira, todas elas no SBT. Uma delas foi em 1993, onde Sílvio Santos promoveu para o país duas grandes estrelas mexicanas: Verônica Castro e Victória Ruffo. Verônica já era bem conhecida, pois havia participado de “Os ricos também choram”, mas neste ano, era a protagonista de “Rosa Selvagem”, onde interpretava uma menina de rua que se apaixonava por um rico jovem viúvo, e após ser abandonada por ele descobre ser a herdeira desaparecida de uma milionária, que por ironia do destino e a sogra do amado. Já Victória Ruffo, foi a sofredora Maria de “Simplesmente Maria”, que também vinha de uma origem humilde e acabava enriquecendo. Mas sem dúvida, a celebridade mexicana que mais fez sucesso por aqui, foi a cantora e atriz Thalia. Talvez pelo seu apelo pop latino, que estava em ascensão entre 1997 e 2000 principalmente na América, Thalia conquistou um público fiel. Quando visitou o país em ... foi tratada como rainha, principalmente pelos artistas da casa que a promovera para o país, também não é para menos, com uma espécie de trilogia de personagens homônimas: Maria Mercedes, Maria do Bairro e Mari Mar, a mexicana chegou a atingir diretamente a audiência do Jornal Nacional, escrevendo para Silvio Santos, mais uma página de sua luta pela liderança. Outro grande sucesso mexicano apresentado pelo SBT foi “A usurpadora” em... Muitos atribuem o sucesso da trama que girava em torno das gêmeas Paola e Paulina, ao nome da trama por se tratar de uma palavra pouco conhecida do dicionário popular. Não havia na trama, nenhuma inovação, tratava-se do velho clichê de gêmeas separadas na infância que se reencontrava anos mais tarde, onde a gêmea boa assumia a personalidade da gêmea ruim, enquanto esta desaparecia. Uma história parecida havia sido vista em 1996 na Globo onde Christiane Torloni vivia Vivi e Fernanda em “Cara & Coroa”. Em 2000, Sílvio passou a comprar as tramas mexicanas para uma outra finalidade. Utilizava os textos de tramas que foram sucesso naquele país e os produzia, na Argentina, com atores brasileiros. A primeira produção foi “A pícara sonhadora”, onde Silvio novamente tentava cativar o público pelo nome da novela. Desta vez, não deu certo.
A ultima “importação” de Sílvio que deu certo para o SBT, foi uma produção argentina que foi disputada arduamente com a Rede TV! e a Rede Record. Todos queriam os direitos para apresentar “Lalola”. Uma novela muito original que contava a história do diretor de uma revista masculina, Lalo Padilha, que era odiado pelas mulheres por conquistá-las e abandoná-las, até que uma delas procura uma feiticeira que faz uma mandinga para que ele se torna-se mulher. Ele então passa a ser Lola, assumindo o próprio cargo na revista como prima de Lalo. As aventuras de um homem no corpo de uma bela mulher eram bem divertidas, principalmente quando Lalo/Lola se vê apaixonado pelo assistente. A novela ficou no ar até junho deste ano, tinha tudo para dar certo, mas a mudança contínua e repentina de horário, que foram cinco ao todo, fez com que a divertida história passasse despercebida.
A próxima empreitada do SBT no ramo da dramaturgia já é anunciada, porém ainda não tem data de estréia. “Revelação” é escrita por ninguém mais, ninguém menos que Íris Abravanel, esposa de Sílvio Santos. Resta saber, o que revela a nova novela do SBT.

Ratinho ou Boni?

