
Sílvio Santos e sua família se sentiam mais tranqüilos com a libertação de Patrícia. Apesar dos seqüestradores ainda estarem livres, pelo menos a jovem estava com eles, e enquanto comemoravam o desfecho do seqüestro, A polícia corria contra o tempo para prender os seqüestradores e recuperar o dinheiro pago.
A identificação e a prisão dos seqüestradores se deram por uma questão de sorte. Uma viatura fazia patrulha na região onde ficou acordado o pagamento do resgate, quando avistaram um homem em u


Aos poucos, todos os seqüestradores foram presos, mas faltava o principal membro da quadrilha: Fernando Dutra Pinto. Sua prisão teria um tom de um filme de Hollywood. Com o dinheiro do resgate, o jovem tingiu os cabelos de louro, comprou roupas de grife em um shopping de Alphaville e por lá se hospedou em um flat luxo. Foi localizado pela policia graças a desconfiança de uma camareira do local que percebeu que o hospede guardava armas de fogo e dinheiro no armário. Neste momento a policia fechou o cerco contra o seqüestrador, houve troca de tiros onde Fernando matou dois policias e feriu gravemente um terceiro. Cercado pela polícia local, desceu até o nono andar do prédio e teve a façanha de escapar pelo lado de fora do flat, escorado nas paredes do prédio, e só horas mais tarde a polícia descobriu que ele havia fugido.
Na manhã do dia seguinte, mais precisamente no dia 30 de agosto de 2001, Fernando voltava para a cena inicial do seqüestro. Andava pela Rua Antônio Andrade Re

Fernando rendeu Sílvio assim que este se dirigia para sala de ginástica. Juntos, foram para a cozinha, onde tomaram café e o apresentador pode conhecer um pouco mais sobre a história do rapaz. Tinha fugido do flat, por que sabia que se fosse preso lá, seria morto, decidiu então recorrer a Sílvio. Primeiramente, sondou se o apresentador possuía algum valor para que ele pudesse fugir, já que o dinheiro do resgate havia ficado no flat em Barueri, mas quando disse que deveria ter por volta de R$ 800,00 em casa, desistiu da idéia. O caminh

