segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"SILVIO SANTOS E SEU IMPÉRIO" PARTE III


Com a transferência do SBT da Vila Guilherme, corria-se contra o tempo para que a empresa conquistasse a liderança no Ibope. Silvio Santos buscava colher os frutos de todo investimento feito na construção do Complexo Anhangüera, a ordem geral para todos os diretores da casa era a de perseguir o primeiro lugar na audiência.

A guerra dos domingos.

Todos os artistas do SBT estavam empenhados em apresentar programas que conquistassem o público, o que resultaria no primeiro lugar. A prova mais evidente da batalha que o SBT travava contra a Globo foi o retorno, que Gugu Liberato a cada semana conquistava com o seu “Domingo Legal”. Concorrente direto de Fausto Silva e o seu “Domingão do Faustão”, que começava a desgastar o formato que o consagrou como apresentador na TV Bandeirantes, Gugu por diversas vezes se apresentava empatado com Fausto, com picos de liderança. Dentro do game show onde homens e mulheres famosos se enfrentavam em uma série de brincadeiras, o quadro que foi o grande responsável pela ascensão do “Domingo Legal” foi a “prova da banheira”, onde famosos eram vistos com roupa de baixo e pegava sabonetes jogados em uma banheira com espuma. As convidadas eram seguradas por um modelo contratado e os convidados por Luiza Ambiel, mais conhecida como “a gata da banheira”. A “banheira do Gugu”, como também era chamada, começou a dar o que falar porque a cada domingo era mais picante, “sem querer” aconteciam acidentes que deixavam à mostra os seios das convidadas, rapazes ao se atracarem com aquelas belas modelos ou Luiza e acabavam ficando em situação constrangedora ao vivo, em rede nacional e o programa, sendo exibido em um domingo à tarde, onde famílias inteiras sentam na poltrona para assistir, passou a ter certo apelo sexual. Até então o dominical de Gugu apresentava quadros inocentes como o “o táxi do Gugu” e “bom dia legal”, onde Gugu acordava celebridades. Mas a grande questão, é que a audiência só crescia, e quanto mais crescia mais picante era a banheira.
Foi então que em um certo domingo de outubro de 1997, a produção do “Domingão do Faustão” combateu a banheira do Gugu com uma matéria sobre um restaurante que servia sushi no corpo de modelos nuas. Faustão apresentou a matéria com link ao vivo no tão falado restaurante, onde a comida era servida em cima das modelos. No dia seguinte, a matéria teve uma incrível repercussão, só se falava no sushi erótico. Havia quem queria conhecer, quem se mostrava indignado com a história e até quem achasse anti-higiênico fazer refeições sob o corpo de alguém. O resultado foi o seguinte: Faustão ganhou no Ibope, claro que com algumas oscilações, mas na média geral finalizou o domingo em primeiro lugar e o restaurante foi fechado na mesmo semana pela vigilância sanitária.
O fato é que, a partir da repercussão que o sushi causou nos telespectadores, as autoridades passaram a acompanhar de perto os programas de domingo. Três anos depois do episodio, sob pressão de várias entidades, mas principalmente da ONG mineira “TV bem” por determinação da justiça, Gugu foi obrigado a colocar o quadro da banheira para após às 21:00. Como seu programa, na época, terminava antes desse horário o caminho foi tirar a atração do ar. Quando terminou em outubro de 2000 a banheira era bem diferente de quando começou. Apresentada em uma enorme banheira, que mais lembrava uma piscina, ao ar livre em pleno Complexo Anhanguera, já não tinham mais como participantes os convidados que brincavam no game do programa, mas sim, homens e mulheres capas de revistas adultas. E enquanto acontecia a prova, outras participantes ficavam empoleiradas na beira da banheira e tinham suas genitálias expostas em closes constrangedores.
Com o término da banheira, Gugu percebeu realmente que o caminho do primeiro lugar, já então consolidado por ele, era atingir a grande massa com quadros sensacionalistas. Começou então a explorar a pobreza, cobrir eventos populares e até transmitir, ao vivo, rebeliões na FEBEM e em presídios. E os rebelados usavam o seu programa para se comunicar com as autoridades. Pela audiência, Gugu pecou pelos excessos. Em 2003 produziu uma falsa entrevista com integrantes do PCC, a organização criminosa que estava em seu auge na época, desde então, perdeu a credibilidade como comunicador e a confiança do seu próprio público.
A briga de domingo persiste até hoje só que de uma maneira mais tímida, pois chegou a ser um dos episódios mais degradantes da história da televisão brasileira, após tantas intervenções judiciais e pressões da imprensa e do público, o domingo parece estar dividido. Com o crescimento da Record, que até pouco tempo atrás entrava na briga com Tom Cavalcante e seu “Bofe de Elite” e hoje investe no “Domingo Espetacular”, o SBT de protagonista da guerra declarada a Globo, passou a ser coadjuvante. E desta vez, irá vencer quem apresentar melhor qualidade de entretenimento e informação, sem sensacionalismo


Novelas do SBT.