Em 1998, Silvio Santos tomou uma difícil decisão de profissionalizar e desfamiliarizar o SBT. A idéia era a de acabar com os cargos de confiança, concedidos por ele no início da emissora. Os desligamentos mais surpreendentes que aconteceram neste momento foi a do então vice-presidente da emissora, Guilherme Stoliar, que é sobrinho e concunhado de Silvio e permaneceu no cargo por doze anos. Guilherme foi desligado juntamente com Luciano Callegari que assinava a direção artística da casa.
Callegari foi o responsável pela tentativa, meses antes de sair do SBT, de levar José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni para a emissora paulistana. Boni tinha outras ambições. Sua real intenção era a de ir para o SBT e atingindo os resultados desejados por Silvio, viria futuramente a se tornar sócio do SBT barganhando 10 % do capital da empresa. Por esse motivo a negociação passou a ser acompanhada pelo próprio Silvio Santos, que desistiu do passe de Boni a pedido do amigo Roberto Irineu Marinho, na época o apresentador chegou a dizer que o superintendente global havia garantido 12 pontos fixos de audiência. Pensando nisso, Sílvio resolveu investir em outra contratação, o radialista paranaense Carlos Massa, mais popularmente conhecido como Ratinho, que dava esta audiência na concorrência.
Ratinho já fazia certo sucesso na Rede Record onde apresentava o programa “Ratinho Livre”, um programa de auditório popular, pelo qual a crítica torcia o nariz, onde se via o povo, da maneira mais popularesca na TV. Silvio negociou a contratação de Ratinho diretamente com o Bispo Edir Macedo, pagando a dívida contratual do apresentador de R$ 14 Milhões que deveria permanecer na Record até 2001. Junto com Ratinho, Silvio também levou para o SBT o diretor de produção da Record, Eduardo Lafon.
O SBT vivia uma fase prospera neste momento. Além do investimento que havia feito na contratação de Ratinho, Sílvio fechou um contrato milionário com a Warner Bros. e a Disney para ter o direito de apresentar na emissora, os melhores filmes e desenhos das companhias de cinema. Reservou faixas de cinema noturno, as terças, o “Cine Espetacular” apresentava os melhores filmes de ação e aventura, as sextas “Tela de Sucessos” investia com romances e comédia feita para família e aos sábados “Cine Belas Artes” apresentava os melhores filmes cult. E com o fim do “Aqui Agora”, Silvio em parceria com a Disney, criou o programa “Disney Cruj” que apresentava os melhores desenhos da produtora. Silvio Santos mais uma vez se voltava para as crianças, cedendo o horário das seis da tarde a um programa infantil.
Foi também em 1998 que Silvio Santos estreou a versão brasileira do Teleton. Criado nos EUA pelo ator Jerry Lewis à 38 anos, o programa inspirou o “Criança esperança” da Globo, porém não há nenhuma ligação entre eles. Os direitos autorais do formato do programa são do SBT, que apresenta anualmente o programa em prol da AACD, entidade que cuida de crianças e adultos portadores de necessidades especiais. O ano passado foi arrecadado com o programa, uma receita de R$ 16.616.032,00, que foi aplicado em sete centros de reabilitação já existentes.

2001: o ano de grandes emoções.

O ano de 2001 foi marcado por uma série de acontecimentos que mexeram com a vida do apresentador e com a rotina de sua emissora. A primeira delas foi a homenagem que a escola de samba carioca “Tradição” prestou ao apresentador usando a sua vida de luta e batalha como samba enredo. Mais de vinte anos depois de ter saído da Globo, Silvio voltava a aparecer na telinha da emissora carioca. A decisão de desfilar ou não foi decidida de última hora, pois Silvio só apareceu minutos antes da escola entrar na Marquês de Sapucaí. Segundo assessores e pessoas próximas ao apresentador, ele refletia sobre o impacto que sua emissora teria tendo a sua cara estampada na tela da sua maior concorrente. O fato é que após muita indecisão, Sílvio desfilou, pulou e cantou na passarela do samba sem medo de ser feliz.
Em 21 de agosto de 2001, começava a fase mais dramática do ano de Silvio Santos. Sua filha, Patrícia Abravanel se preparava para sair de casa as 8h da manhã quando foi rendida pro cinco homens, dentro do seu carro, um Passat importado blindado, que por ironia do destino serviria para proteger os seqüestradores caso fosse descoberta a trama. Na porta da casa do apresentador, foi deixado um carro roubado, dentro dele um celular pré pago e uma carta com as condições do resgate de Patrícia, a carta dizia o seguinte:

“Carta da missão. Se ainda for dia quando lê esta carta, bom dia Patrão. Isto é um acordo que faço com
homem de bem, prometo que ela vai estar bem se o senhor cumprir
as regras deste jogo. Mas se tentar trapacear, e uma das minha fontes informar, está quebrado o acordo e
não mais me responsabilizo pelo bem estar dela. Bom eu no
seu lugar seguia as regras. Quanto o valor: $2 milhões de dólares, 1 milhão quero por completo em notas
de $50,00 dolar, não mande notas em SÉRIE. Também R$2 milhões
de reais, sendo que R$ 1 milhão em notas de R$ 50,00 reais, se mandar as notas marcadas ou em série
nosso trato perde o valor. Correndo bem a entrega, ainda vou
levar um dia para conferir a soma e a legitimidade das notas. Então entregarei-a em SEGURANÇA
COMPLETA É MINHA PARTE DO TRATO; Quero essa soma solta, nota por nota,
nada de Clipes, elásticos ou embrulhos solta é solta, dentro de sacos de lixo de 100 litros. Se de alguma
forma tentar não jogar conforme as regras nunca mais a
verá. Se esquecer do trato e colocar qualquer tipo de rastreador com as notas ou na mala e acharmos com
nosso detector, se for o ninox ou alguns importados que conheço
não coloque pois se achar perde ela e o dinheiro por isso pense bem antes de jogar, pois deixo de cumpri
minha parte no trato. Se um dos meus homens for ferido ou
preso por sua desobediência ás regras, não me responsabilizo por minha parte no trato e nem por sua
vida. Se eu for informado por minhas fontes que você envolvendo
a polícia ou investigadores particular, cada atitude tua promoverá uma minha (cuidado). Se tenta não
falhe pois eu farei o possível para não falhar. Bem esse celular
vai tocar somente daqui a dois dias quase 48 no horário entre as 23:00 e ás 00:00 hora para te informar
onde essa soma vai ser entregue. Fique pronto porque essa
soma só poderá ser entregue por você pessoalmente e um motorista para que não venha só pois tenho
que ter certeza que está agindo com confiança em mim que nem conhece:
No dia que eu ligar quero a cor do carro de preferência Branco, á placa, o modelo e o nome da pessoa
que vem contigo. (Quanto á tua segurança a opção que te dou
é confiar em um estranho, que em troco disso só te dá á palavra que no fim tudo correrá bem). Não
brinque com isso tem muitas vidas em jogo. Não conheço sua mente,
pois não sou DEUS O CRIADOR PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Talvez tenha entregado
seu coração ao dinheiro que não é nada, pois se morre e fica aqui não queria
entra na tua vida mas á sua perda vai ser completa. Alem dela que vai ficar comigo, direi de alguma
forma á imprensa que o grande milionário perdeu tal por se recusar
a pagar o resgate.

Assino: Missionários da paz.”


Ao ser avisado do seqüestro da filha pela esposa, Íris Abravanel, Silvio foi para a casa e assim que viu uma movimentação enorme de jornalistas na porta, tomou a atitude de pedir que nem a imprensa, nem a polícia se envolvessem no caso. O pedido foi atendido de pronto por diversos meios de comunicação, exceto da Rede Globo, que desde 1990, tinha ordem da diretoria da empresa de noticiar todo e qualquer seqüestro e dava boletins diários sobre o caso. Após seis dias de uma difícil negociação, foi acordado o resgate no valor de R$ 500 mil pagos na noite do dia 27 de agosto, por volta da meia noite. Horas depois, às 2h30m da manhã, Patrícia foi deixada na Marginal Pinheiros no seu Passat azul, e voltou para casa dirigindo o próprio carro.
Havia chegado ao fim o seqüestro de Patrícia e no dia seguinte à tarde, o Brasil parou para assistir, ao vivo, Patrícia e Silvio, dando esclarecimentos sobre os detalhes do seqüestro. Simultaneamente Record, Band, TV Gazeta, Rede TV! Globos e SBT transmitiam a entrevista coletiva dada da sacada da casa do apresentador no bairro do Morumbi. O Brasil parou para assistir o desfecho de mais um seqüestro angustiante. Mas o que ninguém imaginava é que aquela história estava só começando.
Na última parte de "Silvio Santos e seu império":
*HOLLYWOOD É AQUI
*A CASA DOS ARTISTAS
* A AMEAÇA DA RECORD
*O FUTURO DO SBT

fonte:
A fantástica História de Silvio Santos - Silva, Arlindo
www.sbt.com.br
www.observatórioda/imprensa.com.br
http://www.veja.abril.com.br/