A presença do governador ao local do seqüestro gerou polêmica entre políticos e grandes nomes da imprensa. A questão era que se todos os seqüestradores fossem pedir a presença de autoridades em caso de quererem sua integridade preservada, a negociação pela libertação das vítimas, seria uma bagunça. Geraldo chegou a ser defendido pelo próprio Silvio Santos. Na rádio Jovem Pan, o radialista Joseval Peixoto condenava a presença do governador na mansão do apresentador, Silvio Santos, que ouvi a rádio neste momento ligou para rádio onde, ao vivo, demonstrou toda a sua gratidão pela intervenção de Alckmin no seqüestro, e garantiu que se ele não comparecesse ao local com certeza não estaria vivo, pois Fernando Dutra Pinto poderia morrer, mas iria matar Silvio, e mais quatro ou cinco policiais.
Fernando Dutra Pinto, foi preso e morreu, vítima de um ataque cardíaco provido de uma intoxicação alimentar teoricamente causada pelo consumo de carne de porco que o rapaz havia comido dois dias antes. Chegou a se falar em assassinato, pois laudos inicias constatavam que dias antes de sua morte, Fernando havia sido torturado em sua cela, o fato é que até hoje, a morte do seqüestrador permanece sem explicação. Há quem defenda a morte por intoxicação alimentar, e outros que insistem que a morte decorreu de uma infecção no pulmão, causada por agressão. O fato é que no dia 02 de janeiro de 2002 Fernando Dutra Pinto, o rapaz que transformou por dias a vida de Sílvio Santos um filme de ação e aventura, morria na enfermaria do presídio onde era detento, vítima de um ataque cardíaco.
O reality Show
Após grandes emoções vividas no decorrer de 2001, Silvio Santos voltou a ser notícia no mesmo ano. Secretamente, contratou um ex-diretor da MTV, Rodrigo Carelli para produzir secretamente o primeiro reality show do SBT. O país engatinhava na produção deste tipo de programa, a Globo já havia conseguido algum êxito com as três versõe
s de “No limite”. Mas o projeto de Sílvio era mais audacioso, e sua apresentação geraria uma enorme polêmica.
E foi de repente, súbito como tudo na emissora paulistana, que estreou em outubro de 2001, a “Casa dos Artistas”, um reality que mostrava personalidades confinadas em uma casa. Suas intrigas, suas emoções, suas pressões colocadas em teste e apresentadas ao vivo para todo o Brasil. A apresentação surpresa desagradou a concorrência, mais especificamente a Globo, pois a emissora tinha acabado de comprar os direitos autorais do programa americano em que foi “inspirado” (ou copiado) o programa. Tratava-se do “Big Brother”, formato que Sílvio se negou a comprar quanto a produtora “Endemol” lhe ofereceu. O fato é que, após ver a “casa” no ar, os poderosos da Globo ficaram furiosos, principalmente quando perceberam que a audiência do programa de Silvio, derrubava não somente a audiência de “No limite 3”, mas também do “Fantástico”.
No dia seguinte a primeira exibição do misterioso programa de Silvio, a Rede Globo, em nota, acusou o SBT d
e plágio e ameaçou entrar com uma ação judicial para tirar a atração do ar, o SBT respondeu a altura dizendo que “não há direito a monopólio” (resposta dada bem ao estilo da casa, que atualmente passa pela mesma situação ao transmitir “Pantanal”, novela que foi produzida a uma década pela Rede Manchete, com o texto de Benedito Ruy Barbosa e a primorosa direção de Jayme Monjardim. Ambos são atuais funcionários da Rede Globo que tenta liminar na justiça para tirar a novela do ar) e Silvio aproveitou para, através da nota, acusar a Rede Globo de “se promover através da desgraça de pais e filhos seqüestrados” fazendo referência ao fato das empresas do grupo Globo de ser o único meio de comunicação a noticiar o seqüestro de sua filha, no mesmo ano. Ficou claro naquele momento, que aquela briga ia muito além das cifras de publicidade (que foram exóticas) e números de audiência exorbitantes, e sendo assim com a ajuda de doze artistas confinados por oito semanas, Silvio reinou absoluto dando aula de como se cria um fato social.
Os personagens da “novela real” de Silvio eram: Alessandra Scatena “ex-assistente de palco de Gugu”, Alexandre Frota “até então ator”, Leandro Lehart “ex-vocalista de um grupo de pagode”, Marco Mastronelli “ex-modelo internacional”, Núbia Oliver “ex-Oliveira, modelo e capa de diversas revistas masculinas”, Nana Gouveia “ex-banheira do Gugu”, Taiguara Nazareth “ator iniciante ex-Globo”, Matheus Carrieri “ator e capa de revista gay”, Supla “músico punk e filho de políticos”, Patrícia Coelho “cantora”, Mari Alexandre “modelo e ex do pagodeiro Vavá” e Bárbara Paz “atriz de teatro”. A principal característica do programa foi a mistura de gênios e personalidades naquela casa, o que na época era novidade. Aos poucos os persona
gens foram se enquadrando em seus personagens, e por mais que aquilo que era acompanhado fosse um ensaio sobre a vida real, a “casa” terminou como novela. Os vilões, Frota e Núbia, foram eliminados quase no fim do programa, e o casal que se formou durante as semanas, Supla e Bárbara, foram os finalistas. Por mais polêmica que possa ter causado a “casa”, isso não a prejudicou e nem impediu de que fosse um grande sucesso, talvez por esse motivo a Globo não tenha conseguido tirar a atração do ar. Tirar a “Casa dos Artistas” do ar naquele momento de sucesso poderia “pegar mal” para a Globo, que tiraria o doce da boca de milhões de telespectadores, prejudicando inclusive a apresentação do programa que deu origem a “casa”, o “Big Brother Brasil” que foi ao ar meses depois, com sucesso, mas sem o gostinho de febre e novidade que Silvio Santos apresentou. O programa de Silvio teve mais duas edições, nenhuma com a mesma repercussão da primeira versão que entrou para a história da TV como um dos mais assistidos de todos os tempos.
Após grandes emoções vividas no decorrer de 2001, Silvio Santos voltou a ser notícia no mesmo ano. Secretamente, contratou um ex-diretor da MTV, Rodrigo Carelli para produzir secretamente o primeiro reality show do SBT. O país engatinhava na produção deste tipo de programa, a Globo já havia conseguido algum êxito com as três versõe