Com o Complexo Anhanguera pronto, Silvio Santos voltou a produzir telenovelas. Estreou, então, não só um, mas três horários de dramaturgia, e com grandes contratações como Irene Ravache, Gianfrancesco Guarnieri, Fábio Júnior, Adriana Esteves, Taumaturgo, Joana Foom entre outros. As 18h30min foi ao ar “Colégio Brasil”, uma espécie de Malhação” voltada para o publico jovem, “Antônio Alves, taxista”, ia ao ar às 20h00min. Protagonizada por Fábio Júnior, contava a história de motorista de táxi aspirante a cantor, que corria atrás do seu sonho. A principal novela lançada nesta época foi “Razão de Viver” um remake de “Meus filhos, minha vida”, novela de Ismael Fernandes apresentada no SBT no ano de 1984. As três produções não tiveram o sucesso esperado por Sílvio, um dos principais motivos foi a exibição das Olimpíadas de Atlanta em 1996. Colégio Brasil não conseguiu atingir o público esperado, Antônio Alves, não empolgou com um Fábio Júnior já cansado e nem o talento de Irene Ravache conseguiu segurar a audiência de Razão de Viver que chegou a ser apresentada às 18h,. A atriz já havia colhido bons frutos em 1994 no remake de “Éramos Seis” também no SBT, porém seu personagem em Razão era uma mãe que sofre por seus filhos, idêntica a Lola, personagem vivida por ela em Éramos. O grande destaque da novela foi a primeira aparição para da então modelo Ana Paula Arósio em telenovela, antes de ser contratada pela Rede Globo para ser a protagonista de “Hilda Furação” ainda protagonizou ao lado de Tarcísio Filho outro remake do SBT: “Os ossos do Barão” em 1997.
No mesmo ano, o SBT assinou um contrato com a emissora argentina Telefe, e em Buenos Aires rodou, com elenco brasileiro, Chiquititas. A novela girava em torno da professora Carolina, interpretada por Flávia Monteiro, que cuidava com muito amor de suas alunas. A novela tinha quadros musicais que faziam sucesso entre a garotada da época. Sílvio Santos que sempre apresentou um olhar clínico para atrair o público infanto-juvenil, acertou mais uma vez na mão, e faturou muito com Chiquititas, pois semestralmente eram lançados produtos com a marca da novela como Cd s, bonecas, roupas... Enfim, o sucesso durou cinco anos e revelou grandes nomes da nova geração de atores da Globo como Bruno Gagliasso, no ar em “Ciranda de Pedra”, e Fernanda Souza, a Isadora do humorístico “Toma lá da cá”. Mas apesar do sucesso de Chiquititas, Silvio resolveu reduzir a produção de telenovelas e partir para uma empreitada já característica de sua emissora: importar novelas do México.
Desde o sucesso da primeira telenovela mexicana a ser apresentada no SBT, “Os ricos também choram”, criou-se uma tradição na empresa de realizar uma maneira fácil e barata de conquistar público através do tradicional folhetim mexicano. Bem mais barato do que produzir telenovelas, investindo em cidades cenográficas, elenco, produção e direção, era comprar tudo pronto. Silvio soube como se aproveitar desta “facilidade” e identificou o público consumidor de dramalhões mexicanos. Muita gente tem aversão por este modo de se fazer teledramaturgia, mas a questão é que as novelas mexicanas mantêm a formula ficcional tradicional de Cuba. E notório que o Brasil é o melhor produtor de telenovelas do mundo, não porque copiou a linguagem de Cuba, ou do México, mas sim, porque soube levar a sua identidade às telenovelas. Mas, mesmo assim, há um número considerável de telespectadores que gostam e acompanham o bom e