fotos:
divulgaçãoSBT
http://www.paginadosilvio.com/
colaborou Leandro Rosa

Rede Globo e Time-Life Parte Final

Com muitas dificuldades,a CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito), para investigar a relação entre a Rede Globo e a Time-Life,pedida pelo deputado Eurico de Oliveira foi aceito.Começado os trabalhos de apuração,o CONTEL(Conselho Nacional de Telecomunicações),pediu que a emissora enviasse os documentos que comprovavam a ligação entre ela e o gurpo norte-americano,Roberto Marinho disse que não poderia atender de imediato a solicitação,pois eles estavam nos Estados Unidos.A documentação só foi enviada três meses depois,quando o escândalo já era de conhecimento público.A petulância da emissora do doutor Roberto chegou a tal ponto que a certa altura das invetigções a Globo chegou a enviar contratos cheios de rasuras a CPI, sem contar que mesmo sendo alvo de graves denuncias,ela não parou de pedir de concessões, treze de rádio e duas de televisão,no estado de Pernambuco.
Mas,pior mesmo,só mesmo a delcaração dos ministros da Fazenda,Otávio Bulhões e Roberto Campos,do Planejamento em entrevista ao programa "Pinga Fogo",na Tv Tupi.Eles declararam que deconheciam o artigo que proíbe estrangeiros de injetarem dinheiro e participarem do controle acionário,administração e produção de emissoras de radiodifusão nacionais.Dois ministros que desconhecem a Constituição de seu país,pode ter as seguintes interpretações:ou qualquer "Zé Mané" pode ser minstro, ou então conivência com atitudes ilícitas praticadas por grandes grupos empresariais.
Foram meses de depoimentos,análise de documentos,muito trabalho,mas a CPI não deu em nada.Apesar da sociedade entre a Rede Globo e a Time-Life,ter sido realizada totalmente as escuras,sem nenhum amparo legal,não rendeu punição a ninguém.
Todo o poder,a modernidade que ela possui,foram conquistas feitas através de recursos vindos de um poderoso grupo de comunicação estrangeiro,algo proibido pelas leis brasileiras,mas que teve total complacência do Congresso Nacional...

Fonte:A História Secreta da Rede Globo - Daniel Herz
Tchê Editora LTDA

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Rede Globo e Time-Life Parte 1

A Rede Globo estreou em 1965 impondo modelos de organização e produção que fizeram dela uma das maiores emissoras do mundo, mas tamanha grandiosidade custou muito caro e é inevitável não se perguntar de onde veio tanto dinheiro. Para responder, vamos voltar para o ano de 1959, quando começõu o "namoro" da entre a Globo e o grupo americano de comunicação Time-Life, propriedade de Henry R. Luce. Roberto Marinho, através do jornal O Globo bajulou descaradamente a mulher do gringo , a diplomata americana na Itália, Clarir Luce com várias reportagens.
Mas se o Time-Life é uma empresa estrangeira e o artigo 160 da Consituição diz que a propriedade, participação acionária, adminstração e orientação intelectual só é permitida aos brasileiros natos , como foi possível realizar essa sociedade?ora, com o famoso "jeitinho brasileiro" e o jeitimho que o "doutor" Roberto deu foi colocar um testa-de-ferro para assinar o contrato. E assim a Rede Globo começou, ignorando a legislação brasileira e contando com a boa vontade do Congresso Nacional que sempre fecha os olhos para o lhe é conveniente...

Fonte:A História Secreta da Rede Globo-Daniel Herz
Tchê Editora LTDA

Rede Globo e Time-Life Parte 2

Assinado o contrato de sociedade em conta de participação (sociedade de pessoas unidas por mútua confiança), começa a injeção de dólares para a compra de equipamentos de transmissão e a contrução da sede da emissora. No contrato constava que a Time-Life não possuía controle acionário, nem interferia na gestão e na produção , mas a verdade é que o grupo americano tinha uma participaçao de 30% nos lucros líquidos e ainda obrigava por cláusula contratual que a Globo fornecesse balanços e deixasse à diposição da Time os livros de contabilidade e arquivos quando os sócios desejassem examiná-los.A Time-Life,além de dinheiro, trouxe também técnicos e pessoal especializado em produção e administração em tv.
Essa maracutaia foi descoberta e incomodou muita gente, como o ex-governador do Rio de Janeiro Carlos Lacerda, que denunciou a sociedade ilegal ao SUMOC(Superintedência da Moeda e do Crédito, depois Banco Central) e pediu a cassação da emissora.O "Manifesto à Nação",assinado por 13 jornais, pelo Sindicato dos Proprietários de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo, pela Associação das Emissoras de Saõ Paulo e pelo Sindicato das Empresas de Radiodifusão de São Paulo,denunciou a infiltração de capital estrangeiro e a entrega da impremsa nacional.
O escândalo ganhou proproções que ninguém imaginava...

Fonte:A História Secreta da Rede Globo - Daniel Herz
Tchê Editora LTDA

Alguns responsaveis pela a História da Tv brasileira. Divirtam-se






























Extraído : Google

Postado por Priscila Girami