E foi de repente, súbito como tudo na emissora paulistana, que estreou em outubro de 2001, a “Casa dos Artistas”, um reality que mostrava personalidades confinadas em uma casa. Suas intrigas, suas emoções, suas pressões colocadas em teste e apresentadas ao vivo para todo o Brasil. A apresentação surpresa desagradou a concorrência, mais especificamente a Globo, pois a emissora tinha acabado de comprar os direitos autorais do programa americano em que foi “inspirado” (ou copiado) o programa. Tratava-se do “Big Brother”, formato que Sílvio se negou a comprar quanto a produtora “Endemol” lhe ofereceu. O fato é que, após ver a “casa” no ar, os poderosos da Globo ficaram furiosos, principalmente quando perceberam que a audiência do programa de Silvio, derrubava não somente a audiência de “No limite 3”, mas também do “Fantástico”.
No dia seguinte a primeira exibição do misterioso programa de Silvio, a Rede Globo, em nota, acusou o SBT d

Os personagens da “novela real” de Silvio eram: Alessandra Scatena “ex-assistente de palco de Gugu”, Alexandre Frota “até então ator”, Leandro Lehart “ex-vocalista de um grupo de pagode”, Marco Mastronelli “ex-modelo internacional”, Núbia Oliver “ex-Oliveira, modelo e capa de diversas revistas masculinas”, Nana Gouveia “ex-banheira do Gugu”, Taiguara Nazareth “ator iniciante ex-Globo”, Matheus Carrieri “ator e capa de revista gay”, Supla “músico punk e filho de políticos”, Patrícia Coelho “cantora”, Mari Alexandre “modelo e ex do pagodeiro Vavá” e Bárbara Paz “atriz de teatro”. A principal característica do programa foi a mistura de gênios e personalidades naquela casa, o que na época era novidade. Aos poucos os persona

A grande ameaça.
Com o fim da “Casa dos Artistas”, que em sua terceira edição teve finalmente episódios tirados do ar por liminar concedida à Globo, Silvio tentou manter o formato dos reality show no SBT. Sem o mesmo sucesso da casa, “A ilha da tentação”, que testava a fidelidade de casais e “O grande perdedor”, que confinava pessoas acima do peso na mesma casa que serviu de abrigo a última leva de artistas, só que com o propósito de perder peso. Quem emagrecesse mais, ficaria com o grande prêmio.
Nesta época, o SBT não atravessava uma boa fase, os programas de maiores e


Gugu enfrentava o escândalo da falsa entrevista do PCC, Ratinho, por sua vez, tinha seu programa no ar por um fio, devido aos processos judiciais contra a sua pessoa e com a nova classificação que foi estipulada ao seu programa. Após meses tentando transformar “O programa do Ratinho” em um programa de qualidade, Silvio se viu obrigado a tirá-lo do ar. Até hoje, Carlos Massa continua na “geladeira” do SBT, esperando uma oportunidade de voltar ao ar. Em 2007 foi ao ar uma tentativa de trazer o apresentador de volta para a TV, “O jornal da massa” era uma espécie de “Aqui Agora” só que mais intimista e era inspirado no programa de rádio que Ratinho apresenta no Paraná. Não durou muito tempo.
O programa apresentado por Ratinho, foi tirado do ar do dia para noite, e isso co

A Record crescia a cada dia com sua programação tímida que mais parecia uma copia da Globo. As contratações de grandes nomes que fizeram história em outras emissoras como Márcio Garcia, Paulo Henrique Amorim, Ana Hickman, Brito Júnior, Tom Cavalcante, Maria Cândida, Lauro César Muniz entre outros, contribuíram para que a emissora consolidasse ainda mais. Em fevereiro deste ano, foi constatado de que a Record assumia enfim, a segunda posição da audiência que antes era do SBT. Mas o SBT resistiu por muito tempo, Silvio tentava recuperar a audiência perdida com novas contratações simplesmente distribuindo salários milionários. Entre os contratados nessa má fase, destaque para Ana Paula Padrão, que foi para o SBT com a promessa de ser a principal jornalista da casa, ficou com este título por um ano, quando foi substituída por Carlos Nascimento. Outro destaque foi a apresentadora