velho dramalhão mexicano. E é a esse telespectador que Silvio por muitas vezes, se direcionou. A novela mexicana teve vários momentos de ápice na TV brasileira, todas elas no SBT. Uma delas foi em 1993, onde Sílvio Santos promoveu para o país duas grandes estrelas mexicanas: Verônica Castro e Victória Ruffo. Verônica já era bem conhecida, pois havia participado de “Os ricos também choram”, mas neste ano, era a protagonista de “Rosa Selvagem”, onde interpretava uma menina de rua que se apaixonava por um rico jovem viúvo, e após ser abandonada por ele descobre ser a herdeira desaparecida de uma milionária, que por ironia do destino e a sogra do amado. Já Victória Ruffo, foi a sofredora Maria de “Simplesmente Maria”, que também vinha de uma origem humilde e acabava enriquecendo. Mas sem dúvida, a celebridade mexicana que mais fez sucesso por aqui, foi a cantora e atriz Thalia. Talvez pelo seu apelo pop latino, que estava em ascensão entre 1997 e 2000 principalmente na América, Thalia conquistou um público fiel. Quando visitou o país em ... foi tratada como rainha, principalmente pelos artistas da casa que a promovera para o país, também não é para menos, com uma espécie de trilogia de personagens homônimas: Maria Mercedes, Maria do Bairro e Mari Mar, a mexicana chegou a atingir diretamente a audiência do Jornal Nacional, escrevendo para Silvio Santos, mais uma página de sua luta pela liderança. Outro grande sucesso mexicano apresentado pelo SBT foi “A usurpadora” em... Muitos atribuem o sucesso da trama que girava em torno das gêmeas Paola e Paulina, ao nome da trama por se tratar de uma palavra pouco conhecida do dicionário popular. Não havia na trama, nenhuma inovação, tratava-se do velho clichê de gêmeas separadas na infância que se reencontrava anos mais tarde, onde a gêmea boa assumia a personalidade da gêmea ruim, enquanto esta desaparecia. Uma história parecida havia sido vista em 1996 na Globo onde Christiane Torloni vivia Vivi e Fernanda em “Cara & Coroa”. Em 2000, Sílvio passou a comprar as tramas mexicanas para uma outra finalidade. Utilizava os textos de tramas que foram sucesso naquele país e os produzia, na Argentina, com atores brasileiros. A primeira produção foi “A pícara sonhadora”, onde Silvio novamente tentava cativar o público pelo nome da novela. Desta vez, não deu certo.
A ultima “importação” de Sílvio que deu certo para o SBT, foi uma produção argentina que foi disputada arduamente com a Rede TV! e a Rede Record. Todos queriam os direitos para apresentar “Lalola”. Uma novela muito original que contava a história do diretor de uma revista masculina, Lalo Padilha, que era odiado pelas mulheres por conquistá-las e abandoná-las, até que uma delas procura uma feiticeira que faz uma mandinga para que ele se torna-se mulher. Ele então passa a ser Lola, assumindo o próprio cargo na revista como prima de Lalo. As aventuras de um homem no corpo de uma bela mulher eram bem divertidas, principalmente quando Lalo/Lola se vê apaixonado pelo assistente. A novela ficou no ar até junho deste ano, tinha tudo para dar certo, mas a mudança contínua e repentina de horário, que foram cinco ao todo, fez com que a divertida história passasse despercebida.
A próxima empreitada do SBT no ramo da dramaturgia já é anunciada, porém ainda não tem data de estréia. “Revelação” é escrita por ninguém mais, ninguém menos que Íris Abravanel, esposa de Sílvio Santos. Resta saber, o que revela a nova novela do SBT.