Este método passou a ser uma constante na administração de Sílvio. Tanto Galisteu como Ratinho, aguardam o fim do contrato para voar para um terreno de maior liberdade. Galisteu é sondada pela Band para apresentar um programa nos moldes de “Charme” e também pela Globo que após assistir a evolução da apresentadora como atriz de teatro, deseja que ela estrele uma novela. Já Ratinho é convidado pela Band a fazer o mesmo tipo de programa que o consagrou na TV, ainda na Record, vem aí mais exames de DNA, barraco na TV e muito, muito sensacionalismo.
O que vem por ai.
Neste mês de setembro, o SBT passou a apresentar certa ameaça ao segundo lugar da Record, mas é muito d

O que se sabe é que Silvio Santos voltou a dominar a programação de domingo do SBT. O “Programa Silvio Santos” não tem nada de novo, muito pelo contrário, é um mix dos maiores sucessos da carreira do apresentador, tais como: Topa tudo por dinheiro, Qual é a música, Domingo no parque entre outros, acrescido de fórmulas já características (e saturada) dos programas de domingo com


Esse é o SBT, uma emissora que sobrevive das migalhas de outras empresas, que ao reapresentar “Pantanal”, não se deu ao trabalho nem de digitalizar a novela, foi como se pegassem as fitas em uma lata de lixo e as transmitissem em rede nacional, o máximo que a novela ganhou foi uma nova abertura, visivelmente improvisada, com recursos visuais antiquados, a abertura anterior era bem mais expressiva e característica à região que se desenvolvia a história.
A questão é que é perceptível o quanto a emissora perdeu nos últimos anos, principalmente no que diz respeito à própria identidade. A última grande novidade da emissora foi “Casa dos Artistas” e mesmo assim há quem diga que a Globo merecia todos os créditos pelo sucesso, simplesmente por que pagou por eles. Depois disso vieram somente produções mexicanas, muitas vezes de péssima qualidade (como a novela “Café com aroma de mulher”), que poderiam muito bem ter os textos adaptados à nossa realidade e encenados com atores brasileiros, além de apresentar programas que transformam o mundo em um grande cassino, onde o homem é capaz de tudo por dinheiro. A frase “quem quer dinheiro” vai além do “Topa ou não topa”, vira um lema de vida, uma busca desenfreada e é aí que Silvio pega a sua audiência, na vontade que estes tem de ser rico como ele, e de maneira fácil e divertida como ele apresenta.
Há uma expectativa enorme sobre a possibilidade da filha de Silvio Santos, Patrícia Abravanel, assumir a direção geral do SBT. Não acredito nesta possibilidade. Enquanto for vivo e tiver algum poder sobre a sua emissora é quase inimaginável que Silvio não interfira nas decisões da empresa. De certa forma, o SBT funciona como um brinquedo para Silvio Santos. É mais um capricho de um empresário que deu certo na vida e quer mostrar o quanto é poderoso e que usa do seu bel prazer para mandar e desmandar, dar e tirar oportunidades, colocar e tirar do ar como quem troca de sapato. O SBT precisa de um administrador que respire e viva televisão, que pense no telespectador e nos seus “colegas de trabalho” com uma visão comercial sim, mas também, como a extensão de sua família, atribuindo a eles o devido respeito, e apesar da inegável importância de Silvio Santos na história do audiovisual, definitivamente ele não é este homem.
Fontes:
A FANTÁSTICA HISTÓRIA DE SILVIO SANTOS -Silva, Arlindo
www.sbt.com.br
www.observatórioda/imprensa.com.br
www.veja.abril.com.br
www.telehistória.com.br
www.noticias.uol.com.br
Agradecimento especial: Leandro Rosa
Um comentário:
Jacques,
Que texto longo menino...
Mas não substime Silvio,,,ele tem uma capacidade de reinventar oSBT e renascer das cinzas inacreditável...
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