Ratinho ou Boni?

Em 1998, Silvio Santos tomou uma difícil decisão de profissionalizar e desfamiliarizar o SBT. A idéia era a de acabar com os cargos de confiança, concedidos por ele no início da emissora. Os desligamentos mais surpreendentes que aconteceram neste momento foi a do então vice-presidente da emissora, Guilherme Stoliar, que é sobrinho e concunhado de Silvio e permaneceu no cargo por doze anos. Guilherme foi desligado juntamente com Luciano Callegari que assinava a direção artística da casa.
Callegari foi o responsável pela tentativa, meses antes de sair do SBT, de levar José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni para a emissora paulistana. Boni tinha outras ambições. Sua real intenção era a de ir para o SBT e atingindo os resultados desejados por Silvio, viria futuramente a se tornar sócio do SBT barganhando 10 % do capital da empresa. Por esse motivo a negociação passou a ser acompanhada pelo próprio Silvio Santos, que desistiu do passe de Boni a pedido do amigo Roberto Irineu Marinho, na época o apresentador chegou a dizer que o superintendente global havia garantido 12 pontos fixos de audiência. Pensando nisso, Sílvio resolveu investir em outra contratação, o radialista paranaense Carlos Massa, mais popularmente conhecido como Ratinho, que dava esta audiência na concorrência.
Ratinho já fazia certo sucesso na Rede Record onde apresentava o programa “Ratinho Livre”, um programa de auditório popular, pelo qual a crítica torcia o nariz, onde se via o povo, da maneira mais popularesca na TV. Silvio negociou a contratação de Ratinho diretamente com o Bispo Edir Macedo, pagando a dívida contratual do apresentador de R$ 14 Milhões que deveria permanecer na Record até 2001. Junto com Ratinho, Silvio também levou para o SBT o diretor de produção da Record, Eduardo Lafon.
O SBT vivia uma fase prospera neste momento. Além do investimento que havia feito na contratação de Ratinho, Sílvio fechou um contrato milionário com a Warner Bros. e a Disney para ter o direito de apresentar na emissora, os melhores filmes e desenhos das companhias de cinema. Reservou faixas de cinema noturno, as terças, o “Cine Espetacular” apresentava os melhores filmes de ação e aventura, as sextas “Tela de Sucessos” investia com romances e comédia feita para família e aos sábados “Cine Belas Artes” apresentava os melhores filmes cult. E com o fim do “Aqui Agora”, Silvio em parceria com a Disney, criou o programa “Disney Cruj” que apresentava os melhores desenhos da produtora. Silvio Santos mais uma vez se voltava para as crianças, cedendo o horário das seis da tarde a um programa infantil.
Foi também em 1998 que Silvio Santos estreou a versão brasileira do Teleton. Criado nos EUA pelo ator Jerry Lewis à 38 anos, o programa inspirou o “Criança esperança” da Globo, porém não há nenhuma ligação entre eles. Os direitos autorais do formato do programa são do SBT, que apresenta anualmente o programa em prol da AACD, entidade que cuida de crianças e adultos portadores de necessidades especiais. O ano passado foi arrecadado com o programa, uma receita de R$ 16.616.032,00, que foi aplicado em sete centros de reabilitação já existentes.

2001: o ano de grandes emoções.

O ano de 2001 foi marcado por uma série de acontecimentos que mexeram com a vida do apresentador e com a rotina de sua emissora. A primeira delas foi a homenagem que a escola de samba carioca “Tradição” prestou ao apresentador usando a sua vida de luta e batalha como samba enredo. Mais de vinte anos depois de ter saído da Globo, Silvio voltava a aparecer na telinha da emissora carioca. A decisão de desfilar ou não foi decidida de última hora, pois Silvio só apareceu minutos antes da escola entrar na Marquês de Sapucaí. Segundo assessores e pessoas próximas ao apresentador, ele refletia sobre o impacto que sua emissora teria tendo a sua cara estampada na tela da sua maior concorrente. O fato é que após muita indecisão, Sílvio desfilou, pulou e cantou na passarela do samba sem medo de ser feliz.
Em 21 de agosto de 2001, começava a fase mais dramática do ano de Silvio Santos. Sua filha, Patrícia Abravanel se preparava para sair de casa as 8h da manhã quando foi rendida pro cinco homens, dentro do seu carro, um Passat importado blindado, que por ironia do destino serviria para proteger os seqüestradores caso fosse descoberta a trama. Na porta da casa do apresentador, foi deixado um carro roubado, dentro dele um celular pré pago e uma carta com as condições do resgate de Patrícia, a carta dizia o seguinte:

“Carta da missão. Se ainda for dia quando lê esta carta, bom dia Patrão. Isto é um acordo que faço com
homem de bem, prometo que ela vai estar bem se o senhor cumprir
as regras deste jogo. Mas se tentar trapacear, e uma das minha fontes informar, está quebrado o acordo e
não mais me responsabilizo pelo bem estar dela. Bom eu no
seu lugar seguia as regras. Quanto o valor: $2 milhões de dólares, 1 milhão quero por completo em notas
de $50,00 dolar, não mande notas em SÉRIE. Também R$2 milhões
de reais, sendo que R$ 1 milhão em notas de R$ 50,00 reais, se mandar as notas marcadas ou em série
nosso trato perde o valor. Correndo bem a entrega, ainda vou
levar um dia para conferir a soma e a legitimidade das notas. Então entregarei-a em SEGURANÇA
COMPLETA É MINHA PARTE DO TRATO; Quero essa soma solta, nota por nota,
nada de Clipes, elásticos ou embrulhos solta é solta, dentro de sacos de lixo de 100 litros. Se de alguma
forma tentar não jogar conforme as regras nunca mais a
verá. Se esquecer do trato e colocar qualquer tipo de rastreador com as notas ou na mala e acharmos com
nosso detector, se for o ninox ou alguns importados que conheço
não coloque pois se achar perde ela e o dinheiro por isso pense bem antes de jogar, pois deixo de cumpri
minha parte no trato. Se um dos meus homens for ferido ou
preso por sua desobediência ás regras, não me responsabilizo por minha parte no trato e nem por sua
vida. Se eu for informado por minhas fontes que você envolvendo
a polícia ou investigadores particular, cada atitude tua promoverá uma minha (cuidado). Se tenta não
falhe pois eu farei o possível para não falhar. Bem esse celular
vai tocar somente daqui a dois dias quase 48 no horário entre as 23:00 e ás 00:00 hora para te informar
onde essa soma vai ser entregue. Fique pronto porque essa
soma só poderá ser entregue por você pessoalmente e um motorista para que não venha só pois tenho
que ter certeza que está agindo com confiança em mim que nem conhece:
No dia que eu ligar quero a cor do carro de preferência Branco, á placa, o modelo e o nome da pessoa
que vem contigo. (Quanto á tua segurança a opção que te dou
é confiar em um estranho, que em troco disso só te dá á palavra que no fim tudo correrá bem). Não
brinque com isso tem muitas vidas em jogo. Não conheço sua mente,
pois não sou DEUS O CRIADOR PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Talvez tenha entregado
seu coração ao dinheiro que não é nada, pois se morre e fica aqui não queria
entra na tua vida mas á sua perda vai ser completa. Alem dela que vai ficar comigo, direi de alguma
forma á imprensa que o grande milionário perdeu tal por se recusar
a pagar o resgate.

Assino: Missionários da paz.”


Ao ser avisado do seqüestro da filha pela esposa, Íris Abravanel, Silvio foi para a casa e assim que viu uma movimentação enorme de jornalistas na porta, tomou a atitude de pedir que nem a imprensa, nem a polícia se envolvessem no caso. O pedido foi atendido de pronto por diversos meios de comunicação, exceto da Rede Globo, que desde 1990, tinha ordem da diretoria da empresa de noticiar todo e qualquer seqüestro e dava boletins diários sobre o caso. Após seis dias de uma difícil negociação, foi acordado o resgate no valor de R$ 500 mil pagos na noite do dia 27 de agosto, por volta da meia noite. Horas depois, às 2h30m da manhã, Patrícia foi deixada na Marginal Pinheiros no seu Passat azul, e voltou para casa dirigindo o próprio carro.
Havia chegado ao fim o seqüestro de Patrícia e no dia seguinte à tarde, o Brasil parou para assistir, ao vivo, Patrícia e Silvio, dando esclarecimentos sobre os detalhes do seqüestro. Simultaneamente Record, Band, TV Gazeta, Rede TV! Globos e SBT transmitiam a entrevista coletiva dada da sacada da casa do apresentador no bairro do Morumbi. O Brasil parou para assistir o desfecho de mais um seqüestro angustiante. Mas o que ninguém imaginava é que aquela história estava só começando.
Na última parte de "Silvio Santos e seu império":
*HOLLYWOOD É AQUI
*A CASA DOS ARTISTAS
* A AMEAÇA DA RECORD
*O FUTURO DO SBT

fonte:
A fantástica História de Silvio Santos - Silva, Arlindo
www.sbt.com.br
www.observatórioda/imprensa.com.br
http://www.veja.abril.com.br/


fotos:
divulgaçãoSBT
http://www.paginadosilvio.com/
colaborou Leandro Rosa

Um comentário:

Márcio disse...

Estranho pensar que o SBT teve uma históra marcada pela descontinuidade de tudo, ao contrário da Globo.
A noção de grade praticamente não existe na emissora ao longo de sua história...